lscunha
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2ª parte: Movimentação
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Desde 12/2007 • 16 anos de CANAL Blumenau/SC
Garrincha
Em 04/01/2021 às 09:00 |
Bem, no futebol temos 11 peças e não milhares de peças como nas revoadas ou cardumes e por isto deveria ser mais fácil, mas não é. E por que? Penso que se deve ao fato do homem ser resistente ao pensamento coletivo e o egocentrismo atávico que carregamos é uma barreira que estabelecemos e de muito difícil separação. Então como fazer que 11 homens, com diferentes graus de instrução, diferentes patamares de QI, traumas de vida, vaidade, egocentrismos e talentos possam alcançar esse estágio? Me veio à cabeça uma orquestra sinfônica, mas percebi que nesse caso o sincronismo tem um roteiro preestabelecido, que é o escrito na partitura, o que não ocorre numa partida de futebol, que não pode ser escrita antecipadamente. Ou pode? Será que eu posso forçar o adversário a jogar como eu necessito para que minha equipe tenha o domínio das ações? No pensamento coletivo quando seu time está com a bola, todos os seus jogadores em campo se tornam atacantes e quando se perde a bola, todos se tornam defensores e essa atitude já irá começar a fazer a diferença, pois dançaremos no ritmo da música que estará tocando, mas só isso não é o suficiente. Outra certeza que temos é que a bola raramente se movimenta nas paralelas ou transversais do campo, ou seja, na vertical e na horizontal e assim concluímos que quase de forma permanente, a trajetória da bola será na diagonal e esse conhecimento nos traz duas lições: - Se posicionar sempre na trajetória que a bola terá que fazer quando for destinada ao adversário cuja marcação está sob responsabilidade, - E como o movimento é diagonal, possui um valor métrico de distância a percorrer superior em referência aos raros casos em que for vertical ou horizontal e assim o tempo de ação também é maior. Então nosso problema passa a ser de como diminuir o tempo de chegada na bola, quer defensivamente como ofensivamente, para se garantir a posse da mesma, ou seja, diminuir o tempo de se chegar na bola. Percebem a diferença? Ao invés de esperar a bola chegar, ir ao encontro da bola!
LUIZ SERGIO CUNHA |
sueco
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Desde 05/2016 • 7 anos de CANAL RJ
Profissional
Em 08/01/2021 às 13:48
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"Então como fazer que 11 homens, com diferentes graus de instrução, diferentes patamares de QI, traumas de vida, vaidade, egocentrismos e talentos possam alcançar esse estágio?" Recentemente li o livro do Phil Jackson, treinador 11x campeão da NBA com os lendários Bulls de Jordan, Pippen e outros; e os Lakers de O'neal e Kobe. Ele fala exatamente sobre o processo para tornar a equipe mais coesa e focada no coletivo, e como as equipes dele chegaram a um estágio de um perfeito sincronismo em quadra e, consequentemente, os títulos vieram. Hoje eu olho pro time do Botafogo e vejo um time com medo de jogar, não há companheirismo, jogadores perdidos em campo... |
lscunha
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Desde 12/2007 • 16 anos de CANAL Blumenau/SC
Garrincha
Em 08/01/2021 às 15:07
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de um modo geral, os times brasileiros se preocupam mais com a esquematuzação tática, do que com o desenvolvimento de uma ideia integrada. aí, vamos de sopinha de letras e contratações caras para colocar para funcionar "A Máquina" e surge um Zé Euela com um time tecnicamente bem limtado, mas com uma movimentação intensa, baseada num sincronismo permanente e inteligente. o que acontece? me passa o nome do livro do Phil Jackson, pois acho que terei muita coisa para aprender. obrigado, Sueco. lscunha LUIZ SERGIO CUNHA |