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Tópico de discussão

 
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MG

Desde 01/2010 • 14 anos de CANAL
Bom Jesus/RJ

Nilton Santos


Em 13/05/2013 às 23:42
 

O que dizer de tudo isto?

"Ser ou não ser, eis a questão." 



MG

Desde 01/2010 • 14 anos de CANAL
Bom Jesus/RJ

Nilton Santos


Em 13/05/2013 às 23:45
 

Detesto a Flaprees.

Se eles não jogassem sujo contra nós, p mim já estaria bom. 



SPECTRE1961

Desde 07/2010 • 13 anos de CANAL
r.j./RJ

Garrincha


Em 13/05/2013 às 23:49
 

 

 

Hmmm ...Thinking better:




SPECTRE1961

Desde 07/2010 • 13 anos de CANAL
r.j./RJ

Garrincha


Em 14/05/2013 às 00:06
 

2800 VISUALIZAÇÕES !



THANK YOU !




Let's Fire !



SPECTRE1961

Desde 07/2010 • 13 anos de CANAL
r.j./RJ

Garrincha


Em 14/05/2013 às 01:08
 

OS X -9's VÃO LEVAR UMA SURRA !


 



oswaldoassumpcao

Desde 11/2012 • 11 anos de CANAL
Duque de Caxias/RJ

Juvenil


Em 14/05/2013 às 02:48
 

Sim a globo é um câncer. Ela desqualifica e cria mentiras daquilo que não lhe interessa ou desagrada. Desconheço o percentual cobrado pela empresa do sócio torcedor. Estamos mesmo na mão da poderosa.

O que eu não acredito é que essa postagens tenha quase 3000 visualizações. Com certeza tem gente sonegando esses números. Não estou acusando o autor do tópico. Mas que tem gente aumentando esses números. Com certeza tem!

Mesmo com tema relevante, acreditar que foram quase 3mil leitores, é uma baita mentira. Deveria ser punido que faz isso.


pdr matheus

Desde 09/2012 • 11 anos de CANAL
DF

Infantil


Em 14/05/2013 às 02:57
 

A Globo serve a todos: times, dirigentes, empresários e torcedores. Serve a CBF e sua corja.

Serve ao Governo Federal e aos Governos Estaduais. A Globo é a forma mais bem acabada do que é o 4o. poder.

Pega-se um país de ignorantes, com um povo bunda, que mal sabe entender seus direitos, e aí a equação da manipulação fica fechada.

Antes de ser botafoguense, tricolor, vascaino ou flamenguista, o torcedor é cidadão. Devia se portar como tal, e perceber a manipulação em torno da industria do futebol. Ano passado esse negócio movimentou 3 bilhões de reais, somente com os 20 clubes da primeira divisão. 

Enquanto isso as Organizações Globo fomenta via seus veículos, jornais, internet, TV, a rivalidade idiota entre o público, com suas manchetes cretinas.

O Botafogo é mais um IDIOTA ÚTIL. 

 

 

A prova disso é que essa merda de emissora (transmitida para quase 180milhoes) coloca de 5 da tarde (malhação) até 10h30 (novela das oito , 9 e 10) da noite, novela, com pausa de 40 http://www.canalbotafogo.com/forum/jscripts/tiny_mce/plugins/emotions/images/a926.gifminutos para o Jornal.

 -------------

Vendo por 15min a novela das 7h, que é incrivelmente boba , lembrei-me de um professor de literatura do ensino médio, que deu aula por um mês de romantismo, e, que por um mês nos deu exemplos atuais citando as novelas.
Lembro que sempre fazia um paralelo, e toda aula criticava, dizendo que o romantismo foi se o tempo, que já havia surgido na Europa a uns 300 anos e era conversa p/ bobo 

.

 

O termo romântico refere-se ao movimento estético ou, em um sentido mais lato, à tendência idealista ou poética de alguém que carece de sentido objetivo.

O Romantismo é a arte do sonho e fantasia 

 



SPECTRE1961

Desde 07/2010 • 13 anos de CANAL
r.j./RJ

Garrincha


Em 14/05/2013 às 09:40
 

oswaldoassumpcao,

 

Qualquer probrema ...

Pergunte para a pessoa que fez a contagem - DJ SINISTRO - !

 



Brett

Desde 05/2010 • 13 anos de CANAL
RJ/RJ

Nilton Santos


Em 14/05/2013 às 09:47
 

André_Fogão,

Eu, como você, estou revoltado com o Botafogo tendo menos sócios que o Joinville

Quero virar sócio torcedor (e com isso, botafoguense de verdade)

Mas essas acusações do tópico parecem muito pertinentes e estou quase desistindo

Se pudesse me mostrar "o outro lado" da história, ficaria grato ;)




"O Botafogo têm uma especial predestinação de fazer o ridículo, sempre com esta síndrome de ser Robin Hood, e isso acontece desde que comecei a amar o clube na década de 60. Uma década que poderíamos ter conquistado muitos títulos com o time que tínhamos, mas SEMPRE perdíamos para times sem expressão e acabávamos saindo da disputa pelos títulos. E hoje infelizmente apenas confirmamos a nossa vocação de eterno coadjuvante e estraga prazeres de sua apaixonada torcida!"

-Marcao Sandri 

 

 

"Dívidas na casa dos 700 mi, Receitas menores do que os demais do G-12, Zero títulos, torcida indiferente ou acomodada, sendo que uma parte dela ainda acha que o BFR vai continuar grande nos próximos 20 anos porque teve Garrincha e Nilton Santos, uma diretoria PÉSSIMA, Mentirosa, que afronta o torcedor, e, pra coroar, um time sem nenhum compromisso com as vitórias, confirmado isso por um dos maiores nomes do elenco, o Jefferson.

A situação é HORROROSA, não existe como negar isso. "

 - Soul 

SPECTRE1961

Desde 07/2010 • 13 anos de CANAL
r.j./RJ

Garrincha


Em 14/05/2013 às 11:19
 

2900 VISUALIZAÇÕES


- ACORDE ! - É UMA FARSA ! -






SPECTRE1961

Desde 07/2010 • 13 anos de CANAL
r.j./RJ

Garrincha


Em 14/05/2013 às 13:34
 

 

 oUTPLAN - GEO - EMPRESAS MULAMBAS !




Os X-9's AQUI NÃO TEM VEZ !



geraldof

Desde 04/2011 • 13 anos de CANAL
Rio de Janeiro/RJ

Nilton Santos


Em 14/05/2013 às 13:43
 

Vai bater os 3000 mole !!!!
Vamos que vamos !!!




Saudações Botafoguenses

 

Gê 

tadeu20

Desde 01/2011 • 13 anos de CANAL
Rio de Janeiro/RJ

Garrincha


Em 14/05/2013 às 16:47
 

Esse tópico vai bater o do Diego, fácil!

Sérgio

Desde o início • 17+ anos de CANAL
Rio de Janeiro/RJ

Garrincha


Em 14/05/2013 às 17:29
 

Vai bater o Diego, mas assim é fácil.
Metade das postagens e visualizações são do próprio Spectre, rsss...




Se tua estrela não brilha não tente apagar a minha.
Que tal ir reclamar com Deus ?

fogo_vencedor

Desde 01/2011 • 13 anos de CANAL
São Gonçalo/RJ

Garrincha


Em 14/05/2013 às 18:11
 

mas, tá manero



http://www.youtube.com/watch?v=glqLfFXuvIg

#HelenoVive

carlosacvianna

Desde 11/2009 • 14 anos de CANAL
Rio de Janeiro/RJ

Garrincha


Em 14/05/2013 às 18:33
 

 +++ Tópico iô iô.

 



SPECTRE1961

Desde 07/2010 • 13 anos de CANAL
r.j./RJ

Garrincha


Em 14/05/2013 às 19:01
 

3000 VISUALIZAÇÕES !



OS X-9's ...


