O brilho de uma estrela

Qual é o real valor de uma estrela?

Como nós podemos medir isso?

Obviamente não há uma forma exata, mas talvez possamos usar a sensatez para mensurar e obter um resultado como referência !

Quantos planetas existem, ou melhor, quantos nós conhecemos?

9, certo? Pois bem, dê o nome de 5

Fácil, não e?

Agora responda, quantos cometas existem?

Milhares, não é verdade?

Então diga o nome de 3, apenas 3...

Não vale consultar o google!

Difícil, não é...

Bem, certamente do Halley você lembrou...

O Halley é especial e sua passagem é sempre aguardada por astrônomos e por aqueles que sabem de sua importância.

Ele não é um entre muitos. Ele "único" entre muitos!

Ser único faz com que sua importância seja um diferencial, senão, vejamos:

Uma só estrela guiou os reis magos até Jesus!
Uma só lua é reservada aos namorados!
O escudo do cruzeiro têm 5 estrelas, mas o escudo que foi eleito o mais bonito tem só uma!
Os maias observavam as estrelas, mas só uma influenciou seu calendário!

Viram?

Não é o brilho que define o valor de uma estrela, mas sua raridade.

O cometa de Halley passa de 75 em 75 anos, mas é basicamente o único nome que vem à nossa lembrança quando pensamos em cometas.

Esta mesma metodologia pode ser usada para muitas outras situações.

Quer ver?

Mendonça foi, por muitos anos, um astro único, em meio a um céu carente de estrelas no Botafogo.
Quando nós daquela geração precisávamos de esperança, era nele que encontrávamos uma luz que nos guiasse até um porto seguro que teimava em não aparecer no horizonte.

É claro que tivemos muitos "astros" em nossa história, mas sempre em meio a constelações.

Mendonça não.

Mendonça foi um no meio de uma tempestade, que trazia esperança, que dava alento, que nos ensinou a sermos pacientes e perseverantes, mesmo estando no vácuo de títulos que sequer ameaçavam chegar.

Para muitos, Mendonça foi só um bom jogador. Pra mim, ele foi um facho de luz, uma estrela solitária que nos conduziu durante uma longa tormenta.

Todas as noites nós vemos estrelas no céu, mas o cometa de Halley, só após 75 anos.

Assim, eu posso afirmar a todos que não é a constância que determina o valor de uma estrela, mas o tempo que ela leva para nos mostrar seu brilho, e o raro momento em que podemos olhar para o céu e descobrir que não há tempestade que Deus não possa nos mostrar a saída, desde que tenhamos humildade e sabedoria para seguir a sua luz.

Obrigado, Milton da Cunha Mendonça, por ser por tantos anos o berço da nossa esperança de voltarmos a brilhar novamente!