Fórum CANALBOTAFOGO
Tópico de discussão

 
Páginas:
mirandafac
  Botafogo e a recuperação judicial: entenda os bastidores do projeto e os riscos

Desde 08/2011 • 12 anos de CANAL
rio de janeiro/RJ

Garrincha


Em 23/10/2020 às 09:24

 

Sem captar dinheiro suficiente para S/A, Botafogo apela para a recuperação judicial: entenda os bastidores do projeto e os riscos

23/10/2020 09h00  Atualizado há 22 minutos


Há duas semanas, o Botafogo anunciou que não tinha conseguido dinheiro para prosseguir com a S/A. Agora o presidente Nelson Mufarrej fala em recuperação judicial como alternativa. O mecanismo sempre foi o "plano B", mas só agora está sendo assumido como tal.

O torcedor tem motivos para se preocupar. Em primeiro lugar, porque a captação de dinheiro por meio da S/A era uma solução que hoje parece perdida. Depois, porque a recuperação judicial vem sendo maltratada pela superficialidade de quem ainda não entendeu seus riscos.

Nelson Mufarrej, presidente do Botafogo — Foto: Fred Gomes

Nelson Mufarrej, presidente do Botafogo — Foto: Fred Gomes

 

Recapitulando a história

 

O projeto da sociedade anônima tem três etapas fundamentais para ser executado – ou tinha, com o verbo no passado, a depender do que acontecerá nas próximas semanas nos bastidores do Botafogo.

 

  • Aprovação política no quadro social
  • Captação de verba com investidores
  • Acordos com todos os credores privados

 

A torcida comemorou quando a Assembleia Geral alvinegra aprovou, em votação, a continuidade do projeto. Alguns entenderam que o processo estava encerrado. Na verdade, esta era a parte mais fácil.

Precisamos relembrar o conceito do projeto. O Botafogo de Futebol e Regatas, a associação civil sem fins lucrativos, passaria todo o futebol para ser administrado pelo Botafogo S/A – ou seja lá qual nome fosse adotado. A associação ficaria com clube social e esportes amadores.

Qual era o problema? R$ 1 bilhão em dívidas. A transferência do futebol profissional para a S/A seria facilmente caracterizada como fraude se o esse endividamento não fosse resolvido em primeiro lugar.

Então a estrutura do negócio seria a seguinte. Investidores colocariam dinheiro do bolso para dar um jeito nas dívidas. Ao mesmo tempo em que seriam seus principais credores, pois recuperariam o investimento acrescido de juros, eles seriam proprietários do Botafogo S/A.

A princípio, os responsáveis pelo projeto calculavam que a sociedade anônima precisaria de cerca de R$ 320 milhões para ser tirada do papel. Parte disso seria destinada para a construção de um centro de treinamento e para o reforço do futebol, outra parte para as dívidas.

Como é que tão pouco poderia resolver quase R$ 1 bilhão em dívidas? A partir da renegociação com credores e de descontos agressivos. O Botafogo precisaria convencer pessoas a quem deve grana a ceder um perdão em média de 80% do valor total devido. Todas, sem exceção.

 

O que deu errado

 

A primeira má notícia é que a meta inicial de R$ 320 milhões estava distante de ser atingida. O clube então refez os cálculos e concluiu que R$ 250 milhões seriam suficientes. É lógico que o plano tinha acabado de ficar mais difícil na parte da renegociação, mas não havia o que fazer.

Após meses de intensas negociações com botafoguenses de toda sorte, além de fundos de investimento e outras figuras do mercado financeiro, o Botafogo conseguiu o interesse de pouco mais do que 30 investidores. Formalmente, ele obteve "compromissos não vinculantes".

Grosseiramente, a soma desses aportes chegaria a R$ 210 milhões. Ainda abaixo do que era necessário. Três fatos foram bem-vindos:

 

 

Boa parte desse dinheiro seria direcionada para o pagamento de salários atrasados, despesas variadas e dívidas. Dirigentes fizeram contas mais uma vez. Eles acreditavam que outra parte dessas verbas inesperadas poderia ser combinada aos aportes dos investidores para executar a S/A.

O balde d'água fria foi jogado sobre as cabeças alvinegras na última hora. A pandemia do coronavírus tornou o investimento no Botafogo S/A arriscado. Na nota oficial, o clube ainda citou incertezas nos Estados Unidos e na Europa e temores sobre a economia brasileira.

Resultado: nem mesmo os R$ 210 milhões foram alcançados. Algumas dezenas de milhões de reais foram retiradas no momento de assinar "compromissos vinculantes". Deste modo, não haveria dinheiro para os acordos com credores. Por maiores que fossem os descontos.

 

A recuperação judicial

 

Dirigentes do Botafogo agora assumem o que esteve no script desde o começo. A recuperação judicial como um "plano B" para salvar o projeto da S/A, caso o roteiro descrito acima não fosse cumprido à risca.

Esta é uma ferramenta que o poder público dispõe para recuperar empresas quase falidas. O devedor assume que não conseguirá arcar com suas dívidas e reúne todos os credores para fazer uma proposta. Geralmente, ela inclui o perdão de parte considerável e a renegociação do restante em um prazo determinado. A Justiça monitora o processo.

Botafoguenses ilustres estão decididos a seguir por aí. Eles se apegam a um detalhe: enquanto a empresa estiver preparando a proposta para os credores, ela não pode sofrer nenhum tipo de bloqueio ou penhora. Justamente o que asfixia o clube de futebol atualmente. Este período teoricamente é de seis meses, mas costuma se alongar a até dois anos.

A recuperação judicial vem repleta de riscos, no entanto.

 

  • Hoje, associações civis não podem entrar em recuperação judicial. Mesmo se virasse empresa, de acordo com as regras atuais, o Botafogo precisaria aguardar dois anos para ter direito ao mecanismo
  • O Botafogo estuda duas opções para ter direito à recuperação judicial: o projeto de lei do clube-empresa que tramita no Congresso e a analogia com o processo de uma universidade. Ambas são incertas
  • A recuperação judicial exige pagamento de dívidas trabalhistas em prazo inferior a um ano. Sem encontrar um meio para distorcer as regras a seu favor, a condição torna o sucesso improvável
  • Caso a recuperação judicial do Botafogo termine com a reprovação da proposta por credores, o clube terá sua falência decretada. Todos os bens serão vendidos, e o futebol será rebaixado para a última divisão

 

Ciente de que dirigentes logo recorreriam à recuperação judicial para enfrentar suas dívidas, o ge preparou no começo do ano um manual para entender as opções para clubes quase falidos. O juiz Marcelo Sacramone participou do podcast Dinheiro em Jogo, inclusive.

 

 

 
 

Tadeu20

Desde 01/2011 • 13 anos de CANAL
Rio de Janeiro/RJ

Garrincha


Em 23/10/2020 às 09:34
 

Um detalhe interessante. Se desrespeitar as regras da Recuperação o juiz pode decretar falência. Simples assim. Clubes de futebol não gostam de respeitar pagamentos e cumprir ordens de imediato. Um deslize e a merda estará feita. Vale o risco?

andreadz

Desde 08/2012 • 11 anos de CANAL
Rio de Janeiro/RJ

Garrincha


Em 23/10/2020 às 09:40
 

Ciente de que dirigentes logo recorreriam à recuperação judicial para enfrentar suas dívidas, o ge preparou no começo do ano um manual para entender as opções para clubes quase falidos. O juiz Marcelo Sacramone participou do podcast Dinheiro em Jogo, inclusive.

 

 

Caralho, olha o deboche

Afinal não éramos só nós que já sabíamos. 



asouza

Desde 12/2008 • 15 anos de CANAL
Ceilandia/DF

Garrincha


Em 23/10/2020 às 09:50
 

andreadz disse:

Ciente de que dirigentes logo recorreriam à recuperação judicial para enfrentar suas dívidas, o ge preparou no começo do ano um manual para entender as opções para clubes quase falidos. O juiz Marcelo Sacramone participou do podcast Dinheiro em Jogo, inclusive.

 

 

Caralho, olha o deboche

Afinal não éramos só nós que já sabíamos. 


Homens sem fé... E pensar que alguns acreditaram na SA.


Nicanor Passos

Desde 09/2020 • 3 anos de CANAL
Goiânia/GO

Garrincha


Em 23/10/2020 às 11:10
 

Tadeu20 disse:
Um detalhe interessante. Se desrespeitar as regras da Recuperação o juiz pode decretar falência. Simples assim. Clubes de futebol não gostam de respeitar pagamentos e cumprir ordens de imediato. Um deslize e a merda estará feita. Vale o risco?

Andreadz, 

"Dirigentes do Botafogo agora assumem o que esteve no script desde o começo. A recuperação judicial como um "plano B" para salvar o projeto da S/A, caso o roteiro descrito acima não fosse cumprido à risca."

Minha opinião diverge um pouco da tua, no que diz respeito àquilo que você chama "detalhe interessante". Explico: Não é possível que uma assessoria como a Ernest Young - a mais renomada do País em análises e apresentação de projetos para casos que tais, ao que se noticia aos quatro cantos do mundo - tenha assumido tamanha responsabilidade e, ao final, apresentado como soluções para o clube a transformação da associação em S/A (clube-empresa) e, superficialmente, um mísero "Plano B" (recuperação judicial). Inacreditável! - repito.

Com todo o respeito à EY, e a quem a contratou para fazer o levantamento da situação da dívidas do Botafogo e para apresentar propostas viáveis para a sua solvência, até o menino do grupo, aquele que se inicia em bancos universitários de cursos de Direito, Administração de Empresas e Economia, bem como a mais inocente das militâncias sindicais, sabe que em qualquer atividade humana que envolva processos de negociações (políticas, sindicais, trabalhistas, tributárias, comerciais, de pagamentos de dívidas etc.), há uma regrinha básica que jamais pode ser desprezadaPlano de Negócios.

Ora, como a própria locução está a revelar, qualquer "Plano de Negócios" consiste, necessariamente, na apresentação de tantas alternativas quantas forem necessárias para se alcançar o resultado final, satisfatório à parte contratante da Assessoria. Noutras palavras, tantos planos, alternativas ou caminhos a serem percorridos para, no caso de um "plano" falhar, passar-se ao seguinte: Planos "A", "B", "C", "D"... É assim que se faz em mesas-redondas de negociações coletivas de trabalho; é assim que se faz em montagem de chapas de composições políticas, em conselhos de classes; perante mesas de juízes em questões judiciais e, até, em assembleias condominais. repito, "até o menino do grupo". Qualquer estagiário de qualquer roda de botecos sabe disso.

Então, uma empresa do naipe da EY (que, muito provavelmente deve ter cobrado rios de dinheiro dos Moreira Salles para apresentar soluções para não deixar o Botafogo se extinguir por inanição financeira) me vem, depois de tanto tempo, de tanta expectativa criada para a sofrida torcida botafoguense, dizer que a salvação do clube consiste apenas em duas vias - S/A (Plano "A") e "Recuperação Judicial", incerta, porque dependente, ainda de aprovação de uma lei (Plano "B")? É de rir-se!

São por essas e outras que continuo a repetir, diariamente, aos meus alunos universitários: "Quanto maior o anel, mais analfabeto o bacharel". No Brasil, tem-se dado muito crédito a pseudos escritórios de assessorias econômicas, contábeis, jurídicas e o escambau, quase sempre, mais pela indumentária, pelos ternos Armani e pelo tamanho dos anéis que os seus representantes ostentam nos dedos, do que pelo que realmente são capazes de solucionar! No meio jurídico, então, a prodigalidade desse tipo de "assessoria" e de "consultoria" campeia - basta ver as cercanias da Praça dos 3 Poderes, em Brasília, onde "Palácios de Vidros Lobistas" escancaram.

E digo isso sem medo de errar, ou de incidir em acusaações levianas, mas o fato é que, aqui, neste nosso "Barzinho" - como o Emílio define este Fórum de debates - há anos, os foristas têm apresentado dezenas (não apenas míseros dois "Planos" - A e B), que já deveriam ter sito experimentados pela instituição Botafogo de Futebol e Regatas. Cito, a título de exemplificação, outras alternativas, ou "Planos", que, sequer, constam no relatório noticiado:

1) PLANO C - Securitização ou Venda de Dívidas - proposta longamente debatida, que, no mínimo, deveria ter sido apresentada a alguma instituição financeira nacional ou internacional e, até mesmo a algum "Sheik Árabe", como fez o pequeno Atlético Clube Goianiense, que, em processo de transformação em clube-empresa, há meses, vem negociando a sua venda para investidores árabes;

2) PLANO D - Cooperativa de Turismo e Lazer - tema também debatido neste espaço que, segundo os meus estudos particulares, seria a melhor alternativa dentre as baboseiras sugeridas pela EY ao Botafogo, eis que, no segmento futebol, é o único mecanismo previsto na legislação pátria capaz de transformar os torcedores em espécies de "donos" do clube, participando, ativa e passivamente, da sua vida, recebendo não apenas "ônus", mas principalmente os "bônus"  - sem contar o fato de que somente através de um sistema cooperativado o clube poderá ver-se livre da eterna dependência econômico-financeira de bilheterias. Numa cooperativa de turismo e lazer (onde se enquadra o segmento futebol como um dos seus 59 setores) a bilheteria em estádios de futebol é o de somenos importância; um grão de areia no vasto universo do "Turismo e Lazer". 

