A renovação de Emerson parece cada vez mais distante no Botafogo. A contraproposta enviada na última segunda-feira pelo empresário Jailton de Oliveira não agradou a diretoria, que continua contestando os valores apresentados e trata a pedida do atleta como absurda. Caso as cifras não diminuam, dificilmente haverá acordo.
Além de R$ 1 milhão em luvas dividido em duas parcelas – que já havia sido pedido anteriormente –, o jogador quer manter 25% de seus direitos econômicos, com salários progressivos em um contrato de três anos. A remuneração final, segundo dirigentes alvinegros, chegaria a quase o dobro do ofertado pelo clube (cerca de R$ 100 mil).
Atualmente, Emerson tem um dos menores vencimentos do elenco, uma vez que não renovou seu vínculo desde que subiu para o time profissional, em 2015. Em contato com o GloboEsporte.com na segunda-feira, logo após enviar a contraproposta ao Botafogo, o agente afirmou que o clube tem como arcar com a pedida do jogador.
– Está tudo dentro da realidade financeira do Botafogo – disse Jailton Oliveira.
Fato é que, enquanto a negociação se arrasta, Emerson vem perdendo espaço. Titular na temporada passada, ele foi sacado da equipe e chegou a treinar no terceiro time, apesar de ter contrato até dezembro. No último domingo, quando seu agente já havia sinalizado com uma nova contraproposta, o defensor entrou no segundo tempo do amistoso contra o Rio Branco, em Cariacica. Porém, com o impasse, ele deve continuar encostado nos primeiros jogos oficiais.
O que pode pesar a favor do Botafogo é a vontade do atleta. Em conversas com dirigentes durante a pré-temporada em Domingos Martins, o defensor, de 21 anos, manifestou o desejo de seguir em General Severiano. O Botafogo também tem interesse em resolver rapidamente o impasse, embora já monitore o mercado por um novo zagueiro. Portanto, apesar da divergência de valores, o interesse em comum deixa aberta a porta para um entendimento.