O Botafogo não marca.

Essa tem sido uma das reclamações mais ouvidas sobre os gols ou jogadas que poderiam terminar em gol contra o Botafogo.

O problema acontece com a bola no chão e tende a ser mais comum na jogada aérea.

É que a equipe titular ainda não joga de forma compacta.

E tem baixa estatura.

Os alas medem pouco acima de 1,70.

Já o miolo de zaga tem Marcelo com 1,80 e Kanu com 1,86.

Gatito e Cavalieri têm boa estatura, mas pouco saem do gol.

Até os jogadores que mais ajudam diretamente nesse sistema, como Honda e Caio Alexandre, são baixos.

Por isso, a jogada aérea é um ponto vulnerável do sistema defensivo alvinegro.

Pra ajudar neste quesito, Cícero foi usado como terceiro zagueiro e também para ajudar na saída de bola da defesa.

Outra alternativa é a troca do Caio Alexandre por Forster.

Autuori o conhece e sabe como explorar suas potencialidades.

A mudança faria sentido porque Forster tem mais o perfil de volante que marca, tem boa saída de bola, mas não costuma chegar à área do adversário tra.

Porém, a substituição de Caio Alexandre pode ocorrer para a entrada de outro jogador.

Este é o momento adequado pra essas tentativas e ver como funcionarão em amistosos.

Certo é que Caio Alexandre e Honda jogam na mesma posição, distribuindo jogo.

Cabe a eles, também, inverter o jogo, fazer lançamentos ou passes verticais.

E neste último quesito, Kalou e Luiz Henrique oferecem boas opções pra criar jogadas de perigo.

Mas outro aspecto que expõe a vulnerabilidade do Botafogo deve estar sendo corrigido.

Trata-se da distância entre os jogadores que atuam na defesa, no meio e no ataque.

Hoje em dia, a equipe tem que jogar de forma compacta, todos os jogadores marcam.

Isso exige muito treinamento e preparo físico.

Exige, também, disciplina tática.

Em boa parte dos jogos, parece que o Botafogo está tendo muitos contra-ataques, tal o tamanho dos espaços vazios deixados para o adversário.

Mudar isso requer uma sintonia fina entre quem terá que bloquear a ação ofensiva, com uma falta, por exemplo, pra que o time haja a recomposição defensiva da equipe.

Ajustar as linhas, compactando a distribuição em campo, encontrar jogadores para ter um meio de campo mais marcador e, no conjunto, uma equipe mais alta.

Eis alguns dos principais desafios defensivos do Botafogo dirigido por Paulo Autuori.

S A,

Macau