Estão desesperados !


E de um jeito ou de outro ...


A IMAGEM da VERDADE é REVELADA !



SEMPRE  !




Follow me ...


 For I am: The SPECTRE !



cancio

Desde o início • 17+ anos de CANAL
Rio das Ostras/RJ

Fraldinha


Em 14/05/2013 às 22:45
 

Infelizmente, na cabeça da diretoria e da maioria dos clubes, a Globo é um mal necessário.



SPECTRE1961

Desde 07/2010 • 13 anos de CANAL
r.j./RJ

Garrincha


Em 14/05/2013 às 23:00
 

4000 VISUALIZAÇÕES !


PORÉM,

FIQUEM ALERTAS !

OS AGENTES X-9's ...


SEMPRE ...

ESTÃO POR AQUI !


NÃO TENHAM MEDO ...

SPECTRE ESTÁ NA CAÇA DELES !






SPECTRE1961

Desde 07/2010 • 13 anos de CANAL
r.j./RJ

Garrincha


Em 15/05/2013 às 10:16
 

KEEP IN FIGHTING !


The X-9's ... ARE HERE !



SPECTRE1961

Desde 07/2010 • 13 anos de CANAL
r.j./RJ

Garrincha


Em 15/05/2013 às 12:18
 

4100 VISUALIZAÇÕES    

OS X-9's ... ESTÃO AQUI !


TÁ TUDO ... AMARRADO !



SPECTRE1961

Desde 07/2010 • 13 anos de CANAL
r.j./RJ

Garrincha


Em 15/05/2013 às 20:29
 

EL PUEBLO UNIDO !


 NO ALIMENTAR EL ENEMIGO !




SPECTRE1961

Desde 07/2010 • 13 anos de CANAL
r.j./RJ

Garrincha


Em 15/05/2013 às 20:43
 

JUST THE TRUTH WILL SET YOU FREE !

NOW ... IS FIGHT FOR THE TRUTH !



SPECTRE1961

Desde 07/2010 • 13 anos de CANAL
r.j./RJ

Garrincha


Em 15/05/2013 às 23:07
 

WARRIOR ... BE READY !


YOU ARE AN IRON MAN !



LOOK OUT ... THE X-9's ARE HERE !



SPECTRE1961

Desde 07/2010 • 13 anos de CANAL
r.j./RJ

Garrincha


Em 15/05/2013 às 23:59
 

4200 VISUALIZAÇÕES  

DIGAM NÃO PARA OS X- 9's !


NÃO SE ILUDAM !




SPECTRE1961

Desde 07/2010 • 13 anos de CANAL
r.j./RJ

Garrincha


Em 16/05/2013 às 00:32
 

 

"o cara paga o S.T. para o bfr,



o dinheiro vai prá Globo,


e a Globo mantém o framerda."




By Fogo Vencedor




DIGA NÃO ! - AOS AGENTES X-9's ! -



SPECTRE1961

Desde 07/2010 • 13 anos de CANAL
r.j./RJ

Garrincha


Em 16/05/2013 às 01:24
 



SPECTRE1961

Desde 07/2010 • 13 anos de CANAL
r.j./RJ

Garrincha


Em 16/05/2013 às 12:20
 

SPECTRE ... WARNING !

THE X-9's ... ARE AMONG US !




SPECTRE1961

Desde 07/2010 • 13 anos de CANAL
r.j./RJ

Garrincha


Em 16/05/2013 às 15:36
 

 

FIGHT AGAINST THE ENEMY ... THE X-9 AGENT!  


HOLLY COW ! 



SPECTRE1961

Desde 07/2010 • 13 anos de CANAL
r.j./RJ

Garrincha


Em 16/05/2013 às 17:31
 

4300 VISUALIZAÇÕES !


MUITO OBRIGADO !

A BATALHA CONTINUA ...




SPECTRE1961

Desde 07/2010 • 13 anos de CANAL
r.j./RJ

Garrincha


Em 16/05/2013 às 19:36
 

CAUTION !

THE X-9's ... ARE BETRAYERS !



heroi

Desde 05/2011 • 13 anos de CANAL
rj/RJ

Garrincha


Em 16/05/2013 às 21:29
 



BBB da Globo, Entrevista CENSURADA Todo Mundo Precisa Ouvir Isso
..................................................
bem o cara falou q pensava q a globo fez?

assim eles agem.


Paulo Murilo

Desde 01/2010 • 14 anos de CANAL
Juiz de Fora/MG

Nilton Santos


Em 16/05/2013 às 22:17
 





"Se fazer fosse tão fácil quanto saber o que seria bom fazer, as capelas seriam igrejas, e as choupanas dos pobres, palácios de príncipes."

 William Shakespeare

 

SPECTRE1961

Desde 07/2010 • 13 anos de CANAL
r.j./RJ

Garrincha


Em 16/05/2013 às 23:17
 


I'm winning ... I'm winning

I'm winning ...

And I don't intend on losing again !


Oh, Yeah !





SPECTRE1961

Desde 07/2010 • 13 anos de CANAL
r.j./RJ

Garrincha


Em 16/05/2013 às 23:22
 

BOM, HERO ...


MAY THE FORCE BE WITH YOU !



SPECTRE1961

Desde 07/2010 • 13 anos de CANAL
r.j./RJ

Garrincha


Em 16/05/2013 às 23:26
 

4400 VISUALIZAÇÕES !



X-9 WAR !




elramo

Desde o início • 17+ anos de CANAL
Rio de Janeiro/RJ

Garrincha


Em 17/05/2013 às 06:18
 

O que é Globo????

SPECTRE1961

Desde 07/2010 • 13 anos de CANAL
r.j./RJ

Garrincha


Em 17/05/2013 às 09:35
 

EL RAMO:


A ditadura da Rede Globo: um poder que cresce a cada ano


Postado em: 1 mai 2013 às 18:57


A Globo não tem hoje menos poder, tem mais, muito mais. E esse poder está crescendo a cada ano. E se em 2013 conseguir colocar um despachante no lugar de Dilma no Palácio do Planalto, melhor será mudar o nome do país para República Global do Brasil

Eduardo Guimarães, em seu blog

Ouso dizer que se de repente a Globo simplesmente evaporasse da face da Terra, nem os outros braços do aparato político-ideológico-midiático que a organização multimídia da família Marinho lidera iriam chorar por seu sumiço; comemorariam com fogos de artifício

A parcela da sociedade política e ideologicamente alinhada aos governos progressistas que há uma década vêm conseguindo manter o poder contra essa máquina midiática, vem cometendo um erro de avaliação sobre o que convencionou chamar de “grande mídia”.


A Globo não prejudica o resto da comunicação no Brasil apenas ficando com quase tudo em termos de publicidade oficial e privada.


A hegemonia da organização da família Marinho prejudica o país ao impor costumes, vetar projetos governamentais, leis, ao difundir ignorância, preconceito e muito mais.

Hoje, no Brasil, há um só grupo de mídia que, nadando contra a corrente que arrasta outros grandes grupos, vem obtendo lucros estratosféricos, crescendo e se solidificando a cada ano: as Organizações Globo.

É um fenômeno impressionante.


De 2002 a 2012, a Globo perdeu 22% de sua audiência em rede nacional.


Em 2002, no Painel Nacional de Televisão (PNT), a média diária da emissora, entre 7h à 0h, era de 22,2 pontos. De janeiro a agosto de 2012, a média diária foi de 17,4 pontos. 


Cada ponto equivale a 191 mil domicílios no país.

Em uma década, porém, a participação da Globo nos investimentos publicitários em TV aberta se manteve em 70%.


O faturamento bruto da TV aberta da Globo com anúncios passou de R$ 5,65 bilhões em 2002 para R$ 18 bilhões em 2011.