3) PLANO E - Botafogo Futebol Clube - Acredito que se lhes forem perguntado, nove entre dez botafoguenses torcem apenas para o time de futebol. Remo, Basquete, Vôlei, Natação, esportes olímpicos em geral, é o de somenos importância para a maioria da torcida. O torcedor botafoguense quer mesmo é um time de futebol vencedor, recheado de craques e de títulos; um time que "ganhe tudo". Isso é o que interessa. Que se dane o resto e tudo o mais! Esse tema já foi, por demais, debatido neste espaço. Em sendo assim, por que diabos, não se chamou a atenção para o fato, no malsinado "Relatório" da EY? Será possível que a EY não enxergou o óbvio, não analisou, por exemplo, a solução encontrada pelo ex-Senador Luiz Estevão que, em situação análoga, "comprou um time federado  Federação do DF e à CBF e, posteriormente, o transformou no Brasiliense, evitando-se, com esse tipo de "atalho", o novo clube ficar de fora das disputas oficiais durante quatro anos ou iniciando o novo clube suas atividades na 4ª divisão - como propõe a EY, caso a recuperação judicial fracasse para o Botafogo?

Fico por aqui - mas revoltado, ante tanto despreparo ou pouco caso até aqui apresentado para solucionar a situação caótica em que se encontra o nosso Botafogo. 

 

 

 



fidel_garrincha

Desde 08/2012 • 11 anos de CANAL
Rio de Janeiro/RJ

Garrincha


Em 23/10/2020 às 11:30
 

Essa ideia é uma loucura do começo ao fim. 



Botafogo way - A vergonha agora é profissional!! 

 

 

 

Nicanor Passos

Desde 09/2020 • 3 anos de CANAL
Goiânia/GO

Garrincha


Em 23/10/2020 às 13:26
 

E qual é a tua ideia, Fidel Garrincha? Defenda-a e venha debater conosco, aqui. Somente se acomodar, ficar no conformismo, sem nada propor, aceitando, simplesmente, os velhos broxas de General Severiano esperar o fechamento total do Botafogo, como bem noticiado e esclerecido na matéria publicada no GE (se é que  você, ao menos, esmiuçou as entrelinhas contidas no texto) e nada é a mesma coisa. Agora, se tem alguma proposta a apresentar, mostre-a. Aqui ninguém é dono da verdade - mesmo porque "verdade" é algo muito relativo: o que para uns valem, para outros não significam nada. A menos que se apresentem argumentos e contrapontos, tudo não passa, neste fórum de debates, de meras "opiniões". Vou citar um exemplo (que nada tem a ver contigo e, portanto, não é pessoal): Esse estudo da EY (até que me provem o contrário), com apenas um Plano "A" e um pseudo Plano "B" (recuperação judicial pendente de incerta aprovação de lei pelo Congresso Nacional) sim, é "uma ideia de jerico". Mais do que isso: uma vergonha, um mero golpe 171, dado nos MS, com todo o respeito.


fidel_garrincha

Desde 08/2012 • 11 anos de CANAL
Rio de Janeiro/RJ

Garrincha


Em 23/10/2020 às 14:02
 

Nicanor Passos disse:
E qual é a tua ideia, Fidel Garrincha? Defenda-a e venha debater conosco, aqui. Somente se acomodar, ficar no conformismo, sem nada propor, aceitando, simplesmente, os velhos broxas de General Severiano esperar o fechamento total do Botafogo, como bem noticiado e esclerecido na matéria publicada no GE (se é que  você, ao menos, esmiuçou as entrelinhas contidas no texto) e nada é a mesma coisa. Agora, se tem alguma proposta a apresentar, mostre-a. Aqui ninguém é dono da verdade - mesmo porque "verdade" é algo muito relativo: o que para uns valem, para outros não significam nada. A menos que se apresentem argumentos e contrapontos, tudo não passa, neste fórum de debates, de meras "opiniões". Vou citar um exemplo (que nada tem a ver contigo e, portanto, não é pessoal): Esse estudo da EY (até que me provem o contrário), com apenas um Plano "A" e um pseudo Plano "B" (recuperação judicial pendente de incerta aprovação de lei pelo Congresso Nacional) sim, é "uma ideia de jerico". Mais do que isso: uma vergonha, um mero golpe 171, dado nos MS, com todo o respeito.

Minha opinião é exatamente no mesmo sentido que vc falou, Nicanor. Só no seu comentário eu já vi ideias muito melhores e mais concretas do que essa picaretice de virar empresa só para pedir recuperação judicial.




Botafogo way - A vergonha agora é profissional!! 

 

 

 

arbusto

Desde 01/2014 • 10 anos de CANAL
Brasília/DF

Nilton Santos


Em 23/10/2020 às 14:19
 

Compra um são gonçalense fc da vida e passa a chamá-lo de Botafogo de Futebol e Fragatas

Nome mais imponente,  pronto pra guerra

 

Pode ser Botafogo de Futebol e Naufrágios também 

Mais íntimo à história do clube 



vini-s

Desde 02/2016 • 8 anos de CANAL
Porto Alegre/RS

Garrincha


Em 23/10/2020 às 14:26
 

Em resposta a
Sem injeção de dinheiro novo (igual a SA), nenhum plano de recuperação de pagamento de dividas e manutenção das operacoes será aprovado pelos peritos que o juiz contratará para revisar um pedido de RJ Melhor ficar como associação do q arriscar uma decretação judicial de falencia
 
 
 
 
 
 
Hà muito tempo eu falo isso... Pessoal se apega como se só virar S/A fosse milagre, como se RJ fosse salvação. Esquecem dos tributos a mais que se pega como PJ e do risco (real) de falência. 




 

Segue o jogo

Emilio

Desde 11/2009 • 14 anos de CANAL
Belo Horizonte/MG

Garrincha


Em 23/10/2020 às 15:18
 

sem grana de partida não tem solução.. dinheiro a fundo perdido mesmo.. 300 milhas dá pra começar.



Extra! Extra! Estão cancelados todos resultados das olímpiadas, motivo: não teve voto impresso.

Não terá apagão, acendam as lamparinas. 

Tadeu20

Desde 01/2011 • 13 anos de CANAL
Rio de Janeiro/RJ

Garrincha


Em 23/10/2020 às 15:36
 

Nicanor Passos disse:
Tadeu20 disse:
Um detalhe interessante. Se desrespeitar as regras da Recuperação o juiz pode decretar falência. Simples assim. Clubes de futebol não gostam de respeitar pagamentos e cumprir ordens de imediato. Um deslize e a merda estará feita. Vale o risco?

Andreadz, 

"Dirigentes do Botafogo agora assumem o que esteve no script desde o começo. A recuperação judicial como um "plano B" para salvar o projeto da S/A, caso o roteiro descrito acima não fosse cumprido à risca."

Minha opinião diverge um pouco da tua, no que diz respeito àquilo que você chama "detalhe interessante". Explico: Não é possível que uma assessoria como a Ernest Young - a mais renomada do País em análises e apresentação de projetos para casos que tais, ao que se noticia aos quatro cantos do mundo - tenha assumido tamanha responsabilidade e, ao final, apresentado como soluções para o clube a transformação da associação em S/A (clube-empresa) e, superficialmente, um mísero "Plano B" (recuperação judicial). Inacreditável! - repito.

Com todo o respeito à EY, e a quem a contratou para fazer o levantamento da situação da dívidas do Botafogo e para apresentar propostas viáveis para a sua solvência, até o menino do grupo, aquele que se inicia em bancos universitários de cursos de Direito, Administração de Empresas e Economia, bem como a mais inocente das militâncias sindicais, sabe que em qualquer atividade humana que envolva processos de negociações (políticas, sindicais, trabalhistas, tributárias, comerciais, de pagamentos de dívidas etc.), há uma regrinha básica que jamais pode ser desprezadaPlano de Negócios.

Ora, como a própria locução está a revelar, qualquer "Plano de Negócios" consiste, necessariamente, na apresentação de tantas alternativas quantas forem necessárias para se alcançar o resultado final, satisfatório à parte contratante da Assessoria. Noutras palavras, tantos planos, alternativas ou caminhos a serem percorridos para, no caso de um "plano" falhar, passar-se ao seguinte: Planos "A", "B", "C", "D"... É assim que se faz em mesas-redondas de negociações coletivas de trabalho; é assim que se faz em montagem de chapas de composições políticas, em conselhos de classes; perante mesas de juízes em questões judiciais e, até, em assembleias condominais. repito, "até o menino do grupo". Qualquer estagiário de qualquer roda de botecos sabe disso.

Então, uma empresa do naipe da EY (que, muito provavelmente deve ter cobrado rios de dinheiro dos Moreira Salles para apresentar soluções para não deixar o Botafogo se extinguir por inanição financeira) me vem, depois de tanto tempo, de tanta expectativa criada para a sofrida torcida botafoguense, dizer que a salvação do clube consiste apenas em duas vias - S/A (Plano "A") e "Recuperação Judicial", incerta, porque dependente, ainda de aprovação de uma lei (Plano "B")? É de rir-se!

São por essas e outras que continuo a repetir, diariamente, aos meus alunos universitários: "Quanto maior o anel, mais analfabeto o bacharel". No Brasil, tem-se dado muito crédito a pseudos escritórios de assessorias econômicas, contábeis, jurídicas e o escambau, quase sempre, mais pela indumentária, pelos ternos Armani e pelo tamanho dos anéis que os seus representantes ostentam nos dedos, do que pelo que realmente são capazes de solucionar! No meio jurídico, então, a prodigalidade desse tipo de "assessoria" e de "consultoria" campeia - basta ver as cercanias da Praça dos 3 Poderes, em Brasília, onde "Palácios de Vidros Lobistas" escancaram.

E digo isso sem medo de errar, ou de incidir em acusaações levianas, mas o fato é que, aqui, neste nosso "Barzinho" - como o Emílio define este Fórum de debates - há anos, os foristas têm apresentado dezenas (não apenas míseros dois "Planos" - A e B), que já deveriam ter sito experimentados pela instituição Botafogo de Futebol e Regatas. Cito, a título de exemplificação, outras alternativas, ou "Planos", que, sequer, constam no relatório noticiado:

1) PLANO C - Securitização ou Venda de Dívidas - proposta longamente debatida, que, no mínimo, deveria ter sido apresentada a alguma instituição financeira nacional ou internacional e, até mesmo a algum "Sheik Árabe", como fez o pequeno Atlético Clube Goianiense, que, em processo de transformação em clube-empresa, há meses, vem negociando a sua venda para investidores árabes;

2) PLANO D - Cooperativa de Turismo e Lazer - tema também debatido neste espaço que, segundo os meus estudos particulares, seria a melhor alternativa dentre as baboseiras sugeridas pela EY ao Botafogo, eis que, no segmento futebol, é o único mecanismo previsto na legislação pátria capaz de transformar os torcedores em espécies de "donos" do clube, participando, ativa e passivamente, da sua vida, recebendo não apenas "ônus", mas principalmente os "bônus"  - sem contar o fato de que somente através de um sistema cooperativado o clube poderá ver-se livre da eterna dependência econômico-financeira de bilheterias. Numa cooperativa de turismo e lazer (onde se enquadra o segmento futebol como um dos seus 59 setores) a bilheteria em estádios de futebol é o de somenos importância; um grão de areia no vasto universo do "Turismo e Lazer". 

3) PLANO E - Botafogo Futebol Clube - Acredito que se lhes forem perguntado, nove entre dez botafoguenses torcem apenas para o time de futebol. Remo, Basquete, Vôlei, Natação, esportes olímpicos em geral, é o de somenos importância para a maioria da torcida. O torcedor botafoguense quer mesmo é um time de futebol vencedor, recheado de craques e de títulos; um time que "ganhe tudo". Isso é o que interessa. Que se dane o resto e tudo o mais! Esse tema já foi, por demais, debatido neste espaço. Em sendo assim, por que diabos, não se chamou a atenção para o fato, no malsinado "Relatório" da EY? Será possível que a EY não enxergou o óbvio, não analisou, por exemplo, a solução encontrada pelo ex-Senador Luiz Estevão que, em situação análoga, "comprou um time federado  Federação do DF e à CBF e, posteriormente, o transformou no Brasiliense, evitando-se, com esse tipo de "atalho", o novo clube ficar de fora das disputas oficiais durante quatro anos ou iniciando o novo clube suas atividades na 4ª divisão - como propõe a EY, caso a recuperação judicial fracasse para o Botafogo?

