O noticiário sobre o Botafogo e sua alinhavada, mas ainda não concretizada venda, se tornou, mais que as especulações de contratações, um embate entre otimistas e pessimistas, cada um querendo impor sua narrativa.

Há um pequeno grupo, do qual faço parte, que aprendeu com a vida que macaco velho não mete a mão em cumbuca, que prefere esperar que a lama se assente e a água fique mais transparente, para emitir seu juízo de valor e assim, acompanha o noticiário, torcendo para que tudo dê certo e tenhamos um outro Botafogo, ungido e livre dos pecados pelos quais se penitenciava.

O Botafogo e acompanho essa história desde os anos 50, sempre esteve dependente de um Mecenas, que foi o Carlito, o Paulo Azeredo, o Xisto Toniato, o Emil Macedo, o Montenegro e os Moreira Salles e com isso, dependente da mesada do papai do momento, se esqueceu de crescer e ficou até agora vestindo calças curtas.

É hora da calça comprida!

Acho que só enquadrar as dívidas e equacionar seu pagamento, pouco resolverá se não for mudada a mentalidade.

Quando se planta uma semente, se espera que ela germine e produza frutos e para tal, cuidados devem ser tomados, como regar, adubar, fertilizar e combater as pragas e pestes.

Até a ação de colher os frutos que a base irá fornecer, tem que haver um processo inteligente para que permita venda das mesmas por um preço adequado.

Talvez estejamos entrando numa nova era, mas também pode ser que estejamos entrando pelo cano.

Ainda acho prematuro me posicionar sobre o assunto, o que não significa que não esteja torcendo e muito, para que tudo dê certo.

Bendito sejas, botafogo.