Voo de águia ou galinha?
Por flavio castro
Em 08/04/2019, às 20:20:32
Desde agosto de 2005 tenho o prazer de dividir este espaço no Canal Botafogo, discutindo, com outros fanáticos pelo Fogão, temas do cotidiano alvinegro. É um enorme prazer!

Meu apelido, Macau, homenageia um querido cachorro que se foi e que, quando vivo, era um grande amigo.

O texto a seguir “Voo de águia ou galinha?” faz uma leitura dos caminhos que o clube tem pela frente e os desafios que nos esperam nessa trajetória.

Qual o torcedor que não quer ter seu time um vencedor? Acontece que uma série de requisitos separa quem quer de quem pode ter uma equipe campeã.

A receita de uma equipe vitoriosa – sabemos – leva em conta a organização, infraestrutura, gestão profissional e capital.

O Botafogo atual caminha para alcançar uma melhoria de sua infraestrutura e de sua gestão.

Com o avanço nesses setores, o capital será ampliado, mais investidores apostarão no Fogão. Também mais técnicos e jogadores buscarão O Glorioso para desenvolverem as suas carreiras e alcançarem títulos.

Contudo, na realidade do Botafogo, neste momento, há dois aspectos fundamentais a serem superados, duas pedras no caminho rumo ao sucesso: a dívida e o tempo.

A dívida atual parece ser impagável. Caso sigamos o modelo de gestão que temos, iríamos precisar de muita sorte e do Centro de Treinamento em ótimo estado para atrair e desenvolver jogadores capazes de renderem ótimos negócios.

Ocorre que a lapidação de jogadores joga contra o nosso segundo maior adversário, do Botafogo e de equipes que estão neste mesmo patamar alvinegro: o tempo.

O resultado tem que ser imediato para o Botafogo seguir na primeira divisão do futebol brasileiro e lutando por alguns títulos, no começo, não os mais importantes.

Nosso maior adversário no campo, aquela equipe rubro-negra, “achou” 3 a 4 revelações e praticamente equacionou a situação de sua dívida. Hoje arrecadam mais do que devem.

Além disso, foram beneficiados com investimentos favoráveis que só levaram em conta o tamanho de sua torcida. Nada de considerar os resultados obtidos dentro de campo.

Voltando aos nossos desafios, estamos próximos de ter um novo modelo de gestão, cujos estudos são financiados pelos irmãos Moreira Sales. Quanto mais a situação piora, mais claro fica que essa é a melhor, senão a única, opção.

Eles têm dito com propriedade que nada que se limite a uma iniciativa de um mecenas terá êxito, pelo menos no médio e longo prazos.

A propósito, convém lembrar do saudoso ex-presidente Emil Pinheiro. Guardadas as diferenças de tempo e de contexto, ter um grande investidor seria repetir um erro sem tamanho.

O que o Botafogo precisa é de um grupo de investidores capazes de colocar recursos e pessoas num projeto de risco, mas com alta perspectiva de retorno.

O Botafogo precisa deixar de dar voos curtos, limitados, assim como os resultados que alcança. Precisa parar de dar voos de galinha.

Esses investidores precisam levar em conta todos os aspectos de um grande clube como o Botafogo, com história, torcida e infraestrutura.

E fazer que o Fogão voe como uma águia, bem do alto, tal como sempre vemos a estrela, aquela alvinegra que nos ilumina e nos acompanha.

SA,
Macau

OBS: é muito acertada a ideia de fortalecer o Canal Botafogo como um espaço de debate, dando prioridade ao fórum.
Cada vez mais, o protagonismo do torcedor faz a diferença, se torna mais necessário e fortalece o sentimento que deixa vivo o futebol: a paixão!


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