Fico por aqui - mas revoltado, ante tanto despreparo ou pouco caso até aqui apresentado para solucionar a situação caótica em que se encontra o nosso Botafogo. 

 

 

 


Nicanor, se eu sou credor, e o clube implanta um Botafogo FC, recomeçando, no dia seguinte, eu de cara já ajuizo fraude contra credor. Pode ter certeza, outros já têm essa ideia em mente.

 



fams

Desde o início • 17+ anos de CANAL
SP

Garrincha


Em 23/10/2020 às 15:37
 

Caminho mais curto para acabar e começar do zero, como sugerido várias vezes por alguns aqui. O problema desse caminho é que não tem volta.

Tadeu20

Desde 01/2011 • 13 anos de CANAL
Rio de Janeiro/RJ

Garrincha


Em 23/10/2020 às 15:38
 

Tadeu20 disse:
Nicanor Passos disse:
Tadeu20 disse:
Um detalhe interessante. Se desrespeitar as regras da Recuperação o juiz pode decretar falência. Simples assim. Clubes de futebol não gostam de respeitar pagamentos e cumprir ordens de imediato. Um deslize e a merda estará feita. Vale o risco?

Andreadz, 

"Dirigentes do Botafogo agora assumem o que esteve no script desde o começo. A recuperação judicial como um "plano B" para salvar o projeto da S/A, caso o roteiro descrito acima não fosse cumprido à risca."

Minha opinião diverge um pouco da tua, no que diz respeito àquilo que você chama "detalhe interessante". Explico: Não é possível que uma assessoria como a Ernest Young - a mais renomada do País em análises e apresentação de projetos para casos que tais, ao que se noticia aos quatro cantos do mundo - tenha assumido tamanha responsabilidade e, ao final, apresentado como soluções para o clube a transformação da associação em S/A (clube-empresa) e, superficialmente, um mísero "Plano B" (recuperação judicial). Inacreditável! - repito.

Com todo o respeito à EY, e a quem a contratou para fazer o levantamento da situação da dívidas do Botafogo e para apresentar propostas viáveis para a sua solvência, até o menino do grupo, aquele que se inicia em bancos universitários de cursos de Direito, Administração de Empresas e Economia, bem como a mais inocente das militâncias sindicais, sabe que em qualquer atividade humana que envolva processos de negociações (políticas, sindicais, trabalhistas, tributárias, comerciais, de pagamentos de dívidas etc.), há uma regrinha básica que jamais pode ser desprezadaPlano de Negócios.

Ora, como a própria locução está a revelar, qualquer "Plano de Negócios" consiste, necessariamente, na apresentação de tantas alternativas quantas forem necessárias para se alcançar o resultado final, satisfatório à parte contratante da Assessoria. Noutras palavras, tantos planos, alternativas ou caminhos a serem percorridos para, no caso de um "plano" falhar, passar-se ao seguinte: Planos "A", "B", "C", "D"... É assim que se faz em mesas-redondas de negociações coletivas de trabalho; é assim que se faz em montagem de chapas de composições políticas, em conselhos de classes; perante mesas de juízes em questões judiciais e, até, em assembleias condominais. repito, "até o menino do grupo". Qualquer estagiário de qualquer roda de botecos sabe disso.

Então, uma empresa do naipe da EY (que, muito provavelmente deve ter cobrado rios de dinheiro dos Moreira Salles para apresentar soluções para não deixar o Botafogo se extinguir por inanição financeira) me vem, depois de tanto tempo, de tanta expectativa criada para a sofrida torcida botafoguense, dizer que a salvação do clube consiste apenas em duas vias - S/A (Plano "A") e "Recuperação Judicial", incerta, porque dependente, ainda de aprovação de uma lei (Plano "B")? É de rir-se!

São por essas e outras que continuo a repetir, diariamente, aos meus alunos universitários: "Quanto maior o anel, mais analfabeto o bacharel". No Brasil, tem-se dado muito crédito a pseudos escritórios de assessorias econômicas, contábeis, jurídicas e o escambau, quase sempre, mais pela indumentária, pelos ternos Armani e pelo tamanho dos anéis que os seus representantes ostentam nos dedos, do que pelo que realmente são capazes de solucionar! No meio jurídico, então, a prodigalidade desse tipo de "assessoria" e de "consultoria" campeia - basta ver as cercanias da Praça dos 3 Poderes, em Brasília, onde "Palácios de Vidros Lobistas" escancaram.

E digo isso sem medo de errar, ou de incidir em acusaações levianas, mas o fato é que, aqui, neste nosso "Barzinho" - como o Emílio define este Fórum de debates - há anos, os foristas têm apresentado dezenas (não apenas míseros dois "Planos" - A e B), que já deveriam ter sito experimentados pela instituição Botafogo de Futebol e Regatas. Cito, a título de exemplificação, outras alternativas, ou "Planos", que, sequer, constam no relatório noticiado:

1) PLANO C - Securitização ou Venda de Dívidas - proposta longamente debatida, que, no mínimo, deveria ter sido apresentada a alguma instituição financeira nacional ou internacional e, até mesmo a algum "Sheik Árabe", como fez o pequeno Atlético Clube Goianiense, que, em processo de transformação em clube-empresa, há meses, vem negociando a sua venda para investidores árabes;

2) PLANO D - Cooperativa de Turismo e Lazer - tema também debatido neste espaço que, segundo os meus estudos particulares, seria a melhor alternativa dentre as baboseiras sugeridas pela EY ao Botafogo, eis que, no segmento futebol, é o único mecanismo previsto na legislação pátria capaz de transformar os torcedores em espécies de "donos" do clube, participando, ativa e passivamente, da sua vida, recebendo não apenas "ônus", mas principalmente os "bônus"  - sem contar o fato de que somente através de um sistema cooperativado o clube poderá ver-se livre da eterna dependência econômico-financeira de bilheterias. Numa cooperativa de turismo e lazer (onde se enquadra o segmento futebol como um dos seus 59 setores) a bilheteria em estádios de futebol é o de somenos importância; um grão de areia no vasto universo do "Turismo e Lazer". 

3) PLANO E - Botafogo Futebol Clube - Acredito que se lhes forem perguntado, nove entre dez botafoguenses torcem apenas para o time de futebol. Remo, Basquete, Vôlei, Natação, esportes olímpicos em geral, é o de somenos importância para a maioria da torcida. O torcedor botafoguense quer mesmo é um time de futebol vencedor, recheado de craques e de títulos; um time que "ganhe tudo". Isso é o que interessa. Que se dane o resto e tudo o mais! Esse tema já foi, por demais, debatido neste espaço. Em sendo assim, por que diabos, não se chamou a atenção para o fato, no malsinado "Relatório" da EY? Será possível que a EY não enxergou o óbvio, não analisou, por exemplo, a solução encontrada pelo ex-Senador Luiz Estevão que, em situação análoga, "comprou um time federado  Federação do DF e à CBF e, posteriormente, o transformou no Brasiliense, evitando-se, com esse tipo de "atalho", o novo clube ficar de fora das disputas oficiais durante quatro anos ou iniciando o novo clube suas atividades na 4ª divisão - como propõe a EY, caso a recuperação judicial fracasse para o Botafogo?

Fico por aqui - mas revoltado, ante tanto despreparo ou pouco caso até aqui apresentado para solucionar a situação caótica em que se encontra o nosso Botafogo. 

 

 

 


Nicanor, se eu sou credor, e o clube implanta um Botafogo FC, recomeçando, no dia seguinte, eu de cara já ajuizo fraude contra credor. Pode ter certeza, outros já têm essa ideia em mente.

 


O Plano D é interessante. Mas viraremos piada. Os 5 mil de sempre não bancam nem a manutenção do estádio, mais custas, quanto mais amortização da dívida.

No plano C, se trabalhado, pode ajudar muito. Mas quem a princípio se interessaria em comprar dívidas que chegam num total de 1 bilhão? Acredito que não comprem nem 10% do valor total. 



Nicanor Passos

Desde 09/2020 • 3 anos de CANAL
Goiânia/GO

Garrincha


Em 23/10/2020 às 16:21
 

Tadeu20 disse:
Nicanor Passos disse:
Tadeu20 disse:
Um detalhe interessante. Se desrespeitar as regras da Recuperação o juiz pode decretar falência. Simples assim. Clubes de futebol não gostam de respeitar pagamentos e cumprir ordens de imediato. Um deslize e a merda estará feita. Vale o risco?

Andreadz, 

"Dirigentes do Botafogo agora assumem o que esteve no script desde o começo. A recuperação judicial como um "plano B" para salvar o projeto da S/A, caso o roteiro descrito acima não fosse cumprido à risca."

Minha opinião diverge um pouco da tua, no que diz respeito àquilo que você chama "detalhe interessante". Explico: Não é possível que uma assessoria como a Ernest Young - a mais renomada do País em análises e apresentação de projetos para casos que tais, ao que se noticia aos quatro cantos do mundo - tenha assumido tamanha responsabilidade e, ao final, apresentado como soluções para o clube a transformação da associação em S/A (clube-empresa) e, superficialmente, um mísero "Plano B" (recuperação judicial). Inacreditável! - repito.

Com todo o respeito à EY, e a quem a contratou para fazer o levantamento da situação da dívidas do Botafogo e para apresentar propostas viáveis para a sua solvência, até o menino do grupo, aquele que se inicia em bancos universitários de cursos de Direito, Administração de Empresas e Economia, bem como a mais inocente das militâncias sindicais, sabe que em qualquer atividade humana que envolva processos de negociações (políticas, sindicais, trabalhistas, tributárias, comerciais, de pagamentos de dívidas etc.), há uma regrinha básica que jamais pode ser desprezadaPlano de Negócios.

Ora, como a própria locução está a revelar, qualquer "Plano de Negócios" consiste, necessariamente, na apresentação de tantas alternativas quantas forem necessárias para se alcançar o resultado final, satisfatório à parte contratante da Assessoria. Noutras palavras, tantos planos, alternativas ou caminhos a serem percorridos para, no caso de um "plano" falhar, passar-se ao seguinte: Planos "A", "B", "C", "D"... É assim que se faz em mesas-redondas de negociações coletivas de trabalho; é assim que se faz em montagem de chapas de composições políticas, em conselhos de classes; perante mesas de juízes em questões judiciais e, até, em assembleias condominais. repito, "até o menino do grupo". Qualquer estagiário de qualquer roda de botecos sabe disso.

Então, uma empresa do naipe da EY (que, muito provavelmente deve ter cobrado rios de dinheiro dos Moreira Salles para apresentar soluções para não deixar o Botafogo se extinguir por inanição financeira) me vem, depois de tanto tempo, de tanta expectativa criada para a sofrida torcida botafoguense, dizer que a salvação do clube consiste apenas em duas vias - S/A (Plano "A") e "Recuperação Judicial", incerta, porque dependente, ainda de aprovação de uma lei (Plano "B")? É de rir-se!

São por essas e outras que continuo a repetir, diariamente, aos meus alunos universitários: "Quanto maior o anel, mais analfabeto o bacharel". No Brasil, tem-se dado muito crédito a pseudos escritórios de assessorias econômicas, contábeis, jurídicas e o escambau, quase sempre, mais pela indumentária, pelos ternos Armani e pelo tamanho dos anéis que os seus representantes ostentam nos dedos, do que pelo que realmente são capazes de solucionar! No meio jurídico, então, a prodigalidade desse tipo de "assessoria" e de "consultoria" campeia - basta ver as cercanias da Praça dos 3 Poderes, em Brasília, onde "Palácios de Vidros Lobistas" escancaram.

E digo isso sem medo de errar, ou de incidir em acusaações levianas, mas o fato é que, aqui, neste nosso "Barzinho" - como o Emílio define este Fórum de debates - há anos, os foristas têm apresentado dezenas (não apenas míseros dois "Planos" - A e B), que já deveriam ter sito experimentados pela instituição Botafogo de Futebol e Regatas. Cito, a título de exemplificação, outras alternativas, ou "Planos", que, sequer, constam no relatório noticiado:

1) PLANO C - Securitização ou Venda de Dívidas - proposta longamente debatida, que, no mínimo, deveria ter sido apresentada a alguma instituição financeira nacional ou internacional e, até mesmo a algum "Sheik Árabe", como fez o pequeno Atlético Clube Goianiense, que, em processo de transformação em clube-empresa, há meses, vem negociando a sua venda para investidores árabes;

2) PLANO D - Cooperativa de Turismo e Lazer - tema também debatido neste espaço que, segundo os meus estudos particulares, seria a melhor alternativa dentre as baboseiras sugeridas pela EY ao Botafogo, eis que, no segmento futebol, é o único mecanismo previsto na legislação pátria capaz de transformar os torcedores em espécies de "donos" do clube, participando, ativa e passivamente, da sua vida, recebendo não apenas "ônus", mas principalmente os "bônus"  - sem contar o fato de que somente através de um sistema cooperativado o clube poderá ver-se livre da eterna dependência econômico-financeira de bilheterias. Numa cooperativa de turismo e lazer (onde se enquadra o segmento futebol como um dos seus 59 setores) a bilheteria em estádios de futebol é o de somenos importância; um grão de areia no vasto universo do "Turismo e Lazer". 

