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Rio de Janeiro/RJ
Garrincha
Em 29/07/2022 às 16:17
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alvinegro21 disse: zandona disse: Alvinegro21 disse: Ainda assim Zandona, a opção de ser enganado pelo voto ainda é mil vezes melhor que ser oprimido por uma ditadura Eu entendo que a crítica que José Saramago faz a democracia é no sentido de que "democracia é essa que vivemos?", por isso que ele fala em democracia sequestrada, condicionada, amputada. Democracia sem levar em consideração a vontade do povo, sem efetiva participação popular nas decisões políticas a não ser um restrito apertar de botões em dois em dois anos em candidatos que na primeira oportunidade trai o seu eleitorado, não é democracia mas um simulacro para uma plutocracia ou ditadura da burguesia. Quando há uma maioria à serviço dos interesses dos trabalhadores ocorre o que houve no Palácio de La Moneda em 1974.
Eu entendo que a alternativa a isso é quem está no poder dando porrada, matando e exilando quem ousa abrir o bico, vide a redentora.
E ditadura tanto faz se é de direita ou comounista, é tudo a mesma merda.
Quem mora em favela e guetos no mundo inteiro já vive essa realidade (ausência de direitos básicos, porrada, matando e exilando), tanto no Afeganistão, no Iêmen, no Congo, no Iraque, no México, na Colômbia, no Chile, Haiti, Panamá, e demais países que fazem parte da periferia do Capital, até mesmo nos Estados Unidos (centro do Capital que é para onde se escoa toda a riqueza roubada ou “dada” do mundo) no qual o mundo “livre” assiste a extradição de um jornalista perseguido por fazer muito bem o seu trabalho de denunciar os crimes de guerra das maiores potências econômicas ocidentais pelo mundo afora, para não falar dos negros e latinos que lá são considerados como cidadãos de segunda categoria e são submetidos a violência policial, muitas das quais geram morte, ou à escravidão na forma da décima terceira emenda sobre a qual há muitas injustiças com juízes dando sentenças desfavoráveis a cidadãos para aumentar o efetivo de escravos em prisões. O que falar da realidade das periferias do Brasil onde é estado mínimo e ditadura imperam e o cidadão que mora ali por falta de condições fica entre a cruz e a espada? Naturalizaram as chacinas no Alemão, na Maré e em vários lugares. Lá há porrada, morte e exílio. A tal da democracia é só fachada mesmo, e um governo Bolsonaro cuja gestão ignorou o povo durante quase todo o mandato, inclusive na pandemia, deixa tudo escancarado: comete-se crime a torto e a direito com grilagem, assassinato de lideranças indígenas, de ambientalistas, índios (teve algumas crianças que foram estupradas e assassinadas nessa história), desvio de verbas, orçamento secreto, chacina, dentre outros e nada acontece para quem faz parte do sistema. Nesses quatro anos de Bozonaro a sensação de impunidade ficou escancarada, o rei está nu. Mais quatro de anos de gestão Bozonaro e sua forma nada convencional, miliciana, de estar à frente do “comitê para gerir os negócios da burguesia” pode fazer o povo enxergar a farsa que é a democracia liberal burguesa (ou não). Ao contrário de Lula e sua conciliação furada que maquia toda essa engrenagem, que tenta dar um rosto humanizado a essa máquina de moer gente. Mesmo assim eu vou votar nele (é a parte que me cabe nesse latifúndio), pela primeira vez na minha vida, porque a fome não espera e muita gente está a roer osso e um pouco de migalha vai aliviar o sofrimento de muita gente, mesmo sabendo que essa conciliação pode levar a consequências imprevisíveis.
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