Mais impressionante ainda: o lucro da Globo, ano passado, subiu 36% e chegou a R$ 2,9 bilhões – um aumento de 35,9% ante o resultado do ano anterior –, apesar da queda de audiência.

O paradoxo entre queda de audiência e aumento do faturamento se deve à estratégia multimídia das Organizações Globo.

Além da principal emissora de TV do país, o grupo também detém jornais e revistas, além de participação em empresas como a Net e Sky e nos canais pagos da Globosat, como SporTV, Multishow e Telecine.

Não existe país nenhum no mundo com um império de comunicação como esse.

Isso ocorre enquanto outros grandes grupos de mídia como a Rede Record, o Grupo Folha, o Grupo Estado e a Editora Abril vêm amargando seguidos prejuízos.

O mais impressionante é o resultado publicitário da Globo no que tange a verbas oficiais. Apesar da queda de audiência, as plataformas de mídia globais açambarcam 64% das verbas de publicidade do governo federal.
Leia também
Por que o governo coloca tanto dinheiro na Rede Globo?
Rede Globo e evangélicos: uma aproximação estratégica
Relembre: editorial de O Globo celebra golpe militar de 1964

Como resultado dessa ditadura midiática e política, os irmãos João Roberto, Roberto Irineu e José Roberto Marinho ocupam, respectivamente, o 7º, o 8º e o 9º lugares na lista que a revista Forbes publica dos homens mais ricos do Brasil.

João Roberto e Roberto Irineu acumulam hoje uma fortuna de 8,7 bilhões de dólares cada um.

Já José Roberto tem uma fortuna estimada em 8,6 bilhões de dólares.

Como não existe um marco regulatório que vete a monopolização de tantas plataformas de mídia – que, em enorme parte, são concessões públicas entregues aos Marinho pelo governo federal –, enquanto a Globo lucra como nunca os grupos de mídia que atuam politicamente em consonância com a ditadura global vão ficando com as gordas migalhas que caem da mesa, mas que não bastam para impedir-lhes os problemas financeiros.

Mas por que, então, vemos impérios de comunicação como o Grupo Folha, o Grupo Estado, a Editora Abril e outros aliarem-se à guerra aberta que a Globo, de forma aparentemente inexplicável, trava com um governo federal que se entrega à sua voracidade por dinheiro e concessões públicas?

A questão parece ser muito mais ideológica do que prática.

Apesar de forrar as Globos com a parte do leão das verbas e das concessões públicas, os governos da PeTralhada são vistos pelo resto da grande mídia como inimigos do capitalismo.

As famílias Frias, Mesquita, Civita e congêneres acham que um governo tucano, por exemplo, distribuiria mais benesses ainda e as salvaria de uma situação que, em verdade, deve-se à voracidade Global.

Assim, os governos da PeTralhada tornaram-se o inimigo comum de grupos de mídia que, por trás da aparente cordialidade, são adversários ferozes na disputa pelas benesses do Estado.

Mas a Globo não prejudica o resto da comunicação no Brasil apenas ficando com quase tudo em termos de publicidade oficial e privada.

A hegemonia da organização da família Marinho prejudica o país ao impor costumes, vetar projetos governamentais, leis, ao difundir ignorância, preconceito e muito mais.
 
O padrão “racial” da publicidade e da televisão brasileiras, por exemplo, que exclui a verdadeira etnia de nosso povo, é oriundo de uma visão da Globo sobre o país. Novelas, publicidade, tudo o que se vê retrata um país de aparência europeia porque a Globo criou e mantém esse padrão.

A ausência de programas que discutam o país, que se aprofundem em debates importantes, inclusive políticos, é oriunda de uma programação da Globo feita para emburrecer e alienar o espectador.

Como a Globo é uma receita de sucesso, seu padrão é seguido pela concorrência na mídia eletrônica, sobretudo na televisão.

Haja vista as cópias de excrescências como o Big Brother em outras emissoras, das novelas bobinhas com elenco ariano etc.



A teledramaturgia global, em particular, é dramática – para fazer um trocadilho. Novela após novela é encenada no eixo Rio-São Paulo, com enredos que se repetem sem parar, com vilões e mocinhos – e mocinhas –
idênticos, sempre exaltando as classes sociais abastadas a que a cúpula da Globo pertence.
Todo esse poder da Globo se deve à sua capacidade de chantagear a classe política. Executivo, Legislativo e Judiciário ajoelham-se no altar Global de Norte a Sul do país. Nem a Presidência da República escapa.

Apesar de não vir conseguindo eleger o presidente da República desde 2002, a Globo, ao levar escândalos reais e inventados ao Jornal Nacional, novelas, programas humorísticos etc., selecionando os que quer expor e os que quer esconder, consegue a subserviência da República aos seus ditames.

Se até os grandes grupos de mídia além da Globo estão sendo sufocados por ela, imaginemos o que acontece com a mídia dita “alternativa”, que deve desaparecer em poucos anos se nada mudar.

Todavia, a própria grande mídia – Globo excluída – não deve resistir tanto assim. Com o passar do tempo, os Marinho irão adquirindo participações de tudo até que estabeleçam um imenso monopólio da comunicação nacional.

Não existe um só país da importância do Brasil e no qual vigore regime verdadeiramente democrático que tenha praticamente toda a comunicação nacional sob o tacão de uma única família, de um único império empresarial de comunicação.

Após uma década de governos progressistas que conseguiram distribuir renda, diminuir a pobreza e avançar em termos de solidificação da economia, com aumento exponencial de infraestrutura etc., o Brasil caminha para a Idade Média nas comunicações.

Como livrar o pais da ditadura da Globo? Boa pergunta. Se nem após dez anos de governos do PT conseguimos dar um mísero passo para desconcentrar o poder que a família Marinho começou a acumular graças à ditadura, parece quase impossível mudar isso agora.

A Globo não tem hoje menos poder, tem mais, muito mais.


E esse poder está crescendo a cada ano.

E se em 2013 conseguir colocar um despachante no lugar de Dilma no Palácio do Planalto, melhor será mudar o nome do país para República Global do Brasil.

 



elramo

Desde o início • 17+ anos de CANAL
Rio de Janeiro/RJ

Garrincha


Em 17/05/2013 às 10:05
 

Essa eu conhecia. Apenas me recuso a ver. Quanto mais pessoas se recusarem a sintonizar essa praga melhor será nosso país...

SPECTRE1961

Desde 07/2010 • 13 anos de CANAL
r.j./RJ

Garrincha


Em 17/05/2013 às 11:27
 

4500 VISUALIZAÇÕES !


THANKS, INDEED !


ATENÇÃO !



OS CON$ELHEIRO$ VELHO$ BROXA$ ...


QUEREM ENTREGAR A NOSSA CASA !








fogo_vencedor

Desde 01/2011 • 13 anos de CANAL
São Gonçalo/RJ

Garrincha


Em 17/05/2013 às 11:29
 

galera, não basta apenas deixar de assistir a tv deles.
é uma necessidade vital deixar de consumir qualquer produto vindo do grupo "global".

qualquer coisa, seja site, jornal, revista, qualquer coisa que faça alusão, globosat, sportv, multishow, telecine...qualquer merda que seja globo.


eles perderam muita audiência, mas, ainda tem muita.
eles tem de perder mais e mais...


todo império tem seu fim,

o problema é que eles estão deixando uma "herança" muito nociva, que é o emburrecimento desta nação.

quanto antes este império cair, menor será o estrago ideológico.




http://www.youtube.com/watch?v=glqLfFXuvIg

#HelenoVive

marcosaureliopaiva

Desde 11/2007 • 16 anos de CANAL
rio de janeiro/RJ

Garrincha


Em 17/05/2013 às 11:34
 

4500 vIsualizaçõEs em 8 DIAS .

É a invasão dos X9 !!




