O Botafogo e a Prefeitura de Niterói terão hoje um encontro que pode aproximar o retorno do clube à cidade. O presidente Carlos Eduardo Pereira colocará à mesa do prefeito Rodrigo Neves os investimentos planejados para o Estádio Caio Martins, além do que isso irá proporcionar à cidade. A possibilidade anima conselheiros, e começa a criar uma corrente “contra” o Estádio Nílton Santos.
A princípio, o Botafogo pensa em mandar grande parte dos seus jogos em 2016 no estádio. A ideia é ter um palco para 20 mil pessoas, plano que já está destrinchado pela diretoria no plano que será entregue ao prefeito. O entrave, neste momento, é a oposição de moradores aos transtornos causados pelos jogos. Por isso, o clube já estuda a construção de um edifício garagem para 500 carros no Complexo.
— Queremos ter uma alternativa ao fechamento do Estádio Nílton Santos para o próximo ano. Nossa ideia, neste momento, é ter um estádio rentável pelo restante de tempo de concessão que temos — disse o presidente Carlos Eduardo Pereira.
O tempo de concessão, porém, pode aumentar o interesse alvinegro no Caio Martins. Caso a Secretaria Estadual de Esporte e Lazer aumente o tempo ao qual o clube tem direito ao estádio para além dos atuais oito anos e meio, o Botafogo faria da cidade seu palco principal. Os custos animam uma corrente no clube à favor do fim do contrato para administrar o Estádio Nílton Santos.
A corrente justifica o pensamento pelos altos custos de manutenção encontrados atualmente. Para se ter uma ideia, o clube gastou R$ 150 mil apenas com os gastos com água. No Caio Martins, o prejuízo mensal é de R$ 8 mil.
— Eu sempre fui contra a permanência do Botafogo no Nílton Santos. É um estádio caro, enquanto o clube tem tido diversas dificuldades para ter 100% da estrutura a sua disposição. Até agora recebemos o estádio como nos foi prometido — disse o ex-presidente Carlos Augusto Montenegro, um dos defensores da ideia.
O presidente Carlos Eduardo Pereira garante que a ideia não ganha coro entre os dirigentes:
— A diretoria do Botafogo não tem esse pensamento. E em momento nenhum isso foi discutido abertamente. O contrato de concessão está em vigor e ele será levado a diante sem nenhuma restrição. O fato de estarmos olhando o Caio Martins em paralelo é por não ter estádio em 2016 — garantiu.
Desde o início das obras no Nílton Santos, o prazo de 20 anos ao qual o Botafogo tem direito ao estádio foi ‘congelado’. A Prefeitura confirmou que as duas partes possuem temos de rescisões estabelecidos, mas não entrou em detalhes sobre ressarcimentos previstos em contrato.
Fonte: Extra Online