O Botafogo desenvolve uma importante mudança.

Está em andamento a transição do modelo atual - formado por dirigentes amadores e por um quadro de enorme endividamento.

Em seu lugar vai surgir uma SA, sob a liderança de profissionais que terão que alcançar resultados, que quitará as dívidas (exceto as do Profut)  e que será responsável por fazer investimentos no futebol.

Mais que uma afirmação, este é um desejo que deve estar na cabeça de todo torcedor do Botafogo, ou pelo menos na grande maioria deles. 

Mais que um desejo, este deve ser o roteiro de manifestações a serem feitas pelos botafoguenses.

Tudo começou com a pressão de torcedores alvinegros influentes e financiadores do Fogão, iniciada com críticas aos gastos da atual gestão em esportes olímpicos, especialmente o basquetebol.

Não bastasse o quadro de absoluta falta de recursos, de patrocínio master, de falta de água até, atrasos de salários de jogadores e funcionários, em contraste com esta situação de fim de clube, eis que o basquete do Fogão surge como uma ilha da fantasia, de extrema competência.

O basquete do Botafogo não apenas mantem os melhores jogadores da boa temporada passada, como consegue investir mais ainda, contratando atletas de destaque do país onde este esporte reina absoluto, os Estados Unidos.

São dois mundos completamente opostos que coexistem na caótica realidade alvinegra.

Mas, ao que parece, são incompatíveis. E são!

Como torcedor do Botafogo, peladeiro toda a vida, mas também praticante de basquete, gostaria muito que fosse possível contar com uma equipe que brilhou no ano passado na NBB.

Mas se essa situação atrapalha a formação do grupo de financiadores que pretendem investir na SA alvinegra, abro mão de minha segunda paixão esportiva.

Assim também parece entender a maioria da torcida do Botafogo que vem se manifestando na internet com a hashtag #ForaMaisBotafogo, que acabou ficando em primeiro lugar no twitter da madrugada desta sexta-feira, 6.

O tempo corre contra os atuais gestores do clube.

A cada dia que passa as dívidas só aumentam, as notícias ruins se repetem a toda hora e já não há “salvador” que queira ajudar a este grupo.

É hora de sair, de deixar o clube sob o comando de uma equipe de transição indicada pelos futuros investidores botafoguenses. 

Quem manda hoje no Botafogo segue a cartilha da salvação proposta pela Ernst & Young.

Quem não entender esta nova realidade  estará tonando mais difícil a já complicada situação alvinegra.

E marcando a sua trajetória no comando do Botafogo manchada por personalismo e provincianismo.

A transição para o clube empresa do Botafogo já começou!

Uma vez afastada a atual direção, a equipe de futebol voltará a contar com o apoio de ilustres torcedores alvinegros para manter o Botafogo na série A.

Que a torcida faça a sua parte, reforçando aos atuais dirigentes eleitos que se afastem do clube, em total apoio ao projeto bancado pelos irmãos Moreira Salles.

Precisamos  voltar a ver o Botafogo sem atrasos salariais, sem dívidas impagáveis, e com jogadores dignos de vestir uma camisa tão sagrada quanto a do glorioso.

E voltar a torcer com paixão por um time que nos motive, que reforce a certeza de que este caminho proposto é o melhor para voltarmos a ser grandes e competitivos.

SA,

Macau