 
 
 
 
 

 

 
 

fogo_vencedor

Desde 01/2011 • 13 anos de CANAL
São Gonçalo/RJ

Garrincha


Em 17/05/2013 às 11:38
 

quem quiser mais informações acerca deste império de merda:
acesse o site fazendomedia.com
baixe o livro A história secreta da rede globo, de Daniel Heiz. - posso enviar por e-mail
baixe o livro Afundação Roberto Marinho, de Roméro Machado. - posso enviar por e-mail



vou postar mais coisas sobre...




http://www.youtube.com/watch?v=glqLfFXuvIg

#HelenoVive

fogo_vencedor

Desde 01/2011 • 13 anos de CANAL
São Gonçalo/RJ

Garrincha


Em 17/05/2013 às 11:41
 

ORGANIZAÇÕES GLOBO: MANTENEDORES DA ESCRAVIDÃO
7 08 2011

A anos e anos eu venho falando das Organizações Globo, mas hoje eu não estou afim, só quero reproduzir o post a seguir, extraído do blog http://roteironews.blogspot.com , escrito e mantido por Fernando Marés de Souza. Direi só uma única coisa: Eu tenho nojo da Globo… e sempre terei. Hipócritas maquiavélicos de plantão. Filhos da ditadura, mantenedores da escravidão.

Segue:
As Organizações Globo publicaram com alarde em todos os seus veículos um documento onde delineiam os “os princípios e os valores que regem o jornalismo feito por suas empresas de comunicação”.
O documento foi recebido com ironia, ceticismo e críticas nas redes sociais, alcançando rapidamente os “trending topics” do Twitter.
Blogueiros especulam que a divulgação do documento veio em resposta às acusações do jornalista Rodrigo Vianna - ex-funcionário da Globo – de que a direção da emissora emitiu ordem expressa para que seus jornalistas atacassem o novo Ministro da Defesa Celso Amorim.
O ceticismo e as críticas são baseadas no histórico do conglomerado de mídia, e a ira e ironia dos internautas é pautada principalmente pela eterna proteção ao presidente da CBF Ricardo Teixeira - através do conhecido espiral do silêncio – que acusado de corrupção pela BBC inglesa, desdenhou dos veículos que repercutiram a notícia afirmando que só ficaria preocupado “quando sair no Jornal Nacional”. Obviamente o Jornal Nacional nunca mencionou as acusações. O silêncio da organização sobre as denúncias contra Teixeira pode ser conferido com uma simples busca aos termos “CBF + corrupção + Ricardo Teixeira” no portal de informações do conglomerado.
As ligações de Teixeira com a Globo são estreitas e antigas e as críticas ao monopólio exercido pela Globo na transmissão do futebol brasileiro recorrentes, porém recentemente uma nova denúncia grave surgiu: as Organizações Globo receberam 30 milhões de recursos públicos dos cofres da Prefeitura e do Governo do Rio através de sua subsidiária Geo Eventos para organizar o sorteio das preliminares da Copa mês passado. A escolha da empresa foi feita pelo Comitê Organizador Local, presidido por – surpresa! – Ricardo Teixeira.
Com interesses econômicos diretos na Copa do Mundo do Brasil, o jornalismo da Globo também faz vista grossa para as crescentes denúncias de violação de direitos humanos e ilegalidades cometidas na remoção de famílias para construção de infra-estrutura do evento, relatadas inclusive pela ONU.
É interessante notar que na mesma edição do Jornal Nacional que anunciou os tais Princípios Editoriais, seus jornalistas descumprem flagrantemente o que está escrito no documento. Em uma matéria sobre a presença de veneno em merenda escolar no RS, a âncora Fátima Bernardes afirma: “Está foragida a merendeira que pôs veneno de rato na comida de crianças e professores de uma escola pública de Porto Alegre” – enquanto mostra a foto da acusada na tela.
Mas como pode a jornalista afirmar como fato algo que ainda não foi comprovado? A merendeira é SUSPEITA de ter colocado veneno, ACUSADA de ter colocado veneno, Fátima Bernardes não pode apresentar como fato que a “merendeira pôs veneno de rato na comida de crianças”. Mesmo que haja uma suposta confissão da merendeira, o advogado da acusada afirma que ela não colocou veneno algum e que se apresentará segunda-feira, informação que o Jornal Nacional não traz em sua reportagem. A matéria fere os princípios descritos nos ítens1-v, 1-x, e 1-z dos princípios editoriais, desrespeita o princípio do contraditório e qualquer senso básico de justiça.
A maneira como o jornalismo da Globo lida com suspeitos de crimes é – sob minha ótica – um dos principais desvios éticos da organização. O veículo tem um caráter justiceiro, se coloca acima do judiciário e do devido processo legal, acima do princípio – não descrito no documento da Globo, mas sim na Declaração Universal dos Direitos do Homem – de que todos são inocentes até que se prove o contrário.
A Globo trata suspeitos e investigados como culpados sentenciados, sem autoridade moral ou legal para isso, assume como verdade inequívoca teses não comprovadas de agentes policiais, provocando tragédias como a do calvário do jornalista João Cleves, vítima de uma reportagem sensacionalista do Fantástico em 2001 que – baseado apenas na palavra de um delegado que queria incriminar o jornalista que investigava a corrupção policial – julgou e condenou o réu por antecedência no caso do assassinato de sua esposa. Cleves ficou anos encarcerado, mas posteriormente foi inocentado pelo STF, após intervenção da Comissão Nacional de Direitos Humanos. A matéria do Fantástico havia sido apresentada como prova pela promotoria. O Fantástico nunca se retratou do erro ou citou novamente o nome de Cleves.
Relata João Cleves: “A maldade da polícia, no meu caso, foi reparada pela Justiça, que me absolveu à unanimidade ao acatar a tese de meu advogado de que a arma, apontada pela polícia (e a imprensa que a copiou) como a do crime, fora plantada no local do assalto para incriminar-me. A mesma reparação não tive da imprensa. O espetáculo jornalístico causou um estrago tão grande na minha família que perdi as esperanças de um dia ficar livre desse pesadelo.”
No último domingo uma reportagem de Rodrigo Alvarez para o Fantástico acusava várias pessoas de cometer crimes ambientais na construção de mansões em paraísos ecológicos, a maioria ainda em processo de investigação, mas hipocritamente e de maneira corporativista não citou o caso de um funcionário da casa, o apresentador Luciano Huck, condenado por danos ambientais em sua mansão de Angra e processado por outros crimes ambientais no mesmo imóvel.
Outro caso de hipocrisia, agravado pelo recebimento indevido de recursos públicos, se deu na tragédia da região serrana do Rio. Enquanto os editoriais das Organizações Globo responsabilizavam membros do governo federal e estadual por não terem realizado os investimentos para conter as enchentes, escondiam o fato de que a Fundação Roberto Marinho embolsou parte do dinheiro público do Fundo Estadual de Conservação do Meio Ambiente, que deveria ser destinado para a prevenção de enchentes e contenção de encostas, e usou na construção de um museu na área urbana do Rio.
No quesito “correção”, o documento diz que ”Os erros devem ser corrigidos, sem subterfúgios e com destaque. Não há erro maior do que deixar os que ocorrem sem a devida correção”.
Pois bem, a prática de correção de informações equivocadas publicadas pelos veículos da organização é falha. Quando desmenti sozinho quase toda a imprensa brasileira em fevereiro deste ano no “exposé” investigativo “A verdade sobre o Google e a suposta censura de notícias no Brasil“, relatei que após publicar informações falsas, o G1 publicou uma correção que a Agência Estado enviou aos seus clientes depois de alertada pela minha reportagem, mas mantém até hoje a página original sem correção e sem nenhum aviso que as informações ali publicadas não são verdadeiras, e esta página original foi (e ainda é) usada como fonte para corroborar uma informação falsa. Na prática, continua publicando mentiras. O Blog do Noblat, publicação que faz parte das Organizações Globo e que também reproduziu a informação falsa, nunca se seu ao trabalho de corrigi-la e mantém a informação falsa no ar.

