wesfogo
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Não Estamos Sozinhos
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Desde 02/2012 • 12 anos de CANAL Duque de Caxias/RJ
Infanto
Em 30/03/2015 às 18:23 |
Não tinha nada de interessante a fazer decidi pesquisar por clubes ou torcidas parecidas com a nossa, ou seja, supersticiosos. E parece que o Arsenal (Gunners) tem esse espírito. Tirei do livro de Nick Hornby (Febre de Bola) os seguintes trechos: "Sei que sou particularmente idiota quanto a rituais, e sempre fui assim, desde que comecei a ir as partidas de futebol, mas também sei que não estou sozinho nisso. Lembro que quando mais novo eu tinha de levar a Highbury (antigo estádio do Arsenal) um pedaço de massinha de modelar, de adesivo ou outra besteira qualquer, que eu ficava puxando e repuxando nervosamente a tarde toda (eu já era um fumante antes mesmo de ter idade para fumar); também lembro que tinha de comprar o programa no mesmo vendedor e que tinha de entrar no estádio pela mesma catraca." "Houve centenas de bobagens semelhantes, todas com a intenção de garantir vitórias para meu time. Durante a prolongada e enervante campanha pelas semifinais do Arsenal contra o Liverpool em 1980, desliguei o rádio na metade do segundo tempo do último jogo; o Arsenal estava vencendo por 1 a 0, e como o Liverpool empatara nos últimos segundos do jogo anterior, não agüentei ouvir até o final. Em vez disso botei para tocar um disco, sabendo que o lado um duraria até o apito final. Ganhamos a partida, e insisti que meu colega de quarto, que trabalhava numa loja de discos, pusesse o mesmo disco para tocar às 15h40 na tarde da final da Taça, embora não tenha adiantado nada. (Desconfio que ele tenha esquecido.)" "Já tentei não programar o vídeo para jogos ao vivo (No passado o time parecia sofrer bastante sempre que eu gravava as partidas, a fim de estudar sua atuação depois de chegar em casa); já tentei meias da sorte, camisas da sorte, chapéus da sorte e amigos da sorte, e já tentei excluir gente que sinto só trazer problemas para o time." Para encerrar: "Nada adiantava alguma coisa? Investimos horas a cada dia, meses a cada ano, anos a cada vida em algo sobre o qual não temos controle algum; é de espantar, então, que fiquemos reduzidos a liturgias engenhosas - porém bizarras - criadas para nos dar a ilusão de que somos poderosos apesar de tudo, tal como fazem todas as outras comunidades primitivas quando deparam com um mistério profundo e aparentemente impenetrável?"
A força não provém da capacidade física. Provém de uma vontade indomável. (Mahatma Gandhi)
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