Bem, vou recortar a parte sobre o Nílton Santos arena multiuso do meu tópico "puxão de orelhas". Fica mais fácil.

"O dia que o Botafogo for sustentável e pagar suas pesadas despesas atuais (não é fácil manter um elenco desse naipe e com tal profundidade), com nossas receitas anuais, o Nílton Santos não precisará ser cedido para realização de grandes eventos de música. Alguns no Canal comparam valores de forma simplista, sem pensarem que são poucos os jogos do ano em que nossa torcida enche o estádio e garante uma renda acima de 2 milhões de reais. Como se não tivesse que se descontar desse valor bruto os pesados custos para fazer aquela estrutura funcionar com a excelência que funciona todas as noites de jogos.

Ah, mas as produtoras pagam 800 mil, estourando 1,5 milhão por noite de espetáculo... Ocorre que a SAF vende pacotes de três a até seis noites, geralmente para até três artistas de uma vez. Em 2024, o Botafogo deve faturar limpos mais de 25 milhões de reais só com os shows. Fora o aluguel dos camarotes, das vagas de estacionamento e participação em faturamento de dezenas de bares e quiosques de venda de produtos licenciados, tudo em valores padrão de grandes eventos do showbiz, não de jogos de futebol. Não podemos em absoluto abrir mão dessas receitas.

Mas não podiam evitar a coincidência com os jogos decisivos? Essa agenda é fechada com muitos meses de antecedência e, sim, para o final do ano, uma vez que o Hemisfério Sul só entra na rota dos grandes shows nessa época. John Textor e Thairo Arruda não têm culpa se a CBF alterou a tabela e ainda não desmembrou essas últimas rodadas do campeonato, mesmo a poucas semanas dos jogos. Por último, o tapetinho não foi instalado para representar vantagem técnica em cima dos times vistantes, mas para viabilizar o Nílton Santos como arena multiuso. O gramado é rapidamente liberado após um show para ser utilizado pelo nosso time profissional, sem nenhum prejuízo a sua superfície."