Outra vez fica claro que o documento das Organizações Globo é apenas uma vaga declaração de intenções, e não um código de conduta.
Uma afirmação do documento que chega a provocar risos é a de que “As Organizações Globo são laicas”. Isso vindo de uma emissora que transmite a “Santa Missa” católica nas manhãs de domingo - sem ônus para o Vaticano – e que trata como fato o “milagre” de Irmã Dulce.
Oremos…

Fernando Marés de Souza


http://bolaearte.wordpress.com/2011/08/07/organizacoes-globo-mantenedores-da-escravidao/




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Garrincha


Em 17/05/2013 às 11:47
 

"A essência da propaganda é ganhar as pessoas para uma idéia de forma tão sincera, com tal vitalidade, que, no final, elas sucumbam a essa idéia completamente, de modo a nunca mais escaparem dela. A propaganda quer impregnar as pessoas com suas idéias. É claro que a propaganda tem um propósito. Contudo, este deve ser tão inteligente e virtuosamente escondido que aqueles que venham a ser influenciados por tal propósito NEM O PERCEBAM."

 

Do demônio Joseph Goebbels

         ministro da Propaganda de Adolf Hitler 

 

 





 
 
 
 
 

 

 
 

fogo_vencedor

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Garrincha


Em 17/05/2013 às 11:49
 

A Globo e a ditadura militar, segundo Walter Clark
Roberto_Marinho07

Roberto Marinho na foto da capa do livro promocional assinado por seu empregado Pedro Bial.

Argemiro Ferreira em seu blog, texto publicado em 3/4/2010

Ainda que não tivesse sido esse o objetivo de sua autobiografia, na qual relatou há 19 anos a incrível trajetória que o transformara no todo-poderoso senhor, por mais de uma década, da quarta rede comercial de televisão do mundo, Walter Clark acabou por oferecer no livro – O campeão de audiência, que teve o jornalista Gabriel Priolli como coautor, Editora Best Seller, 1991 – uma contribuição importante para a compreensão das relações muito especiais entre a TV Globo e o regime militar à sombra do qual floresceu. Além de rejeitar a conhecida imagem da emissora como uma espécie de porta-voz do “Brasil Grande” do ditador Médici, ele garantia nunca ter visto Roberto Marinho “se humilhar diante de quem quer que fosse, milico ou não, presidente da República ou não. Ao contrário, é uma altivez que fica sempre no limite da arrogância”.

Walter_Clark01_Capa_LivroClark referia-se à suposta independência do dono da Globo por “manter em torno de si homens de esquerda em cargos importantes” (citava Franklin de Oliveira, Evandro Carlos de Andrade e Henrique Caban), inclusive depois que o SNI ampliou a pressão contra os dois últimos, com acusações contidas numa fita de vídeo que o dono da Globo fora convocado a assistir em companhia de Clark e Armando Nogueira. Explicitamente, admitia apenas que o regime “incomodava” a Globo, que enfrentou “o mesmo gosto amargo da censura, das intimidações, das impossibilidades que todo mundo sentiu: imprensa, rádio, televisão, as artes, a universidade, a cultura”. Claramente na defensiva, o autor mostrava-se ressentido com os que o culpavam – na própria Globo e mais até do que Marinho – pela submissão ao regime militar. Mas ao passar das opiniões subjetivas aos fatos concretos, acabava por confirmar o que pretendia desmentir: a docilidade das tevês (em particular a sua), em parte resultante do caráter precário das concessões de canais pelo governo, tinha uma longa história e já o atropelara antes, na TV Rio.

Essa emissora, na qual também foi autoridade máxima (com o título nominal de “diretor comercial”), Clark submeteu-se, sem reação, ao assalto dos lacerdistas – liderados pelo empresário Abraham Medina, fazendo valer a condição de patrocinador de programas – no episódio da tomada do Forte de Copacabana, em 1964. Posteriormente, conseguiu o prodígio de entregar-se tanto ao governo estadual como ao federal, até mesmo depois do desafio do governador Carlos Lacerda ao presidente Castelo Branco. Clark confessou ter retirado do ar programas de Carlos Heitor Cony e Roberto Campos para satisfazer o coronel Gustavo Borges, chefe de Polícia do Rio, que o chantageava com a ameaça de mudar o horário da novela “O direito de nascer”, líder de audiência.

Da promiscuidade à cumplicidade

Não por acaso, a experiência da Globo acabaria por extremar a tendência à acomodação, a ponto de Clark contratar um ex-diretor da censura (“o Otati”) para “ler tudo que ia para o ar” e, pior ainda, uma “assessoria especial” para cortejar o poder, formada pelo general Paiva Chaves, pelo civil linha-dura Edgardo Manoel Erickson (“pelego dos milicos”, conforme disse) e mais “uns cinco ou seis funcionários”. O episódio que aparentemente o convenceu a ir tão longe chegava a ser cômico: um certo coronel Lourenço, do Dentel, tinha tirado a estação do ar em 1969, convocando Clark ao Ministério da Guerra, porque Ibrahim Sued, na esperança de agradar ao Planalto, divulgara uma intriga plantada pelo grupo do general Jaime Portela, então na conspiração do “governo paralelo” juntamente com dona Yolanda Costa e Silva. Ibrahim foi preso e Clark aprendeu a lição depois de levar um pito do coronel Athos, “homem de Sylvio Frota”.

Além da pretensa altivez de Marinho, impressionaram Clark a “integridade”, a “honestidade” e o “patriotismo” do general Garrastazu Médici, que depois de 1974 passara a frequentar seu gabinete na Globo para ver futebol aos domingos. Muita gente apanhava e morria nos cárceres da ditadura, mas para ele isso não podia, de forma alguma, ser coisa do ditador Médici: “Tenho a impressão de que ele não se envolveu com nenhum excesso, nenhuma violência do regime.”

De quem era, então, a responsabilidade? “Foi coisa dos caras da Segunda Seção do Exército, do SNI, do Cenimar, do Cisa, a turma da segurança. E era tudo na faixa de major, tenente-coronel.” Pronto a absolver os poderosos, frequentadores de seu gabinete (até mesmo o general Ednardo D’Ávila‚ chamado no livro de “figura agradável”), e a condenar apenas o guarda da esquina, obscuro, Clark comete o disparate de afirmar que “a censura e as pressões não eram feitas pelos generais”, mas por “gente como o Augusto”, beque do Vasco que virou agente do Dops. Mas se era assim, por que submeter-se a eles?

O autor recorreu ainda a outra desculpa para justificar o adesismo e o ufanismo tão escancarados na ocasião pela rede dos Marinho: “A Globo não fazia diferente dos outros.” E mais: “Se o Estadão não conseguia enfrentar o regime, se a Veja não conseguia, como é que a Globo, sendo uma concessão do Estado, conseguiria resistir à censura, às pressões?” O problema, para os críticos de Clark dentro da própria emissora, é que ela, como ele, parecia preferir aquela filosofia de que se o estupro é inevitável só resta relaxar e aproveitar. Daí os comerciais da Aerp (Clark alega que foram feitos para evitar uma “Voz do Brasil” na tevê, projeto de um certo coronel Aguiar), as coberturas patrióticas de eventos militares (Olimpíadas do Exército e o resto), as baboseiras ufanistas de Amaral Neto. “Era o preço que pagávamos para fazer outras coisas”, alegou. Não se deu ao trabalho de explicar que coisas eram essas. E ele mesmo admitiu na autobiografia que o apregoado Padrão Globo de Qualidade “acabou passando por vitrine de um regime com o qual os profissionais da TV Globo jamais concordaram”.
Globo_Capa_Veja

Clark, numa capa da Veja em 1971.

