O Botafogo caminha a passos largos para se tornar clube-empresa em 2020. Tudo dependerá da aprovação do conselho deliberativo, o que não será problema, e, claro, da captação de investidores. O fato é que ainda não há como precisar quando o Alvinegro terá esse dinheiro disponível e, justamente por isso, o clube se prepara para os dois cenários.

O Botafogo terá uma equipe de transição até que uma nova diretoria seja formada pelos investidores. Ainda não se sabe quem serão, mas pessoas com bom trânsito entre os milionários que colocarão dinheiro no clube. Esse grupo será o responsável para montar dois planejamentos.

Um deles é contando com o dinheiro dos investidores já em janeiro. Nesse caso, o Botafogo prevê uma folha salarial maior e com possibilidade de fazer alguns investimentos no mercado da bola. O perfil já está até traçado: atletas jovens com potencial de revenda. Já os medalhões estariam em risco.

O outro é mais humilde, embora organizado. A prioridade seria manter os salários em dia. Nem que para isso os cardeais tenham que colocar mais grana por algum tempo. Mas neste cenário, não haveria espaço ainda para medir força com adversários em contratações. Além disso, Diego Souza e Cícero poderiam seguir como opção no elenco por já terem contratos longos – há uma cláusula para debater sequência no fim do Brasileiro.

Evidentemente que essa situação representa uma ducha de água fria nos torcedores, que já esperavam o projeto ativo a partir de janeiro. Ainda há essa possibilidade, mas tudo dependerá da velocidade que os investidores fecharão com o Botafogo. E ninguém pode confirmar que isso de fato ocorrerá já no primeiro ano do mês.

O que se sabe é que há muitos interessados em colocar grana no clube e que o dólar alto favorece a chegada de empresários de fora do país. O Botafogo precisa de vinte cotas de R$ 15 milhões, o que representa um total de R$ 300 milhões. Essa quantia não precisa ser arrecada de uma vez só, o que facilita o andamento inicial do projeto.

Fonte:UOL