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  A cobra e o tubarão

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Blumenau/SC

Garrincha


Em 01/05/2023 às 15:31

A COBRA E O TUBARÃO

 

Eu não diria que se tratam exatamente de dois predadores, mas ambos possuem suas características peculiares.

A cobra, ao perceber perigo ou oportunidade de ataque, se imobiliza e prepara o seu bote venenoso.

Já o tubarão rodeia seu foco de atenção até se lançar ao ataque direto e voraz.

Ontem, assistindo o vídeo do jogo, eu diria que vi um confronto entre a cobra e o tubarão.

A cobra, consciente de suas limitações se defendia através de uma aparente imobilização de bote armado, se colocando em postura adequada para tal e o tubarão, soberbo Senhor dos Mares, confiante na força de suas mandíbulas, a cada volta, mais se aproximava de seu alvo, que sabiamente ficava medindo a distância, para ter certeza de alcance do seu bote.

Podemos ampliar e aprofundar o que foi o embate, tenso como deve ser sempre entre dois rivais que historicamente se enfrentam desde os tempos das regatas de Yayá e Yoyô, que aconteceram no final do século XIX, mas vou me ater somente as estratégias utilizadas por ambos.

O Botafogo, no caso a cobra, consciente de sua menor qualidade, mapeou o terreno de jogo e escolheu a forma que obrigaria o adversário, ainda de ressaca de um acachapante 8x2, imposto na véspera a um adversário bem mais fraco, mas que adentrou em campo lhe vencendo de 2x0.

Mesmo assim foi surpreendido com a postura do tubarão, que confiante em sua supremacia, resolveu jogar uma mistura de futebol de campo e de futsal, avançando com sua linha baixa ao habitat da peçonhenta, com seu goleiro com permissão de atuar como se fosse um Gérson ou um Didi, a tal ponto que permitiu o Tiquinho perder o gol mais feito do jogo, pois livre de marcação e com o gol completamente aberto, não acertou o mesmo e tinha até tempo de se ajeitar corporalmente para chutar e isso não é uma crítica, mas um lamento, pois ele foi junto com o Perri, os dois melhores em campo.

Não vou comentar a arbitragem, pois em que pese o erro de não expulsar um rubro-negro, me pareceu ter acertado a maioria dos lances e tenho dúvidas se naquele imbróglio que aconteceu na área do Flamengo, iniciada por uma ação individual do Luiz Henrique, o terceiro chute que bateu no braço do zagueiro do Flamengo, se fosse contra nós não resultaria na marcação de uma penalidade máxima.

O fato é que por 3 picadas contra duas mordidas, a cobra derrotou o tubarão.

 

lscunha



LUIZ SERGIO CUNHA

 
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