A Globo devia ao regime, como ficou claro no relato de Clark, até mesmo a introdução da tevê em cores – imposta pelo ministro das Comunicações, coronel Higino Corsetti, sabe Deus para atender a que lobby multinacional. Mas a intimidade promíscua com o regime foi mais longe, a ponto de compartilhar com o SNI os serviços clandestinos do “despachante” encarregado de liberar contrabandos na Alfândega: para a empresa, equipamentos de tevê; e para os militares da espionagem oficial, sofisticados aparelhos de escuta ilegal. Graças a isso, Clark podia desfrutar estranhas sessões de lazer como a conversa com um tal general Antônio Marques, pressuroso em exibir foto tirada no escuro de um cinema (com equipamento infravermelho) e identificar o personagem em cena comprometedora como dom Ivo Lorsheiter, progressista odiado pela linha dura militar.

Para Armando, “uma questão de realismo”

O autor defendeu no livro tudo o que fez para “afagar o regime” (expressão dele) e investiu contra os que o acusavam de “puxar o saco dos militares” (também expressão dele). Para fazer autocensura, revelou, tinha importantes aliados internos, com destaque especial para o papel do diretor de Jornalismo, Armando Nogueira. Por “questão de realismo”, por exemplo, Armando e ele tomavam “muito cuidado” para não trombar “com o regime nem com Roberto Marinho”. Mas o leitor tropeça nas contradições da narrativa, entre elas a ambiguidade em relação ao ex-amigo J. B. (Boni) de Oliveira Sobrinho – acusado de fazer vista grossa quando Dias Gomes e outros enfiavam “coisas nos textos que certamente iam dar problemas”, mas também de cumplicidade com os militares para destruir o próprio Clark (“lá por 1976, Laís, a mulher do Boni, foi me denunciar para o pessoal do SNI, que ela conhecia, dizendo que eu era um toxicômano perigoso”).
Amaral_Neto02

Amoral Nato, digo, Amaral Neto, o repórter… da ditadura.

Não é preciso inteligência privilegiada para perceber que o jogo de cumplicidade com o regime confundia-se com a luta interna pelo poder dentro da Globo, arbitrada por Marinho e envolvendo não apenas Clark e Boni, mas também o segundo escalão: Joe Wallach, que representava o Grupo Time Life, segundo ele mesmo; José Ulisses Alvarez Arce; e, em especial, o diretor de Jornalismo Armando Nogueira. Esse último é pintado no livro como incompetente, preguiçoso e traiçoeiro. Em meio à guerra, as reuniões do conselho de direção nas manhãs de segunda-feira tornaram-se um inferno, em generalizado clima de intriga e discórdia, com todo mundo brigando com todo mundo. O dinheiro farto que todos ganhavam, contou Clark, “era como veneno, especialmente nas mãos das mulheres”. Munidas de talões de cheque, elas estrelavam “um festival de nouveau-richismo, pretensão e falta de educação”. Acusado de consumir drogas, Clark defendeu-se ao encarar a prática como generalizada: “A cocaína era chique nas festas intelecto-sociais e seu consumo, bastante disseminado, mas resolveram me transformar em drogado.”

Quando Marinho decidiu tomar “o brinquedo de volta” – ou seja, recuperar o controle da Globo, que “tinha emprestado para uns garotos mais moços brincarem” – uma das mãos firmemente agarradas ao tapete de Clark, segundo o livro, foi a do ministro da Justiça, Armando Falcão, “tipo deletério, que adorava fazer intrigas, dizer que éramos todos comunistas, drogados, os piores elementos”. No relato aparece um Roberto Marinho bem mais coerente na conspícua (e promíscua) aliança com o regime do que o autor chega a reconhecer explicitamente – tanto que o episódio no qual Clark é afinal defenestrado mistura, de forma reveladora, a disputa pelo poder no regime militar com aquela que se processava na Globo, escancarando as relações perigosas entre o governo e a rede de tevê consolidada à sombra do autoritarismo.

O autor nega que o motivo de sua saída tenha sido, como se propalou na época, seu comportamento pessoal pouco ortodoxo (em razão de excessos alcoólicos) numa festinha com poderosos de Brasília. O livro atribuiu a demissão à queda de braço com o regime, que exigia o expurgo na Rede Globo da afiliada paranaense de Paulo Pimentel, político que rompera com o antigo protetor, ministro Ney Braga, e ainda era desafeto do chefe do SNI, general João Baptista Figueiredo, então a caminho da Presidência. Se assim foi, faltou a Clark reconhecer ter sido demitido na primeira vez em que de fato ousava contrariar os donos do poder. “Eu argumentava”, escreveu ele “que o governo tinha o poder concedente dos canais de rádio e tevê e, se quisesse atingir o Paulo [Pimentel], que cassasse a sua concessão e enfrentasse o desgaste político”. Mas Marinho, pragmático, pensava diferente, talvez sintonizado, naquele sombrio ano de 1977, com o clima incerto gerado por mais uma demonstração de força do regime, o Pacote de Abril.
Globo_Executivos01

Amigos, amigos, negócios à parte: James Baldwin, Wallach, Clark e Boni (em pé); Arce e Armando Nogueira (sentados).

Até veto de música no festival da canção

Clark nem sequer notou a semelhança desse episódio com tantos outros que marcaram a aliança promíscua da Globo com o poder – e nos quais ela se limitara a acatar a vontade do regime. Alguns de tais episódios, envolvendo a tevê e autoridades militares, desfilaram ao longo do livro O campeão de audiência: o ataque do general Muricy a um documentário da CBS (para ele, “subversivo”) sobre o Vietnã, comprado ironicamente pelo norte-americano Wallach, do Time Life; o Jornal Nacional, no terceiro dia de sua existência, proibido por um coronel (Manoel Tavares) do gabinete do general Lira Tavares (membro da Junta que tomara o poder) de noticiar o sequestro do embaixador dos EUA e a doença de Costa e Silva, os dois principais assuntos; o aviso do general Sizeno Sarmento de que as músicas “Caminhando” e “América, América” estavam proibidas de ganhar o Festival Internacional da Canção; a ordem do general Orlando Geisel para as patriotadas de Amaral Neto serem incluídas no horário nobre; a prisão do próprio Clark pelo Dops no dia do Ato 5, por ordem do coronel Luís França (em represália por ter ele discutido com o motorista do militar num incidente de trânsito).
Roberto_Marinho08_Figueiredo

Marinho andava de braço dado com o ditador Figueiredo.

Enfim, a especialidade da Globo era acomodar-se a cada situação. A acomodação prevaleceu ainda no dia da queda de Clark. Ele aceitou sem discutir o prêmio de consolação (US$2 milhões) oferecido por Marinho. E limitou-se a encomendar o texto da carta de demissão (“em alto estilo… literário”) ao amigo Otto Lara Resende, suficientemente versátil para também escrever em seguida a resposta na qual o dono da Globo agradeceu os serviços prestados pelo demissionário (quatro anos depois Otto aceitaria também a missão de fazer o prefácio do livro O campeão de audiência).

A demissão é uma espécie de anticlímax da autobiografia, na qual o autor assumiu compulsivamente a responsabilidade pelas iniciativas bem-sucedidas da Globo, declarou-se adepto de programas de qualidade (mas o salto de audiência veio com os popularescos de baixo nível, de Raul Longras, Chacrinha, Dercy Gonçalves etc., bem na linha da atual pornografia BBB) e atribuiu o mal feito a outros – como os que mantiveram elevado o faturamento e a liderança absoluta de audiência nos anos seguintes, enquanto o próprio Clark, que na Globo tinha o maior salário do mundo (clique aqui para ler a notícia no New York Times sobre a demissão do brasileiro com o maior salário do mundo) e frequentava presidentes e ministros, descia ao fundo do poço, de fracasso em fracasso (como diretor de duas tevês, logo demitido, e produtor de dois filmes nos quais sequer se reconheceu sua contribuição, mais um espetáculo teatral altamente deficitário).

