"Um dos colapsos mais dramáticos que o futebol já testemunhou desde que as leis do jogo foram elaboradas pela primeira vez em 1863". É como o "The Wall Street Journal", tradicional diário americano especializado no noticiário econômico, se referiu à perda do título brasileiro pelo Botafogo, que chegou a abrir 14 pontos de distância para o segundo colocado. Em uma reportagem sobre os investimentos de John Textor, a publicação afirma que o dono da SAF alvinegra gastou mais de 1 bilhão de dólares (R$ 4,9 bilhões) na aquisição de quatro clubes e até agora só colheu dor de cabeça.
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Intitulada "O americano que se apaixonou pelo futebol e comprou US$ 1 bilhão em desgosto", a reportagem aponta os problemas enfrentados pelos clubes da holding de Textor. Com destaques para Botafogo e Lyon.
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No caso do Botafogo, o WSJ destaca o derretimento inédito na história do futebol pelo qual o time passou na corrida pelo título brasileiro. E lembra a forma como o empresário lidou com os revezes, principalmente após a derrota para o Palmeiras por 4 a 3: falou em corrupção no futebol brasileiro, denunciou um suposto esquema de manipulação de jogos e brigou na Justiça com a CBF.
Só que a tormenta enfrentada por Textor não foi apenas no Botafogo. O WSJ destacou a campanha do Lyon no Campeonato Francês (o time é o lanterna) e a forma como a torcida se voltou contra o empresário. Depois de o americano descartar a possibilidade de rebaixamento na Ligue 1 dizendo que cogitar a queda seria "uma questão cômica", um grupo de torcedores estendeu uma faixa na arquibancada na qual se lia: “A segunda divisão ainda faz você rir?".
"O Crystal Palace, por sua vez, está enfrentando mais um período de dificuldade ao longo da temporada na parte inferior da tabela da Premier League, e o Molenbeek não está propriamente brilhando na classificação belga", acrescenta o texto do WSJ, referindo-se ao 15º lugar do clube inglês e à campanha de meio de tabela (11º) dos belgas na liga local.
A reportagem pondera que Textor não é o primeiro empresário americano a investir no futebol e ter problemas esportivos. Cita a família Glazer, dona do Manchester United; os períodos de Jim Pallotta à frente da Roma e de Randy Lerner com o Aston Villa. E acrescenta que o dono da SAF do Botafogo é mais um a descobrir que as águas do futebol são "mais profundas, mais agitadas e mais infestadas de tubarões do que alguma vez imaginara".