3) PLANO E - Botafogo Futebol Clube - Acredito que se lhes forem perguntado, nove entre dez botafoguenses torcem apenas para o time de futebol. Remo, Basquete, Vôlei, Natação, esportes olímpicos em geral, é o de somenos importância para a maioria da torcida. O torcedor botafoguense quer mesmo é um time de futebol vencedor, recheado de craques e de títulos; um time que "ganhe tudo". Isso é o que interessa. Que se dane o resto e tudo o mais! Esse tema já foi, por demais, debatido neste espaço. Em sendo assim, por que diabos, não se chamou a atenção para o fato, no malsinado "Relatório" da EY? Será possível que a EY não enxergou o óbvio, não analisou, por exemplo, a solução encontrada pelo ex-Senador Luiz Estevão que, em situação análoga, "comprou um time federado  Federação do DF e à CBF e, posteriormente, o transformou no Brasiliense, evitando-se, com esse tipo de "atalho", o novo clube ficar de fora das disputas oficiais durante quatro anos ou iniciando o novo clube suas atividades na 4ª divisão - como propõe a EY, caso a recuperação judicial fracasse para o Botafogo?

Fico por aqui - mas revoltado, ante tanto despreparo ou pouco caso até aqui apresentado para solucionar a situação caótica em que se encontra o nosso Botafogo. 

 

 

 


Nicanor, se eu sou credor, e o clube implanta um Botafogo FC, recomeçando, no dia seguinte, eu de cara já ajuizo fraude contra credor. Pode ter certeza, outros já têm essa ideia em mente.

 

Ocorreria, exatamente isso, se (e somente se) a crição de um Botafogo FC ocorresse por esses mesmos atuais dirigentes que estão, há décadas, desadministrando o clube e com clara intenção de burlar a lei. O que se propõe é justamente o contrário: que o atual BFR continue a existir, como associação civil, funcionando capenga, aos trancos e barrancos, dominado por quem o está destruindo. Em paralelo, homens de bem, empresários bem intencionados, os investidores que estariam dispostos a colocar os seus 210 milhões de reais (conforme noticiado) criassem um outro clube, começando do zero, sem dívidas, mas com gestão profissional, outro clube, o Botafogo Futebol Clube, sem vinculação alguma com falido Botafogo de Futebol e Regatas. Com dinheiro e sem dívidas, filiar-se-ia à Federação Carioca e à CBF. Mas, como teria que recomeçar disputando a 4a Divisão do Carioca e ainda esperar o ranking da CBF para disputar a série D do Brasileiro (o que ninguém deseja, por óbvio), como fazer: Repito, a solução, o "atalho" em que o Brasiliense e, salvo engano, o Operário MT, tomaram poderia ser feito com o novo clube. Ora, como diz o ditado, "dinheiro compra até amor verdadeiro". Pois então, com dinheiro na mão, comprar-se-ia um pequeno clube já federado. Em no máximo dois anos, convocaria uma Assembleia Geral e faria a fusão ou transformação do clube adquirido, trocando o seu antigo nome para Botafogo Futebol Clube. Capiche? Onde a fraude contra credores, no caso?


Nicanor Passos

Desde 09/2020 • 3 anos de CANAL
Goiânia/GO

Garrincha


Em 23/10/2020 às 16:24
 

fidel_garrincha disse:
Nicanor Passos disse:
E qual é a tua ideia, Fidel Garrincha? Defenda-a e venha debater conosco, aqui. Somente se acomodar, ficar no conformismo, sem nada propor, aceitando, simplesmente, os velhos broxas de General Severiano esperar o fechamento total do Botafogo, como bem noticiado e esclerecido na matéria publicada no GE (se é que  você, ao menos, esmiuçou as entrelinhas contidas no texto) e nada é a mesma coisa. Agora, se tem alguma proposta a apresentar, mostre-a. Aqui ninguém é dono da verdade - mesmo porque "verdade" é algo muito relativo: o que para uns valem, para outros não significam nada. A menos que se apresentem argumentos e contrapontos, tudo não passa, neste fórum de debates, de meras "opiniões". Vou citar um exemplo (que nada tem a ver contigo e, portanto, não é pessoal): Esse estudo da EY (até que me provem o contrário), com apenas um Plano "A" e um pseudo Plano "B" (recuperação judicial pendente de incerta aprovação de lei pelo Congresso Nacional) sim, é "uma ideia de jerico". Mais do que isso: uma vergonha, um mero golpe 171, dado nos MS, com todo o respeito.

Minha opinião é exatamente no mesmo sentido que vc falou, Nicanor. Só no seu comentário eu já vi ideias muito melhores e mais concretas do que essa picaretice de virar empresa só para pedir recuperação judicial.

Desculpe-me, Fidel. A confusão fui eu quem fiz.


Nicanor Passos

Desde 09/2020 • 3 anos de CANAL
Goiânia/GO

Garrincha


Em 23/10/2020 às 16:39
 

Emilio disse:
sem grana de partida não tem solução.. dinheiro a fundo perdido mesmo.. 300 milhas dá pra começar.

Emílio, concordo, EM PARTE, e divirjo, também EM PARTE. Concordo com o amigo no sentido de que "sem injeção de dinheiro", qualquer que seja o modelo associativo não funcionará. Afinal, como diz o ditado, "dinnheiro é a mola que move o mundo". Ninguém em são juízo ousaria divergir dessa tua afirmação. Não obstante, ouso divergir da posição do amigo, quando você afirma que "melhor continuar como associação civil, porque não corre o risco de falência", além dos benefícios tributários que todos conhecem. Minha divergência encontra justificativa no PLANO D sugerido. Ou seja, ao invés de pegar os 210 milhões que alegam ter em mãos, para investir num clube endividado, "falido", sem perspectiva alguma de solvência, que se invista na criação de uma Cooperativa de Turismo e Lazer, que tenha, dentre outros objetivos e fins, além de outros segmentos, o funcionamento de uma das 59 atividades que a Lei permite para essa modalidade associativa - o futebol. O Botafogo Futebol Clube seria apenas um dos, digamos assim, "segmentos", ou setores,  da Cooperativa. Agora, se for necessário expor todas as vantagens e riscos da criação de uma Cooperativa, esse é um tema que, repito, DEVERIA TER SIDO FEITO PELA EY, que foi quem cobrou tubos, milhões de reais dos MS para apresentar projetos, propostas viáveis, mas não fez. Ao contrário, apresentou um relatório pífio, ridículo, sem alternativa alguma, a não ser a de os torcedores crédulos e sonhadores sentarem e rezarem.


Nicanor Passos

Desde 09/2020 • 3 anos de CANAL
Goiânia/GO

Garrincha


Em 23/10/2020 às 16:47
 

arbusto disse:

Compra um são gonçalense fc da vida e passa a chamá-lo de Botafogo de Futebol e Fragatas

Nome mais imponente,  pronto pra guerra

 

Pode ser Botafogo de Futebol e Naufrágios também 

Mais íntimo à história do clube 

 


Arbusto,

 

Dito em outras palavras, o PLANO E, está dizendo justamente o que o amigo acaba de propor. Volto a dizer: Não são poucos os clubes federados que são "comprados", diariamente, no Brasil e, após, terem os seus nomes alterados. A lei não proíbe isso. Ou seja, se, por exemplo, o Arbusto e o Nicanor resolverem comprar um clube federado há proibição? Onde está a vedação de quem tem dinheiro, grana, pila, poupança, bufunfa, dinheiro, "comprar" clube "ZÉ MANÉ F.C.", no País? Não há. Onde está a proibição de, amanhã ou depois, esse "ZÉ MANÉ F.C." mudar de nome, razão social para, por exemplo, "BOTAFOGO F.C."? Nenhuma. A única proibição que existe é a fraude à execução que somente existiria se quem comprasse o Zé Mané F.C. fosse o atual Botafogo de Futebol e Regatas. Simples assim. 



Nicanor Passos

Desde 09/2020 • 3 anos de CANAL
Goiânia/GO

Garrincha


Em 23/10/2020 às 16:52
 

Emilio disse:
sem grana de partida não tem solução.. dinheiro a fundo perdido mesmo.. 300 milhas dá pra começar.

Onde assino? Vide PLANOS D e E que mencionei, pois para além de simples opinião, são alternativas viáveis que, com esse valor citado por você, deveria, ao menos, ter sido sugeridos pela EY. Nada disso foi proposto, ao que se sabe. Uma vergonha!


Nicanor Passos

Desde 09/2020 • 3 anos de CANAL
Goiânia/GO

Garrincha


Em 23/10/2020 às 17:04
 

fams disse:
Caminho mais curto para acabar e começar do zero, como sugerido várias vezes por alguns aqui. O problema desse caminho é que não tem volta.

Fams,

Os Planos "C", "D" e "E", que sugerimos como propostas (ou meras "opiniões", como preferir, já que não existem "verdades absolutas" em questões complexas que tais), levam, necessariamente, ao que você chama de "começar do zero". O Atlético Goianiense, a propósito, já criou uma S/A e está tratando da "Securitização" diretamente com empresários do mundo árabe. É uma alternativa que não foi mencionado nas notícias, o que implica dizer que a EY não tratou desse tema sugerido no Plano "C". Criar um novo clube ou comprar um clube pequeno já federado (como fez o Brasiliense), também consta na nossa proposta - Plano E. Já a Cooperativa, com um dos seus departamentos voltados para o futebol, que poderia ser o Botafogo F.C., também não é mencionado no relatório e nem tampouco nas notícias veiculadas na imprensa. Tudo isso é "começar do zero".  

O que não pode acontecer é, qualquer que seja a proposta, o plano estar vinculado ao falido e atual Botafogo de Futebol e Regatas. Esse, lamento dizer, mas na minha OPINIÃO, não tem solução. Melhor fechar as portas, pois nem Jesus Cristo, se descer do Céu, com coroa de fogo na cabeça e batendo asas nas costas, flutuando sobre nuvens, salva! Deixem o BFR se afundar, juntamente com quem o destruiu.



Tadeu20

Desde 01/2011 • 13 anos de CANAL
Rio de Janeiro/RJ

Garrincha


Em 23/10/2020 às 19:19
 

Nicanor Passos disse:
Tadeu20 disse:
Nicanor Passos disse:
Tadeu20 disse:
Um detalhe interessante. Se desrespeitar as regras da Recuperação o juiz pode decretar falência. Simples assim. Clubes de futebol não gostam de respeitar pagamentos e cumprir ordens de imediato. Um deslize e a merda estará feita. Vale o risco?

Andreadz, 

"Dirigentes do Botafogo agora assumem o que esteve no script desde o começo. A recuperação judicial como um "plano B" para salvar o projeto da S/A, caso o roteiro descrito acima não fosse cumprido à risca."

Minha opinião diverge um pouco da tua, no que diz respeito àquilo que você chama "detalhe interessante". Explico: Não é possível que uma assessoria como a Ernest Young - a mais renomada do País em análises e apresentação de projetos para casos que tais, ao que se noticia aos quatro cantos do mundo - tenha assumido tamanha responsabilidade e, ao final, apresentado como soluções para o clube a transformação da associação em S/A (clube-empresa) e, superficialmente, um mísero "Plano B" (recuperação judicial). Inacreditável! - repito.

Com todo o respeito à EY, e a quem a contratou para fazer o levantamento da situação da dívidas do Botafogo e para apresentar propostas viáveis para a sua solvência, até o menino do grupo, aquele que se inicia em bancos universitários de cursos de Direito, Administração de Empresas e Economia, bem como a mais inocente das militâncias sindicais, sabe que em qualquer atividade humana que envolva processos de negociações (políticas, sindicais, trabalhistas, tributárias, comerciais, de pagamentos de dívidas etc.), há uma regrinha básica que jamais pode ser desprezadaPlano de Negócios.

Ora, como a própria locução está a revelar, qualquer "Plano de Negócios" consiste, necessariamente, na apresentação de tantas alternativas quantas forem necessárias para se alcançar o resultado final, satisfatório à parte contratante da Assessoria. Noutras palavras, tantos planos, alternativas ou caminhos a serem percorridos para, no caso de um "plano" falhar, passar-se ao seguinte: Planos "A", "B", "C", "D"... É assim que se faz em mesas-redondas de negociações coletivas de trabalho; é assim que se faz em montagem de chapas de composições políticas, em conselhos de classes; perante mesas de juízes em questões judiciais e, até, em assembleias condominais. repito, "até o menino do grupo". Qualquer estagiário de qualquer roda de botecos sabe disso.