“Em 14 anos, depois de minha saída, o que houve de realmente novo?”, perguntou o autor naquele ano de 1991, referindo-se à Globo. Pouca coisa, talvez. Hoje, com a perda crescente de audiência para os concorrentes e sem os privilégios garantidos nos 20 anos de ditadura militar, ela está condenada a conformar-se com as regras da democracia e da competição. E passa a valer para a Globo a amarga reflexão pessoal de Clark no livro: “Não se deve cultivar excessivamente o poder, pendurar-se emocionalmente nele, porque um belo dia o poder acaba e o dia seguinte é terrível.”


http://novobloglimpinhoecheiroso.wordpress.com/2013/03/23/a-globo-e-a-ditadura-militar-segundo-walter-clark/




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SPECTRE1961

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Garrincha


Em 17/05/2013 às 11:55
 

 

GENERALÍSSIMO MARKINHO



FOGO VENCEDOR


BE READY ... CAUSE, THIS IS A:








SPECTRE1961

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Garrincha


Em 17/05/2013 às 12:03
 

 

 

OSS !



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Garrincha


Em 17/05/2013 às 12:03
 

O caso Rede Globo/Time-Life
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[Agência O Dia/AE]

A inauguração da TV Globo ocorreu em 26 de abril de 1965. Dois meses depois, Carlos Lacerda denunciou como ilegais as relações da emissora com o grupo norte-americano Time-Life.Três anos antes, um acordo polêmico assinado entre Time-Life e as Organizações Globo, permitiu à empresa brasileiro acesso a um capital em torno de 6 milhões de dólares, o que lhe garantiu recursos para comprar equipamentos e montar sua infra-estrutura. Em troca, o Time-Life teria participação em 30% de todos os lucros aferidos pelo funcionamento da TV Globo. O acordo foi considerado ilegal, pois a Constituição Brasileira naquela época proibia que qualquer pessoa ou empresa estrangeira possuísse participação em uma empresa brasileira de comunicação.


A questão foi levada ao conhecimento do Contel (Conselho Nacional de Telecomunicações), que em junho de 1965 abriu um processo para investigar o caso. Paralelamente, em outubro do mesmo ano, o deputado Eurico de Oliveira apresentou um requerimento à Câmara pedindo a instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito.

No dia 20 de abril de 1966, o presidente da empresa, Roberto Marinho (na foto acima com a esposa, Lili de Carvalho, durante a posse na ABL) depôs e explicou aos congressistas que dois contratos haviam sido firmados com o Time-Life, um contrato de assistência técnica e uma conta de participação. Como uma tentativa de legalizar o acordo, mencionava-se claramente nos termos deste acordo que a Time-Life ou Time Inc. não tinha o direito de participar ou de interferir na administração da Globo.

Na prática, Time-Life possuía grande influência dentro da Globo: Joseph Wallach, o ex-diretor da Time-Life na Califórnia, se tornou de fato um diretor executivo dentro da Globo.

Os trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito terminaram em setembro de 1966, com um parecer desfavorável à Globo. Os parlamentares consideraram que os contratos firmados com o Time-Life feriam a Constituição, alegando que a empresa norte-americana estaria participando da orientação intelectual e administrativa da emissora.

Em fevereiro de 1967, o governo federal mudou a legislação sobre concessões de telecomunicações, criando efetivas restrições aos empréstimos de origem externa e à contratação de assistência técnica do exterior. Contudo, tratava-se de um dispositivo legal sem efeito retroativo, e os contratos do Time-Life com a TV Globo eram de 1962 e 1965.

Em outubro de 1967, o consultor-geral da República Adroaldo Mesquita da Costa emitiu um parecer sobre o caso Globo/Time-Life. Ele considerou que não havia uma sociedade entre as duas empresas e assim a situação da TV Globo ficou oficialmente legalizada.

Nos bastidores


Em julho de 1998, Helena Sousa, doutora em Sociologia e professora associada do Departamento de Ciências da Comunicação da Universidade do Minho/Portugal, apresentou na Conferência Científica da International Association for Mass Comunication Reserch, em Glasgow/Escócia o artigo “Time-Life/Globo/SIC: um caso de reexportação do modelo americano de televisão?”, que conta alguns aspectos relacionados com os bastidores da operação entre a Globo e o grupo Time-Life. Leia os principais trechos:


De fevereiro a maio de 1959, o jornal O Globo deu grande atenção à carreira diplomática de Claire Luce, a esposa de Henry Luce, o presidente da Time-Life. A simpática cobertura da atividade diplomática de Claire Luce foi entendida como demonstrativa do interesse da Globo em desenvolver contactos e estreitar relações com grupo americano na área televisiva.

A Time-Life havia já feito, no Brasil, alguns contactos no sentido de estabelecer parcerias. O jornal O Estado de São Paulo, por exemplo, não mostrou interesse em desenvolver esta relação. Efetivamente, a Constituição brasileira proibia grupos estrangeiros de comprar ou de participar na administração ou orientação intelectual de empresas de comunicação nacionais. No entanto, tal não foi entrave para o desenvolvimento da parceria entre a Globo e o grupo Time-Life.

Apesar do texto da Constituição, o governo entendeu que havia todo o interesse na criação de uma rede televisiva que pudesse ser utilizada para unir o país em volta das pretendidas reformas econômicas e industriais.

A Time-Life procurava uma forma de entrar no mercado e a Globo queria dinheiro e conhecimento prático: estes eram os ingredientes para um guião perfeito, escrito por um barão local e financiado por uma multinacional, sob o olhar dos militares que convenientemente ignoraram a natureza inconstitucional do acordo.

Assim, no dia 24/07/1962, a recém criada Globo TV Ltda assinou, em Nova Iorque, dois contratos com a Time-Life. Os aspectos genéricos do acordo ficaram definidos no Contrato Principal e os aspectos técnicos e de caráter mais específicos foram apresentados no Acordo de Assistência Técnica. Estes dois acordos foram preparados por Luis Gonzaga do Nascimento Silva, um acérrimo defensor dos interesses da Globo que tinha também uma relação privilegiada com o embaixador brasileiro nos Estados Unidos, Roberto Campos.

Antes mesmo da assinatura destes contratos, a Globo recebeu 1,5 milhões de dólares da Time-Life Inc. O Contrato Principal estabelecia responsabilidades várias para a Globo e para a Time-Life. A TV Globo comprometia-se a adquirir e instalar o equipamento de transmissão de televisão e a construir um prédio para a sede da Globo no Rio de Janeiro. O edifício deveria ficar concluído no dia 01/07/963. Era também responsabilidade da Globo conseguir a concessão para operar o canal 4 do Rio de Janeiro, que seria utilizado para as transmissões da Globo.

Por seu lado, competia à Time-Life as seguintes responsabilidades:

a) Prestação das informações técnicas que fossem de seu conhecimento no ramo de televisão.
b) Acolhimento e formação nas suas estações, escritórios e lugares de transmissão de televisão da pessoa ou das pessoas enviadas pela TV Globo.
c) Troca de informações e de dados de direcção administrativa ou comercial que pudessem ser pertinentes.
d) Assessoria e consultas de engenharia, como planejamento, construção e operação de estúdios e equipamento.
e) Orientação para a aquisição de filmes e programas produzidos em território estrangeiro.
f) Uma contribuição financeira.

