Normalmente eu posto meus comentários na segunda-feira, mas como resido há 28 anos em Blumenau, cidade que é considerada e eu ratifico, ser uma das 3 de melhor qualidade de vida do país, não posso, apesar do assunto não envolver futebol e o nosso Botafogo, deixar de externar minha indignação com a barbaridade que se abateu sobre a cidade, que comovida chora por todos os seus cantos, como acometida de uma hemorragia de dor e tristeza.

Independente de nosso idealismo pessoal, há coisas que são cláusulas pétreas em termos humanísticos e qualquer que sejam as nossas expectativas, é inadmissível que fatos como esse ocorram.

Ainda estou chocado e o engarrafamento que se formou na manhã de ontem, já em horário de escoamento normal do trânsito, no qual me vi prisioneiro e a sirene de ambulâncias e viaturas policiais, traziam a certeza que algo anormal tinha ocorrido, mas ninguém podia imaginar que uma besta, armado de uma machadinha, cometeria uma das maiores barbaridades que nosso país sofreu e nem sabemos a sua motivação, a qual prefiro adjetivar como patamar de loucura, pois nem satanás, num arroubo amplo e profundo de maldade, chegaria a esse nível.

Hoje, ainda muito triste, pois Blumenau, por conta de suas trágicas enchentes, desenvolveu um intenso sentimento de solidariedade, que a torna altamente sensível diante de eventuais comoções e ainda estou sem saber o que dizer, mas certamente medidas preventivas serão tomadas e torço para que se extendam por todo o país.

A maldade tem que ser extinta e caso não seja possível, restrita ao menor patamar possível e é nesse sentido que todos devemos trabalhar.

Desculpem o desabafo, mas eu devo isso aos filhos dessa cidade que me acolheu de braços abertos e que gosta de me chamar de Luiz Carioca, embora no meu íntimo, me sinta um blumenauense também.

lscunha