Cricrizada Amiga:

Hoje, esta coluna abre espaço para este debate. Acho ridículo que o Lucio Flavio, dos baixios do seu bom-mocismo, resolva se arvorar a defensor da moral e dos bons costumes.

É claro que o Jobson está errado. É claro que o Jobson, do jeito que está levando a vida, não vai muito longe. É claro que o Jobson vai ter um pós-vida esportiva muito difícil se não se curar da dependência química e alcoólica. Mas não é o Lucio Flavio a pessoa correta para falar sobre isso.

Ah!, Lucio Flavio é campeão pelo Botafogo. Ora... em 2006, ele estava contundido e não jogou as finais. Em 2010, ele machucou a mãozinha e não jogou as finais. Quando entra, ele se esconde. Tira o pé das divididas. Permite que o Botafogo seja levado pelo meio de campo por Marcelo Mattos e Leandro Guerreiro, enquanto ele - estrategicamente - se esconde pelas pontas, para fugir da responsabilidade. Ele entra, é aplaudido porque é costumeiramente sacado do time.

Quando foi a última partida em que o Lucio Flavio fez duas ou três assistências importantes? Quando foi a última partida em que o Lucio Flavio cobrou duas ou três faltas com perigo? Quando foi a última partida em que o Lucio Flavio foi o melhor homem em campo, mesmo que só do Botafogo?

Quando voltou ao Botafogo – erro grave do clube, que tivera a sorte de vê-lo se mandar pro Santos –, Lucio Flavio queria R$120 mil por mês. Não deve ter renovado por muito menos do que isso. Então, ter na reserva, ganhando um dinheirão, um cara improdutivo e ausente (para não dizer "covarde", que é o adjetivo que eu acho que se encaixa melhor na personalidade dele), é uma bobagem sem tamanho.

“Quero o jogador para jogar no meu time, não para casar com a minha filha” – dizia o mágico João Saldanha. Assim, a historinha de que Lucio Flavio é ótima pessoa, não me serve de nada como torcedor do Botafogo. Gérson, o Canhotinha de Ouro, malgrado sua indiscutível qualidade técnica, títulos e mais títulos por onde passou – Botafogo, São Paulo, Fluminense e Seleção Brasileira – quebrou quatro pernas durante a sua carreira.

Não estou defendendo violência, apenas estou dizendo que um craque não está dispensado de suar a camisa, se empenhar, ter coragem. E tudo isso falta ao Lucio Flavio.

Enfim, está aberto o debate. Espero que, como prometeu há algumas semanas, ele vá embora para a Coréia do Sul, onde será craque, o jogador mais importante de um time de cadeiras-duras e botinudos, e - quem sabe - campeão jogando.

A quem discordar, peço que apresente, para debate, estatísticas e fatos comprovando a enooooorme importância do Lucio Flavio para QUALQUER time por onde ele andou. No Santos, por exemplo, depois de aturá-lo pouco, o técnico – o Márcio Fernandes (?) – que, quando jogador, não era lá essas coisas mas se empenhava para valer, o mandou treinar com os juniores, por deficiência física. "Sua explosão e resistência estão abaixo da média, e era comum o meia ser substituído" – disse o técnico na ocasião. Parece que, de lá (fevereiro de 2009) pra cá, o Lucio Flavio não mudou muito.

Para quem acha que ele vai fazer muita falta, lembro que o zagueiro Juninho (parceiro meia-boca do Lucio Flavio), que a torcida adorava e implorava que ficasse no time, está perdido lá pelo Oriente, provavelmente rico e feliz, mas sumido. Com a nossa florzinha, não serpa diferente.

Vade retro, Lucio Flavio.

Saudações Botafoguenses,

Cesar Oliveira

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