O Contrato Principal também clarificava que a Time passaria a receber 30% dos lucros da TV Globo. No sentido de assegurar o controle das finanças da TV Globo, este contrato previa ainda que todos os balanços da TV Globo fossem conferidos e aprovados pela Ernest & Ernest que, para tal, teria livre acesso aos livros e arquivos da TV Globo. Além disso, a Time poderia visitar e inspecionar qualquer das propriedades da TV Globo, “examinar os seus livros e arquivos, discutir os negócios da sociedade com os funcionários da TV Globo, sempre que desejar, obrigando-se a TV Globo a fornecer à Time outras informações relativas aos negócios da sociedade em conta de participação”. Este contrato deveria durar onze anos e seria quebrado se, por qualquer razão, Roberto Marinho e a sua esposa deixassem de ter 51% das ações da empresa.

O Contrato de Assistência Técnica entre a Globo e a Time-Life foi assinado no mesmo dia do Contrato Principal (24/07/1962). No entanto, enquanto que o Contrato Principal foi assinado com a Time-Life Broadcasting Inc., o Contrato de Assistência Técnica foi assinado com a Time Inc.

A fundamentação para a assinatura deste contrato de assistência técnica relacionava-se diretamente com a experiência da Time nos setores radiofônico e televisivo: “(...) a Time opera diversas estações de rádio e televisão nos Estados Unidos e em outras partes e, através de sua longa experiência, adquiriu considerável experiência técnica, artística e comercial no campo das operações de televisão comercial”. Considerando que a televisão dava ainda os seus primeiros passos no Brasil, a Globo precisava, de fato, de know-how nesta área e a Time aparecia como o parceiro ideal. O Contrato referia a experiência técnica, artística e comercial da Time e expressava o desejo da Globo em beneficiar deste saber acumulado.

Entre as inúmeras clausulas deste contrato, destacamos alguns aspectos da ‘assistência técnica’ que a Time se comprometia a prestar à Globo:

a) A Time dará assistência no campo da técnica administrativa, fornecendo informações e, por outros modos, prestando assistência relacionada com a moderna administração de empresas e novas técnicas e processos relacionados com a programação, noticiário e atividades de interesse público, vendas, promoção, publicidade, atividades e controle financeiros, orientação de engenharia e técnica, assistência na determinação das especificações do prédio e do equipamento, assistência na determinação do número e das responsabilidades adequadas do pessoal a ser empregado pela TV Globo e, em geral, orientação e assistência com relação aos aspectos comercial, técnico e administrativo da construção e operação de uma estação de televisão comercial. Com referência a essa assistência, a Time enviará à TV Globo no Rio de Janeiro uma pessoa com habilitações equivalentes às de um Gerente-Geral de uma estação de televisão, na capacidade de consultor, pelo prazo que a TV Globo desejar. Além disso, a Time fornecerá à estação, durante a vigência deste contrato de assistência técnica, um especialista na área de contabilidade e finanças.
b) A Time treinará, nas especialidades necessárias para a operação de televisão comercial, o número de pessoas que a TV Globo desejar. Esse treino terá lugar nas diversas
estações de televisão da Time ou nos seus escritórios em Nova Iorque.
c) Na medida que a Globo o solicitar, a Time treinará o pessoal da TV Globo nas instalações da TV Globo no Rio de Janeiro. Para esse fim, a Time enviará ao Rio de Janeiro, pelos prazos requeridos, pessoas com os necessários atributos para conduzir esse treino.
d) Sempre que necessário, a Time orientará e assistirá a TV Globo na obtenção de material de programas de televisão em Nova Iorque e nas negociações com protagonistas e atores. Essa orientação relacionar-se-á com os aspectos financeiros de tal obtenção e negociações, bem como o valor artístico das mesmas. Em casos especiais, a Time assistirá a Globo na venda de anúncios, visitando em Nova Iorque os representantes de potenciais anunciantes (Contrato de Assistência Técnica citado em Herz, 1991).
O Contrato de Assistência Técnica contempla outros aspectos que vão, efectivamente, para além da chamada ‘assistência técnica’. Determina, por exemplo, o valor financeiro destes serviços que a Time se propõe prestar à TV Globo, e contempla a duração deste contrato. Tal devia durar dez anos, sendo automaticamente renovado.

De fato, os dois contratos assinados entre estes dois grupos multimedia (se bem que a Globo estivesse ainda na fase inicial do seu desenvolvimento) tiveram amplas repercussões. Tal como previam os contratos, o grupo Time-Life passou a assistir e a controlar a TV Globo a vários níveis. O representante da Time-Life na Globo, Joseph Wallach (ex-director da estação de televisão da Time-Life na Califórnia), tornou-se, na prática, o diretor executivo da Globo. Técnicos e especialistas em diversas áreas televisivas da Time-Life viajaram para o Rio de Janeiro no sentido de transmitir os seus conhecimentos. Por sua vez, funcionários da Globo deslocaram-se, igualmente, a Nova Iorque para serem treinados in loco pelos profissionais de televisão da Time-Life.

Para além de todo o apoio administrativo, técnico, comercial e artístico, a televisão brasileira terá recebido do grupo norte-americano, entre 1962 e 1966, mais de seis milhões de dólares. De acordo com Herz, é preciso considerar, porém, que a expressão do mercado publicitário e da receita da emissora de televisão, naquela época, era muito menor que atualmente: “O ingresso de mais US$ 6 milhões numa emissora de televisão tinha, na época, muita expressão”. Ainda que a transferência de capitais e de know-how tenha sido entendida como inconstitucional e injusta para com as outras estações de televisão que estavam a tentar impor-se no mercado, o que efetivamente aconteceu foi que a Globo conseguiu - através destes meios - garantir uma sólida posição no mercado televisivo brasileiro.

O acordo com a Time-Life foi fundamental nos primórdios da emissora por dois motivos: em primeiro lugar e acima de tudo porque significou um fluxo de capital indispensável para a implantação de uma televisão altamente competitiva e, em segundo lugar, o acordo de orientação técnica permitiu à Globo implantar um modelo de televisão comercial semelhante ao modelo americano mais avançado.

Um membro da primeira equipa da Globo, Herbert Fiúza, explica a dependência da Time-Life: “No primeiro ano (...) trabalhamos nos moldes das coisas que havíamos aprendido com os americanos. A Globo era inspirada numa estação de Indianápolis, a WFBM. E o engenheiro de lá foi quem montou tudo, que a gente não sabia nada”. Independentemente das questões técnicas, o staff da Globo não tinha, então, treino em televisão. Daí, o empenho em aprender com a experiência da Time-Life. Assim, com recursos financeiros, apoiada na experiência da Time-Life e seguindo as suas orientações e conselhos, a Globo afirma-se como a televisão com maior sucesso comercial no Brasil. Em 1969, a rede Globo era já líder de audiências. Outras redes de televisão, tal como a Tupi e a Excelsior, não tinham recursos humanos nem financeiros para competir com a estratégia da Globo e acabaram por encerrar as suas portas. Nos anos 70, a Globo era, na prática, a rede de televisão do regime. Os militares investiram não só na expansão da sua rede como lhe deram o privilégio de receber a publicidade institucional do regime.

Formalmente, o acordo entre a Time-Life e a Globo terminou em 1969, após uma complexa investigação parlamentar a esta associação de interesses. Nessa altura, poder-se-ia argumentar que o apoio da Time-Life era já dispensável. A Globo tinha conquistado o primeiro lugar no mercado televisivo brasileiro e a transmissão de conhecimentos nos aspectos fundamentais do negócio televisivo tinha já acontecido. No entanto, e apesar desta desvinculação formal, alguns antigos funcionários da Time-Life continuaram a trabalhar na Globo e a viver no Brasil. Joseph Wallace, por exemplo, manteve-se como diretor-executivo da Globo até os anos 1980.


http://www.muco.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=289:o-caso-rede-globo-time-life-&catid=34:sala-de-escandalos&Itemid=53




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Garrincha


Em 17/05/2013 às 12:06
 

FOGO VENCEDOR - EXCELENTE TEXTO !




 
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