Então, uma empresa do naipe da EY (que, muito provavelmente deve ter cobrado rios de dinheiro dos Moreira Salles para apresentar soluções para não deixar o Botafogo se extinguir por inanição financeira) me vem, depois de tanto tempo, de tanta expectativa criada para a sofrida torcida botafoguense, dizer que a salvação do clube consiste apenas em duas vias - S/A (Plano "A") e "Recuperação Judicial", incerta, porque dependente, ainda de aprovação de uma lei (Plano "B")? É de rir-se!

São por essas e outras que continuo a repetir, diariamente, aos meus alunos universitários: "Quanto maior o anel, mais analfabeto o bacharel". No Brasil, tem-se dado muito crédito a pseudos escritórios de assessorias econômicas, contábeis, jurídicas e o escambau, quase sempre, mais pela indumentária, pelos ternos Armani e pelo tamanho dos anéis que os seus representantes ostentam nos dedos, do que pelo que realmente são capazes de solucionar! No meio jurídico, então, a prodigalidade desse tipo de "assessoria" e de "consultoria" campeia - basta ver as cercanias da Praça dos 3 Poderes, em Brasília, onde "Palácios de Vidros Lobistas" escancaram.

E digo isso sem medo de errar, ou de incidir em acusaações levianas, mas o fato é que, aqui, neste nosso "Barzinho" - como o Emílio define este Fórum de debates - há anos, os foristas têm apresentado dezenas (não apenas míseros dois "Planos" - A e B), que já deveriam ter sito experimentados pela instituição Botafogo de Futebol e Regatas. Cito, a título de exemplificação, outras alternativas, ou "Planos", que, sequer, constam no relatório noticiado:

1) PLANO C - Securitização ou Venda de Dívidas - proposta longamente debatida, que, no mínimo, deveria ter sido apresentada a alguma instituição financeira nacional ou internacional e, até mesmo a algum "Sheik Árabe", como fez o pequeno Atlético Clube Goianiense, que, em processo de transformação em clube-empresa, há meses, vem negociando a sua venda para investidores árabes;

2) PLANO D - Cooperativa de Turismo e Lazer - tema também debatido neste espaço que, segundo os meus estudos particulares, seria a melhor alternativa dentre as baboseiras sugeridas pela EY ao Botafogo, eis que, no segmento futebol, é o único mecanismo previsto na legislação pátria capaz de transformar os torcedores em espécies de "donos" do clube, participando, ativa e passivamente, da sua vida, recebendo não apenas "ônus", mas principalmente os "bônus"  - sem contar o fato de que somente através de um sistema cooperativado o clube poderá ver-se livre da eterna dependência econômico-financeira de bilheterias. Numa cooperativa de turismo e lazer (onde se enquadra o segmento futebol como um dos seus 59 setores) a bilheteria em estádios de futebol é o de somenos importância; um grão de areia no vasto universo do "Turismo e Lazer". 

3) PLANO E - Botafogo Futebol Clube - Acredito que se lhes forem perguntado, nove entre dez botafoguenses torcem apenas para o time de futebol. Remo, Basquete, Vôlei, Natação, esportes olímpicos em geral, é o de somenos importância para a maioria da torcida. O torcedor botafoguense quer mesmo é um time de futebol vencedor, recheado de craques e de títulos; um time que "ganhe tudo". Isso é o que interessa. Que se dane o resto e tudo o mais! Esse tema já foi, por demais, debatido neste espaço. Em sendo assim, por que diabos, não se chamou a atenção para o fato, no malsinado "Relatório" da EY? Será possível que a EY não enxergou o óbvio, não analisou, por exemplo, a solução encontrada pelo ex-Senador Luiz Estevão que, em situação análoga, "comprou um time federado  Federação do DF e à CBF e, posteriormente, o transformou no Brasiliense, evitando-se, com esse tipo de "atalho", o novo clube ficar de fora das disputas oficiais durante quatro anos ou iniciando o novo clube suas atividades na 4ª divisão - como propõe a EY, caso a recuperação judicial fracasse para o Botafogo?

Fico por aqui - mas revoltado, ante tanto despreparo ou pouco caso até aqui apresentado para solucionar a situação caótica em que se encontra o nosso Botafogo. 

 

 

 


Nicanor, se eu sou credor, e o clube implanta um Botafogo FC, recomeçando, no dia seguinte, eu de cara já ajuizo fraude contra credor. Pode ter certeza, outros já têm essa ideia em mente.

 

Ocorreria, exatamente isso, se (e somente se) a crição de um Botafogo FC ocorresse por esses mesmos atuais dirigentes que estão, há décadas, desadministrando o clube e com clara intenção de burlar a lei. O que se propõe é justamente o contrário: que o atual BFR continue a existir, como associação civil, funcionando capenga, aos trancos e barrancos, dominado por quem o está destruindo. Em paralelo, homens de bem, empresários bem intencionados, os investidores que estariam dispostos a colocar os seus 210 milhões de reais (conforme noticiado) criassem um outro clube, começando do zero, sem dívidas, mas com gestão profissional, outro clube, o Botafogo Futebol Clube, sem vinculação alguma com falido Botafogo de Futebol e Regatas. Com dinheiro e sem dívidas, filiar-se-ia à Federação Carioca e à CBF. Mas, como teria que recomeçar disputando a 4a Divisão do Carioca e ainda esperar o ranking da CBF para disputar a série D do Brasileiro (o que ninguém deseja, por óbvio), como fazer: Repito, a solução, o "atalho" em que o Brasiliense e, salvo engano, o Operário MT, tomaram poderia ser feito com o novo clube. Ora, como diz o ditado, "dinheiro compra até amor verdadeiro". Pois então, com dinheiro na mão, comprar-se-ia um pequeno clube já federado. Em no máximo dois anos, convocaria uma Assembleia Geral e faria a fusão ou transformação do clube adquirido, trocando o seu antigo nome para Botafogo Futebol Clube. Capiche? Onde a fraude contra credores, no caso?


Qualquer ligação óbvia com seus dirigentes máximos, ainda que uma suscinta confusão patrimonial entre filhos ou parentes de alguns deles, por exemplo, provando que um primo do Montenegro está usando dinheiro do Monte pra investir no novo clube. Qualquer indício que está sendo criada apenas uma nova agremiação pra não bancar as dívidas.

E agora vamos à parte pior. Toda nossa história vai morrer. Não seremos grandes. Não teremos mais confrontos diretos entre os rivais. Nosso simbolo não poderá mais ser o mesmo e nem parecido. Nossos craques não serão do novo Botafogo. Será só algo que não é Botafogo com o nome do Botafogo.

E quem garante que tão cedo disputaremos uma série D, pra começar? E quem garante não associar os novos investidores ao projeto que era do clube anterior? Se comprarmos um clube federado, não seremos nós. Seremos um clone.

Salvar o Botafogo é deixar de ser Botafogo. Não dá. Sem falar que tudo isso seria óbvio demais. Tudo é intuito pra lesar credores, ainda que se comece "do zero". Essa hipótese não cola. 



Nicanor Passos

Desde 09/2020 • 3 anos de CANAL
Goiânia/GO

Garrincha


Em 23/10/2020 às 19:58
 

Tadeu20 disse:
Nicanor Passos disse:
Tadeu20 disse:
Nicanor Passos disse:
Tadeu20 disse:
Um detalhe interessante. Se desrespeitar as regras da Recuperação o juiz pode decretar falência. Simples assim. Clubes de futebol não gostam de respeitar pagamentos e cumprir ordens de imediato. Um deslize e a merda estará feita. Vale o risco?

Andreadz, 

"Dirigentes do Botafogo agora assumem o que esteve no script desde o começo. A recuperação judicial como um "plano B" para salvar o projeto da S/A, caso o roteiro descrito acima não fosse cumprido à risca."

Minha opinião diverge um pouco da tua, no que diz respeito àquilo que você chama "detalhe interessante". Explico: Não é possível que uma assessoria como a Ernest Young - a mais renomada do País em análises e apresentação de projetos para casos que tais, ao que se noticia aos quatro cantos do mundo - tenha assumido tamanha responsabilidade e, ao final, apresentado como soluções para o clube a transformação da associação em S/A (clube-empresa) e, superficialmente, um mísero "Plano B" (recuperação judicial). Inacreditável! - repito.

Com todo o respeito à EY, e a quem a contratou para fazer o levantamento da situação da dívidas do Botafogo e para apresentar propostas viáveis para a sua solvência, até o menino do grupo, aquele que se inicia em bancos universitários de cursos de Direito, Administração de Empresas e Economia, bem como a mais inocente das militâncias sindicais, sabe que em qualquer atividade humana que envolva processos de negociações (políticas, sindicais, trabalhistas, tributárias, comerciais, de pagamentos de dívidas etc.), há uma regrinha básica que jamais pode ser desprezadaPlano de Negócios.

Ora, como a própria locução está a revelar, qualquer "Plano de Negócios" consiste, necessariamente, na apresentação de tantas alternativas quantas forem necessárias para se alcançar o resultado final, satisfatório à parte contratante da Assessoria. Noutras palavras, tantos planos, alternativas ou caminhos a serem percorridos para, no caso de um "plano" falhar, passar-se ao seguinte: Planos "A", "B", "C", "D"... É assim que se faz em mesas-redondas de negociações coletivas de trabalho; é assim que se faz em montagem de chapas de composições políticas, em conselhos de classes; perante mesas de juízes em questões judiciais e, até, em assembleias condominais. repito, "até o menino do grupo". Qualquer estagiário de qualquer roda de botecos sabe disso.

Então, uma empresa do naipe da EY (que, muito provavelmente deve ter cobrado rios de dinheiro dos Moreira Salles para apresentar soluções para não deixar o Botafogo se extinguir por inanição financeira) me vem, depois de tanto tempo, de tanta expectativa criada para a sofrida torcida botafoguense, dizer que a salvação do clube consiste apenas em duas vias - S/A (Plano "A") e "Recuperação Judicial", incerta, porque dependente, ainda de aprovação de uma lei (Plano "B")? É de rir-se!

São por essas e outras que continuo a repetir, diariamente, aos meus alunos universitários: "Quanto maior o anel, mais analfabeto o bacharel". No Brasil, tem-se dado muito crédito a pseudos escritórios de assessorias econômicas, contábeis, jurídicas e o escambau, quase sempre, mais pela indumentária, pelos ternos Armani e pelo tamanho dos anéis que os seus representantes ostentam nos dedos, do que pelo que realmente são capazes de solucionar! No meio jurídico, então, a prodigalidade desse tipo de "assessoria" e de "consultoria" campeia - basta ver as cercanias da Praça dos 3 Poderes, em Brasília, onde "Palácios de Vidros Lobistas" escancaram.

E digo isso sem medo de errar, ou de incidir em acusaações levianas, mas o fato é que, aqui, neste nosso "Barzinho" - como o Emílio define este Fórum de debates - há anos, os foristas têm apresentado dezenas (não apenas míseros dois "Planos" - A e B), que já deveriam ter sito experimentados pela instituição Botafogo de Futebol e Regatas. Cito, a título de exemplificação, outras alternativas, ou "Planos", que, sequer, constam no relatório noticiado:

1) PLANO C - Securitização ou Venda de Dívidas - proposta longamente debatida, que, no mínimo, deveria ter sido apresentada a alguma instituição financeira nacional ou internacional e, até mesmo a algum "Sheik Árabe", como fez o pequeno Atlético Clube Goianiense, que, em processo de transformação em clube-empresa, há meses, vem negociando a sua venda para investidores árabes;

2) PLANO D - Cooperativa de Turismo e Lazer - tema também debatido neste espaço que, segundo os meus estudos particulares, seria a melhor alternativa dentre as baboseiras sugeridas pela EY ao Botafogo, eis que, no segmento futebol, é o único mecanismo previsto na legislação pátria capaz de transformar os torcedores em espécies de "donos" do clube, participando, ativa e passivamente, da sua vida, recebendo não apenas "ônus", mas principalmente os "bônus"  - sem contar o fato de que somente através de um sistema cooperativado o clube poderá ver-se livre da eterna dependência econômico-financeira de bilheterias. Numa cooperativa de turismo e lazer (onde se enquadra o segmento futebol como um dos seus 59 setores) a bilheteria em estádios de futebol é o de somenos importância; um grão de areia no vasto universo do "Turismo e Lazer". 

3) PLANO E - Botafogo Futebol Clube - Acredito que se lhes forem perguntado, nove entre dez botafoguenses torcem apenas para o time de futebol. Remo, Basquete, Vôlei, Natação, esportes olímpicos em geral, é o de somenos importância para a maioria da torcida. O torcedor botafoguense quer mesmo é um time de futebol vencedor, recheado de craques e de títulos; um time que "ganhe tudo". Isso é o que interessa. Que se dane o resto e tudo o mais! Esse tema já foi, por demais, debatido neste espaço. Em sendo assim, por que diabos, não se chamou a atenção para o fato, no malsinado "Relatório" da EY? Será possível que a EY não enxergou o óbvio, não analisou, por exemplo, a solução encontrada pelo ex-Senador Luiz Estevão que, em situação análoga, "comprou um time federado  Federação do DF e à CBF e, posteriormente, o transformou no Brasiliense, evitando-se, com esse tipo de "atalho", o novo clube ficar de fora das disputas oficiais durante quatro anos ou iniciando o novo clube suas atividades na 4ª divisão - como propõe a EY, caso a recuperação judicial fracasse para o Botafogo?

Fico por aqui - mas revoltado, ante tanto despreparo ou pouco caso até aqui apresentado para solucionar a situação caótica em que se encontra o nosso Botafogo. 

 

 

 


Nicanor, se eu sou credor, e o clube implanta um Botafogo FC, recomeçando, no dia seguinte, eu de cara já ajuizo fraude contra credor. Pode ter certeza, outros já têm essa ideia em mente.

 

Ocorreria, exatamente isso, se (e somente se) a crição de um Botafogo FC ocorresse por esses mesmos atuais dirigentes que estão, há décadas, desadministrando o clube e com clara intenção de burlar a lei. O que se propõe é justamente o contrário: que o atual BFR continue a existir, como associação civil, funcionando capenga, aos trancos e barrancos, dominado por quem o está destruindo. Em paralelo, homens de bem, empresários bem intencionados, os investidores que estariam dispostos a colocar os seus 210 milhões de reais (conforme noticiado) criassem um outro clube, começando do zero, sem dívidas, mas com gestão profissional, outro clube, o Botafogo Futebol Clube, sem vinculação alguma com falido Botafogo de Futebol e Regatas. Com dinheiro e sem dívidas, filiar-se-ia à Federação Carioca e à CBF. Mas, como teria que recomeçar disputando a 4a Divisão do Carioca e ainda esperar o ranking da CBF para disputar a série D do Brasileiro (o que ninguém deseja, por óbvio), como fazer: Repito, a solução, o "atalho" em que o Brasiliense e, salvo engano, o Operário MT, tomaram poderia ser feito com o novo clube. Ora, como diz o ditado, "dinheiro compra até amor verdadeiro". Pois então, com dinheiro na mão, comprar-se-ia um pequeno clube já federado. Em no máximo dois anos, convocaria uma Assembleia Geral e faria a fusão ou transformação do clube adquirido, trocando o seu antigo nome para Botafogo Futebol Clube. Capiche? Onde a fraude contra credores, no caso?


Qualquer ligação óbvia com seus dirigentes máximos, ainda que uma suscinta confusão patrimonial entre filhos ou parentes de alguns deles, por exemplo, provando que um primo do Montenegro está usando dinheiro do Monte pra investir no novo clube. Qualquer indício que está sendo criada apenas uma nova agremiação pra não bancar as dívidas.

E agora vamos à parte pior. Toda nossa história vai morrer. Não seremos grandes. Não teremos mais confrontos diretos entre os rivais. Nosso simbolo não poderá mais ser o mesmo e nem parecido. Nossos craques não serão do novo Botafogo. Será só algo que não é Botafogo com o nome do Botafogo.

E quem garante que tão cedo disputaremos uma série D, pra começar? E quem garante não associar os novos investidores ao projeto que era do clube anterior? Se comprarmos um clube federado, não seremos nós. Seremos um clone.

Salvar o Botafogo é deixar de ser Botafogo. Não dá. Sem falar que tudo isso seria óbvio demais. Tudo é intuito pra lesar credores, ainda que se comece "do zero". Essa hipótese não cola. 


Tadeu20, meu caro teimoso e saudosista Tadeu20: Se eu estou falando, em tese, de que um Banidor, um Nicanor, um Tadeu2, um FogãoVR da vida, que não possuem parentesco nenhum com qualquer dirigente da atual gang que domina o clube, que possuam dinheiro e que desejarem fundar ou comprar um pequeno clube de futebol, nominando-o de Botafogo Futebol Clube, justamente para não ter qualquer vinculação com o Botafogo de Futebol e Regatas falido, e você me vem com essa de parentesco com os Montenegros da Vida, então, meu caro, sinto muito, mas tens que aceitar o fato de que os tais "investidores" que estão dispostos a injetar 210 milhões de reais não passam dos mesmos velhos broxas que dominam as saunas e piscinas de General Severiano. Eu estou falando em Jesus, você falando em Genésio; eu falo em Festa na Barra Funda, você em Calça Furada na Bunda!

Ora, será possível que o exemplo dado do Atlético estar negociando com investidores árabes não é suficiente para lhe mostrar que nem só de Velhos Broxas depende o universo do futebol? E quem disse que o torcedor está interessado no Casarão de General Severiano? Nem mesmo no Estádio Nilton Santos!!! Trocando em miúdos, apenas para tentar abrir tua mente: Se por acaso, os Moreira Salles (exemplo aqui citado por motivos óbvios), que nunca teve qualquer ligação com a diretoria do BFR quiserem montar um clube vencedor, galáctico, e enfiarem a sua grana - que não é pouca - nesse clube, com o nome Botafogo Futebol Clube, sem permitir ninguém, absolutamente ninguém do passado ou presente, que tenha ligação com o BFR, se associar ao novo clube (empresa), isso seria fraude contra credores?
 
Nesse caso, por mero saudosismo e tradicionalismo, você torceria para o BFR, somente por causa da estrela solitária que brilhou no peito do Garrincha, ou torceria para o Botafogo galáctico, ganhador de tudo, inclusive Mundial Interclubes? Não preciso dizer que eu torceria para o Botafogo vencedor, dos Moreira Salles. Pegue essa situação hipotética e substitua os MS por Sheiks Arábes em continuarei a torcer para o Botafogo Futebol Clube, dominado pelos árabes.


B.T.O.

Desde 02/2007 • 17 anos de CANAL
Niterói/RJ

Garrincha


Em 23/10/2020 às 20:49
 

Tudo isso só me diz que a vaca está indo pro brejo.



Fogoooo!!! Este time só me dá alegrias!!!! 

 

 "Don't be afraid, it's only business." (Roger Waters, "What God Wants P. III", Amused To Death, 1992).

 

               Textor, the dreamer.

 

Nicanor Passos

Desde 09/2020 • 3 anos de CANAL
Goiânia/GO

Garrincha


Em 23/10/2020 às 21:00
 

B.T.O. disse:
Tudo isso só me diz que a vaca está indo pro brejo.

B.T.O., 

Ninguém precisa ser oráculo para chegar à mesma conclusão que acabas de mencionar. Mas, o diabo é que estamos falando em "Leandro" e os caras entendem "Leonardo", ficam a repetir a mesma e velha, surrada cantilhena do "escudo mais bonito do mundo", que temos que salvar "o time que mais cedeu jogadores para a seleção brasileira", tradição, história, simbolismos bobos que passam à margem do capitalismo que move o mundo. 

Em resumo, quando venderam a falsa impressão de que os Moreira Salles havia gasto “uma baba”, milhões de reais, contratando a EY para apresentar alternativas capazes de salvar o Botafogo de Futebol e Regatas do processo de extinção que se avizinha, eu, pobre mortal, torcedor iludido, achei que, em razão da fama do “anelão” e dos ternos Armanis que os seus “consultores” e “assessores”, os tais “especialistas” da “maior empresa de assessoramento, consultoria, informações e pesquisas do Brasil”, cantada em versos e prosa pelas informações midiáticas que se repassa ao público, seria capaz de, dentre outras coisas, apresentar ao clube investidores que, longe de fazer parte dos gestores (passados e atuais) do clube, fosse pessoas jurídicas que se mostram presente no nosso prato de comida, no nosso banho, na roupa que vestimos, no transporte que usamos para ir ao trabalho...

Em resumo, estamos falando que a EY não atendeu as nossas expectativas, pois, ao que tem sido noticiado, deveria tratar, no relatório (e isso a imprensa não diz) para os MS, pessoas jurídicas nacionais, representantes das maiores empresas brasileiras que estão presentes no nosso dia a dia, oferecendo-nos serviços essenciais para o nosso bem estar.

Na minha santa ingenuidade, confesso (e não sinto a menor vergonha em admitir o fato, publicamente) que, dentre os critérios que a EY usaria para determinar o tamanho de uma empresa com esse perfil seria, no mínimo dois critérios: o valor de mercado e o lucro líquido de cada uma. E digo mais, dentre alguns dos supostos investidores que ousei sonhar, não é demais lembrar que o valor de mercado de uma empresa transmite qual o tamanho e o prestígio dela, num dado momento.

 

Pensei, ainda, que a EY fosse capaz de esclarecer aos torcedores pobres mortais que, para saber o valor de mercado de uma grande companhia (ou empresa) deve-se multiplicar o preço da ação pelo número das ações que a mesma emitiu.

Só para citar algumas das “maiores empresas brasileiras”, em valor de mercado, segundo os dados que pesquisei na “B3” – empresa responsável pela bolsa de valores do País, em 28 de maio de 2020:

LOJAS AMERICANAS -  Atuação: varejo - Valor de mercado: R$ 43,9 bilhões. Com as plataformas física e eletrônica, a Americanas hoje conta com 1.705 lojas espalhadas por todo o Brasil. No 1º trimestre de 2020, as vendas cresceram 17,5%, resultado que se deve principalmente ao bom desempenho na plataforma digital.

ELETROBRAS - Atuação: setor elétrico - Valor de mercado: R$ 45,2 bilhões. A Eletrobras é uma empresa de capital aberto, sendo o governo federal o acionista majoritário. Exerce a liderança nacional em geração e distribuição de energia, o que faz dela a maior empresa do setor em toda a América Latina. Segundo o ranking Global 2000, divulgado pela Forbes, a Eletrobras é a 7ª maior empresa do Brasil.

NATURA -  Atuação: cosméticos - Valor de mercado: R$ 47,2 bilhões. Fundada em 1969 com uma fábrica em São Paulo, a Natura é, atualmente, a maior empresa do ramo de cosméticos do Brasil, com lojas espalhadas por todo o país e em algumas importantes cidades do mundo, como Paris e Nova York. Após adquirir a Avon em 2020, tornou-se uma das quatro maiores do mundo no ramo de beleza.

B2W DIGITAL - Atuação: comércio eletrônico - Valor de mercado: R$ 48,4 bilhões. A B2W é uma companhia digital que possui, no ramo do e-commerce, marcas bem conhecidas pelo consumidor brasileiro, como a Submarino, Americanas.com e Shoptime. Também atua nas áreas de serviço de crédito ao consumidor, pagamentos e serviços financeiros.

 

BTG PACTUAL - Atuação: Banco - Valor de mercado: R$ 49,4 bilhões. Fundada em 1983, a BTG Pactual internacionalizou-se em 2014, passando a atuar em outros países da América Latina. Hoje, a BTG está em 16 países e conta com mais de 500 funcionários. De acordo com o ranking Global 2000, da Forbes, trata-se da 9ª maior empresa do Brasil.

BB SEGURIDADE - Atuação: seguros - Valor de mercado: R$ 51,2 bilhões. A empresa divide-se em dois segmentos: a BB Seguros (Seguros, Previdência, Capitalização) e a BB Corretora (Corretora Digital).

SUZANO PAPEL E CELULOSE - Atuação: papel e celulose -  Valor de mercado: R$ 52,2 bilhões. A maior empresa brasileira do ramo de papéis e celuloses vangloria-se por atender mais de 2 bilhões de pessoas com seus produtos, sendo a maior produtora de celulose de eucalipto de todo o mundo. É dona de marcas como a Report (de papéis para escrever) e a Mimmo (de papel higiênico)

JBS - Atuação: indústria de alimentos - Valor de mercado: R$ 60 bilhões. Multinacional presente em 15 países, a JBS se destaca como uma das maiores do mundo no ramo alimentício. Possui marcas bem famosas do público brasileiro, como a Friboi, Swift, Bordon, Seara, Doriana, Rezende e Massa Leve. No 18º Global 2000, a JBS subiu 364 posições de 2019 para 2020, ocupando hoje o 461º lugar na classificação mundial.

ITAÚSA -  Atuação: holding - Valor de mercado: R$ 79,9 bilhões. Itaúsa significa Investimentos Itaú S.A. Trata-se de uma holding - ou seja, uma empresa que exerce o controle de outras empresas e centraliza estratégias financeiras. Algumas das empresas controladas pela Itaúsa são: Duratex, Alpargatas, Itautec, Banco Itaú e Itaú BBA.

TELEFÔNICA BRASIL - Atuação: telecomunicações - Valor de mercado: R$ 81,5 bilhões. A Telefônica Brasil surgiu em 1998, ano em que a gigante espanhola das telecomunicações adquiriu a antiga Telesp. Hoje a Telefônica, cuja marca comercial é a Vivo, oferece serviços de telefonia fixa, celular, internet e TV por assinatura.

WEG - Atuação: equipamentos eletroeletrônicos - Valor de mercado: R$ 85,4 bilhões. A WEG possui filiais em 36 países e fábricas em 12, contando com 32 mil colaboradores. Anualmemente, produz 16 milhões de motores elétricos para uso industrial e doméstico. Sabe o motorzinho que faz funcionar a máquina de lavar da sua casa? Há grandes chances de ter sido produzido pela WEG.

B3 - Atuação: bolsa de valores. Valor de mercado: R$ 94,6 bilhões. A B3 é uma empresa de infraestrutura de mercado financeiro, responsável pela bolsa de valores aqui no Brasil. Ela resultou da fusão da BM&FBovespa com a Cetip, tornando-se com isso uma das maiores do ramo em todo o mundo.

SANTANDER BRASIL - Atuação: Banco - Valor de mercado: R$ 95,9 bilhões. O Santander Brasil, subsidiário do banco espanhol, orgulha-se de ser o terceiro maior banco privado do país por ativos. O banco existe por aqui desde 1982 e hoje está presente em todas as regiões do Brasil.

MAGAZINE LUIZA -  Atuação: rede varejista de móveis e eletrônicos - Valor de mercado: R$ 106 bilhões. Os negócios liderados por Luiza Trajano Donato estão de vento em popa! Pelo visto, o fechamento das lojas físicas ocorrido durante pandemia não afetou tanto a empresa, que conseguiu compensar as perdas através das vendas online.

BRADESCO - Atuação: Banco -  Valor de mercado: R$ 163,1 bilhões. Fundado na cidade em Marília (SP) em 1943, o Bradesco é hoje o segundo maior banco do Brasil. Segundo ranking da BandZ, o Bradesco é a marca mais valiosa da América Latina, embora tenha perdido 33 posições de 2019 para 2020 na classificação geral do Global 2000, da Forbes.

AMBEV -Atuação: produção de bebidas - Valor de mercado: R$ 201,7 bilhões. Nascida em 1999, fruto da união entre duas cervejarias bem conhecidas (a Antarctica e a Brahma), a Ambev se transformou numa das maiores indústrias do setor no mundo, estando presente em 19 países. Produz sucos, chás, refrigerantes e cervejas e é dona de marcas como Skol, Corona, Stella Artois, Sukita e Guaraná.

ITAÚ UNIBANCO - Atuação: Banco - Valor de mercado: R$ 223,1 bilhões. A Itaú Unibanco é fruto de uma fusão ocorrida em 2008 entre dois dos maiores bancos nacionais. No 18º Global 2000, ranking divulgado anualmente pela Forbes, o Itaú Unibanco aparece como a segunda maior empresa do hemisfério sul, só atrás da Petrobras.

Ora, onde está escrito, em qualquer enfoque jornalístico publicado, ou falado, no País, que o trabalho da EY fez referência a qualquer proposta para esse tipo de investidores citados?

Paro por aqui, mas se precisarem, posso transcrever ainda: Petrobras, Vale, Eletron Energia, Sabesp, Cemig, Braskem, Fibria, BR Distribuidora, Cielo, Cia Siderúrgica Nacional... 



Nicanor Passos

Desde 09/2020 • 3 anos de CANAL
Goiânia/GO

Garrincha


Em 23/10/2020 às 21:25
 

UP só para contrariar o Tadeu20, que está tentando desviar o foco dos debates sobre a Recuperação Judicial e a criação da S/A.... kkkkkk

Tadeu20

Desde 01/2011 • 13 anos de CANAL
Rio de Janeiro/RJ

Garrincha


Em 23/10/2020 às 22:50
 

Nicanor Passos disse:
UP só para contrariar o Tadeu20, que está tentando desviar o foco dos debates sobre a Recuperação Judicial e a criação da S/A.... kkkkkk

Jamais desviar o foco Nicanor. Mas convenhamos que o caminho da RecJur não é a nossa melhor solução no momento. O que me deixa inconformado, é que ficou na cara que eles nunca esperavam chegar ao valor pra começar a S/A, e que pedir a recuperação sempre foi o plano A.


Nicanor Passos

Desde 09/2020 • 3 anos de CANAL
Goiânia/GO

Garrincha


Em 23/10/2020 às 23:04
 

Tadeu20 disse:
Nicanor Passos disse:
UP só para contrariar o Tadeu20, que está tentando desviar o foco dos debates sobre a Recuperação Judicial e a criação da S/A.... kkkkkk

Jamais desviar o foco Nicanor. Mas convenhamos que o caminho da RecJur não é a nossa melhor solução no momento. O que me deixa inconformado, é que ficou na cara que eles nunca esperavam chegar ao valor pra começar a S/A, e que pedir a recuperação sempre foi o plano A.
Nesse aspecto, concordo contigo. A criação da S/A, ao que tudo indica, jamais foi o foco principal do Comitê Gestor. Todas as notícias que nos foram repassadas pela imprensa levam-nos a concluir que, no fundo, sempre estiveram preocupados em deixar o tempo passar, esperar que o Congresso Nacional aprove uma lei que permita as associações civis também baterem à porta do Judiciário com ações de recuperação judicial - proposta totalmente temerária, pelos riscos já expostos aqui neste fórum apontados pelo Vini-s e, agora, na extensa matéria publicada no GE, com esclarecimentos de um Juiz de Direito.
 
Em resumo, meu caro Tadeu20, não dá para acreditar em nada, absolutamente nada, que diga respeito a credibilidade e boas intenções de quem administra o Botafogo, com relação aos torcedores. O Botafogo não é administrado por pessoas sérias. O Botafogo não é sério. Mas sabe, como ninguém, nos fazer de bobos, meros acreditantes, sonhadores, consumidores que não se cansam de apanhar, mas estão sempre a enfiar dinheiro naquelas bundas sujas e gordas que desadministram o clube - seja consumindo produtos oficiais, seja com assinaturas dos famigerados planos de ST e, até, com aquisição de títulos de SPs. 


melhor da pavuna

Desde 12/2018 • 5 anos de CANAL
RIo de Janeiro/RJ

Garrincha


Em 24/10/2020 às 02:45
 

Nicanor Passos disse:
Tadeu20 disse:
Nicanor Passos disse:
Tadeu20 disse:
Um detalhe interessante. Se desrespeitar as regras da Recuperação o juiz pode decretar falência. Simples assim. Clubes de futebol não gostam de respeitar pagamentos e cumprir ordens de imediato. Um deslize e a merda estará feita. Vale o risco?

Andreadz, 

"Dirigentes do Botafogo agora assumem o que esteve no script desde o começo. A recuperação judicial como um "plano B" para salvar o projeto da S/A, caso o roteiro descrito acima não fosse cumprido à risca."

Minha opinião diverge um pouco da tua, no que diz respeito àquilo que você chama "detalhe interessante". Explico: Não é possível que uma assessoria como a Ernest Young - a mais renomada do País em análises e apresentação de projetos para casos que tais, ao que se noticia aos quatro cantos do mundo - tenha assumido tamanha responsabilidade e, ao final, apresentado como soluções para o clube a transformação da associação em S/A (clube-empresa) e, superficialmente, um mísero "Plano B" (recuperação judicial). Inacreditável! - repito.

Com todo o respeito à EY, e a quem a contratou para fazer o levantamento da situação da dívidas do Botafogo e para apresentar propostas viáveis para a sua solvência, até o menino do grupo, aquele que se inicia em bancos universitários de cursos de Direito, Administração de Empresas e Economia, bem como a mais inocente das militâncias sindicais, sabe que em qualquer atividade humana que envolva processos de negociações (políticas, sindicais, trabalhistas, tributárias, comerciais, de pagamentos de dívidas etc.), há uma regrinha básica que jamais pode ser desprezadaPlano de Negócios.

Ora, como a própria locução está a revelar, qualquer "Plano de Negócios" consiste, necessariamente, na apresentação de tantas alternativas quantas forem necessárias para se alcançar o resultado final, satisfatório à parte contratante da Assessoria. Noutras palavras, tantos planos, alternativas ou caminhos a serem percorridos para, no caso de um "plano" falhar, passar-se ao seguinte: Planos "A", "B", "C", "D"... É assim que se faz em mesas-redondas de negociações coletivas de trabalho; é assim que se faz em montagem de chapas de composições políticas, em conselhos de classes; perante mesas de juízes em questões judiciais e, até, em assembleias condominais. repito, "até o menino do grupo". Qualquer estagiário de qualquer roda de botecos sabe disso.

Então, uma empresa do naipe da EY (que, muito provavelmente deve ter cobrado rios de dinheiro dos Moreira Salles para apresentar soluções para não deixar o Botafogo se extinguir por inanição financeira) me vem, depois de tanto tempo, de tanta expectativa criada para a sofrida torcida botafoguense, dizer que a salvação do clube consiste apenas em duas vias - S/A (Plano "A") e "Recuperação Judicial", incerta, porque dependente, ainda de aprovação de uma lei (Plano "B")? É de rir-se!

São por essas e outras que continuo a repetir, diariamente, aos meus alunos universitários: "Quanto maior o anel, mais analfabeto o bacharel". No Brasil, tem-se dado muito crédito a pseudos escritórios de assessorias econômicas, contábeis, jurídicas e o escambau, quase sempre, mais pela indumentária, pelos ternos Armani e pelo tamanho dos anéis que os seus representantes ostentam nos dedos, do que pelo que realmente são capazes de solucionar! No meio jurídico, então, a prodigalidade desse tipo de "assessoria" e de "consultoria" campeia - basta ver as cercanias da Praça dos 3 Poderes, em Brasília, onde "Palácios de Vidros Lobistas" escancaram.

E digo isso sem medo de errar, ou de incidir em acusaações levianas, mas o fato é que, aqui, neste nosso "Barzinho" - como o Emílio define este Fórum de debates - há anos, os foristas têm apresentado dezenas (não apenas míseros dois "Planos" - A e B), que já deveriam ter sito experimentados pela instituição Botafogo de Futebol e Regatas. Cito, a título de exemplificação, outras alternativas, ou "Planos", que, sequer, constam no relatório noticiado:

1) PLANO C - Securitização ou Venda de Dívidas - proposta longamente debatida, que, no mínimo, deveria ter sido apresentada a alguma instituição financeira nacional ou internacional e, até mesmo a algum "Sheik Árabe", como fez o pequeno Atlético Clube Goianiense, que, em processo de transformação em clube-empresa, há meses, vem negociando a sua venda para investidores árabes;

2) PLANO D - Cooperativa de Turismo e Lazer - tema também debatido neste espaço que, segundo os meus estudos particulares, seria a melhor alternativa dentre as baboseiras sugeridas pela EY ao Botafogo, eis que, no segmento futebol, é o único mecanismo previsto na legislação pátria capaz de transformar os torcedores em espécies de "donos" do clube, participando, ativa e passivamente, da sua vida, recebendo não apenas "ônus", mas principalmente os "bônus"  - sem contar o fato de que somente através de um sistema cooperativado o clube poderá ver-se livre da eterna dependência econômico-financeira de bilheterias. Numa cooperativa de turismo e lazer (onde se enquadra o segmento futebol como um dos seus 59 setores) a bilheteria em estádios de futebol é o de somenos importância; um grão de areia no vasto universo do "Turismo e Lazer". 

3) PLANO E - Botafogo Futebol Clube - Acredito que se lhes forem perguntado, nove entre dez botafoguenses torcem apenas para o time de futebol. Remo, Basquete, Vôlei, Natação, esportes olímpicos em geral, é o de somenos importância para a maioria da torcida. O torcedor botafoguense quer mesmo é um time de futebol vencedor, recheado de craques e de títulos; um time que "ganhe tudo". Isso é o que interessa. Que se dane o resto e tudo o mais! Esse tema já foi, por demais, debatido neste espaço. Em sendo assim, por que diabos, não se chamou a atenção para o fato, no malsinado "Relatório" da EY? Será possível que a EY não enxergou o óbvio, não analisou, por exemplo, a solução encontrada pelo ex-Senador Luiz Estevão que, em situação análoga, "comprou um time federado  Federação do DF e à CBF e, posteriormente, o transformou no Brasiliense, evitando-se, com esse tipo de "atalho", o novo clube ficar de fora das disputas oficiais durante quatro anos ou iniciando o novo clube suas atividades na 4ª divisão - como propõe a EY, caso a recuperação judicial fracasse para o Botafogo?

Fico por aqui - mas revoltado, ante tanto despreparo ou pouco caso até aqui apresentado para solucionar a situação caótica em que se encontra o nosso Botafogo. 

 

 

 


Nicanor, se eu sou credor, e o clube implanta um Botafogo FC, recomeçando, no dia seguinte, eu de cara já ajuizo fraude contra credor. Pode ter certeza, outros já têm essa ideia em mente.

 

Ocorreria, exatamente isso, se (e somente se) a crição de um Botafogo FC ocorresse por esses mesmos atuais dirigentes que estão, há décadas, desadministrando o clube e com clara intenção de burlar a lei. O que se propõe é justamente o contrário: que o atual BFR continue a existir, como associação civil, funcionando capenga, aos trancos e barrancos, dominado por quem o está destruindo. Em paralelo, homens de bem, empresários bem intencionados, os investidores que estariam dispostos a colocar os seus 210 milhões de reais (conforme noticiado) criassem um outro clube, começando do zero, sem dívidas, mas com gestão profissional, outro clube, o Botafogo Futebol Clube, sem vinculação alguma com falido Botafogo de Futebol e Regatas. Com dinheiro e sem dívidas, filiar-se-ia à Federação Carioca e à CBF. Mas, como teria que recomeçar disputando a 4a Divisão do Carioca e ainda esperar o ranking da CBF para disputar a série D do Brasileiro (o que ninguém deseja, por óbvio), como fazer: Repito, a solução, o "atalho" em que o Brasiliense e, salvo engano, o Operário MT, tomaram poderia ser feito com o novo clube. Ora, como diz o ditado, "dinheiro compra até amor verdadeiro". Pois então, com dinheiro na mão, comprar-se-ia um pequeno clube já federado. Em no máximo dois anos, convocaria uma Assembleia Geral e faria a fusão ou transformação do clube adquirido, trocando o seu antigo nome para Botafogo Futebol Clube. Capiche? Onde a fraude contra credores, no caso?

Unica solução viável no momento.





                                  

                                  Chefão da Milicia Botafoguense linchadora de jornalistas
                                 Vice-Presidente do Fã clube do Lucas Piazon.
                                  Parceiro da Blaze 🔥🔥🔥
                                                                              🗿🍷

                                  O  BOTAFOGUENSE MAIS BONITO 

Nicanor Passos

Desde 09/2020 • 3 anos de CANAL
Goiânia/GO

Garrincha


Em 24/10/2020 às 09:33
 

melhor da pavuna disse:
Nicanor Passos disse:
Tadeu20 disse:
Nicanor Passos disse:
Tadeu20 disse:
Um detalhe interessante. Se desrespeitar as regras da Recuperação o juiz pode decretar falência. Simples assim. Clubes de futebol não gostam de respeitar pagamentos e cumprir ordens de imediato. Um deslize e a merda estará feita. Vale o risco?

Andreadz, 

"Dirigentes do Botafogo agora assumem o que esteve no script desde o começo. A recuperação judicial como um "plano B" para salvar o projeto da S/A, caso o roteiro descrito acima não fosse cumprido à risca."

Minha opinião diverge um pouco da tua, no que diz respeito àquilo que você chama "detalhe interessante". Explico: Não é possível que uma assessoria como a Ernest Young - a mais renomada do País em análises e apresentação de projetos para casos que tais, ao que se noticia aos quatro cantos do mundo - tenha assumido tamanha responsabilidade e, ao final, apresentado como soluções para o clube a transformação da associação em S/A (clube-empresa) e, superficialmente, um mísero "Plano B" (recuperação judicial). Inacreditável! - repito.

Com todo o respeito à EY, e a quem a contratou para fazer o levantamento da situação da dívidas do Botafogo e para apresentar propostas viáveis para a sua solvência, até o menino do grupo, aquele que se inicia em bancos universitários de cursos de Direito, Administração de Empresas e Economia, bem como a mais inocente das militâncias sindicais, sabe que em qualquer atividade humana que envolva processos de negociações (políticas, sindicais, trabalhistas, tributárias, comerciais, de pagamentos de dívidas etc.), há uma regrinha básica que jamais pode ser desprezadaPlano de Negócios.

Ora, como a própria locução está a revelar, qualquer "Plano de Negócios" consiste, necessariamente, na apresentação de tantas alternativas quantas forem necessárias para se alcançar o resultado final, satisfatório à parte contratante da Assessoria. Noutras palavras, tantos planos, alternativas ou caminhos a serem percorridos para, no caso de um "plano" falhar, passar-se ao seguinte: Planos "A", "B", "C", "D"... É assim que se faz em mesas-redondas de negociações coletivas de trabalho; é assim que se faz em montagem de chapas de composições políticas, em conselhos de classes; perante mesas de juízes em questões judiciais e, até, em assembleias condominais. repito, "até o menino do grupo". Qualquer estagiário de qualquer roda de botecos sabe disso.

Então, uma empresa do naipe da EY (que, muito provavelmente deve ter cobrado rios de dinheiro dos Moreira Salles para apresentar soluções para não deixar o Botafogo se extinguir por inanição financeira) me vem, depois de tanto tempo, de tanta expectativa criada para a sofrida torcida botafoguense, dizer que a salvação do clube consiste apenas em duas vias - S/A (Plano "A") e "Recuperação Judicial", incerta, porque dependente, ainda de aprovação de uma lei (Plano "B")? É de rir-se!

São por essas e outras que continuo a repetir, diariamente, aos meus alunos universitários: "Quanto maior o anel, mais analfabeto o bacharel". No Brasil, tem-se dado muito crédito a pseudos escritórios de assessorias econômicas, contábeis, jurídicas e o escambau, quase sempre, mais pela indumentária, pelos ternos Armani e pelo tamanho dos anéis que os seus representantes ostentam nos dedos, do que pelo que realmente são capazes de solucionar! No meio jurídico, então, a prodigalidade desse tipo de "assessoria" e de "consultoria" campeia - basta ver as cercanias da Praça dos 3 Poderes, em Brasília, onde "Palácios de Vidros Lobistas" escancaram.

E digo isso sem medo de errar, ou de incidir em acusaações levianas, mas o fato é que, aqui, neste nosso "Barzinho" - como o Emílio define este Fórum de debates - há anos, os foristas têm apresentado dezenas (não apenas míseros dois "Planos" - A e B), que já deveriam ter sito experimentados pela instituição Botafogo de Futebol e Regatas. Cito, a título de exemplificação, outras alternativas, ou "Planos", que, sequer, constam no relatório noticiado:

1) PLANO C - Securitização ou Venda de Dívidas - proposta longamente debatida, que, no mínimo, deveria ter sido apresentada a alguma instituição financeira nacional ou internacional e, até mesmo a algum "Sheik Árabe", como fez o pequeno Atlético Clube Goianiense, que, em processo de transformação em clube-empresa, há meses, vem negociando a sua venda para investidores árabes;

2) PLANO D - Cooperativa de Turismo e Lazer - tema também debatido neste espaço que, segundo os meus estudos particulares, seria a melhor alternativa dentre as baboseiras sugeridas pela EY ao Botafogo, eis que, no segmento futebol, é o único mecanismo previsto na legislação pátria capaz de transformar os torcedores em espécies de "donos" do clube, participando, ativa e passivamente, da sua vida, recebendo não apenas "ônus", mas principalmente os "bônus"  - sem contar o fato de que somente através de um sistema cooperativado o clube poderá ver-se livre da eterna dependência econômico-financeira de bilheterias. Numa cooperativa de turismo e lazer (onde se enquadra o segmento futebol como um dos seus 59 setores) a bilheteria em estádios de futebol é o de somenos importância; um grão de areia no vasto universo do "Turismo e Lazer". 

3) PLANO E - Botafogo Futebol Clube - Acredito que se lhes forem perguntado, nove entre dez botafoguenses torcem apenas para o time de futebol. Remo, Basquete, Vôlei, Natação, esportes olímpicos em geral, é o de somenos importância para a maioria da torcida. O torcedor botafoguense quer mesmo é um time de futebol vencedor, recheado de craques e de títulos; um time que "ganhe tudo". Isso é o que interessa. Que se dane o resto e tudo o mais! Esse tema já foi, por demais, debatido neste espaço. Em sendo assim, por que diabos, não se chamou a atenção para o fato, no malsinado "Relatório" da EY? Será possível que a EY não enxergou o óbvio, não analisou, por exemplo, a solução encontrada pelo ex-Senador Luiz Estevão que, em situação análoga, "comprou um time federado  Federação do DF e à CBF e, posteriormente, o transformou no Brasiliense, evitando-se, com esse tipo de "atalho", o novo clube ficar de fora das disputas oficiais durante quatro anos ou iniciando o novo clube suas atividades na 4ª divisão - como propõe a EY, caso a recuperação judicial fracasse para o Botafogo?

Fico por aqui - mas revoltado, ante tanto despreparo ou pouco caso até aqui apresentado para solucionar a situação caótica em que se encontra o nosso Botafogo. 

 

 

 


Nicanor, se eu sou credor, e o clube implanta um Botafogo FC, recomeçando, no dia seguinte, eu de cara já ajuizo fraude contra credor. Pode ter certeza, outros já têm essa ideia em mente.

 

Ocorreria, exatamente isso, se (e somente se) a crição de um Botafogo FC ocorresse por esses mesmos atuais dirigentes que estão, há décadas, desadministrando o clube e com clara intenção de burlar a lei. O que se propõe é justamente o contrário: que o atual BFR continue a existir, como associação civil, funcionando capenga, aos trancos e barrancos, dominado por quem o está destruindo. Em paralelo, homens de bem, empresários bem intencionados, os investidores que estariam dispostos a colocar os seus 210 milhões de reais (conforme noticiado) criassem um outro clube, começando do zero, sem dívidas, mas com gestão profissional, outro clube, o Botafogo Futebol Clube, sem vinculação alguma com falido Botafogo de Futebol e Regatas. Com dinheiro e sem dívidas, filiar-se-ia à Federação Carioca e à CBF. Mas, como teria que recomeçar disputando a 4a Divisão do Carioca e ainda esperar o ranking da CBF para disputar a série D do Brasileiro (o que ninguém deseja, por óbvio), como fazer: Repito, a solução, o "atalho" em que o Brasiliense e, salvo engano, o Operário MT, tomaram poderia ser feito com o novo clube. Ora, como diz o ditado, "dinheiro compra até amor verdadeiro". Pois então, com dinheiro na mão, comprar-se-ia um pequeno clube já federado. Em no máximo dois anos, convocaria uma Assembleia Geral e faria a fusão ou transformação do clube adquirido, trocando o seu antigo nome para Botafogo Futebol Clube. Capiche? Onde a fraude contra credores, no caso?

Unica solução viável no momento.

Melhor da Pavuna,

No dia 17/11/2017, portanto, faltando poucos dias para completar 3 anos, os irmãos Moreira Salles, apesar de bilionários acostumados a fazer negócios com todo tipo de raposas felpudas, pelo simples fato de serem botafoguenses apaixonados, caíram no “Conto do Vigário” aplicado por uma turma de velhos frequentadores de saunas e piscinas de General Severiano: A título de empréstimo para ser pago em prazo a sumir de vista, fizeram um aporte financeiro para uma associação civil, no valor de CR$ 20 milhões.

Posteriormente, os mesmos exímios gestores da referida associação levantaram os seus traseiros gordos dos bancos existentes nas saunas e conseguiram a proeza de, novamente, “levar no bico” os dois torcedores “inocentes”: desta feita, voltaram para o GRANDE clube com os bolsos recheados de mais uma “merreca”, na ordem de CR$ 5 milhões, valor esse “dado”, a título de esmola mesmo, pelos Moreira Salles, para a construção de dois ou três campos de futebol onde funcionaria o Centro de Treinamentos do Botafogo de Futebol e Regatas.

Em síntese, até agora, os Moreira Salles jogaram na lata de lixo a importância de CR$ 25 milhões de reais – valor esse que, convenhamos, para eles, representaria o mesmo que qualquer cidadão dá de esmola em qualquer esquina a pedintes nos sinaleiros dos grandes centros, já que possuem, segundo os dados atualizados da B3, uma fortuna na ordem de CR$ 303 bilhões (valores somados de mercado da Holding Itaúsa + Itaú Santander).

Ora, como os irmãos dizem que gostam de futebol e que são apaixonados pelo Botafogo, não teria sido melhor (ao invés de doar esmolas aos velhos dos traseiros gordos e sujos que frequentam as saunas de General Severiano) se os mesmos tivesse comprado o Espaço Lonier e um clube pequeno, federado à Ferj e à CBF, no ano de 2017?

Estou convencido de que se tivessem feito isso, adquirido um clube pequeno de futebol, entregando a sua administração para qualquer um dos seus Executivos, profissionais que entendem de gestão, finanças, e, posteriormente, alterado o nome do pequeno clube para Botafogo Futebol Clube, com certeza, hoje, no limiar do ano 2021, aquele pequeno clube, por eles administrado, já seria um GRANDE clube de futebol. Para tanto, é fácil perceber que bastaria um simples telefonema dos dois irmãos para, por exemplo, um Magazine Luíza, uma Lojas Americanas, uma WEG, Ambev, Vale, Bradesco, Fibria, Brasken, Sabesp, só para citar algumas das maiores empresas nacionais, que, no dia seguinte, jorraria dinheiro de investidores para o novo Botafogo.

Pois é, meu caro. Se tivessem feito isso, agora eu não estaria torcendo para um pequeno time de futebol, com mania de grandeza, mas para um novo Botafogo que, no médio prazo, seria um GRANDE time; eu já teria deixado de lado a mania de torcer para um time que já nasceu com a vocação para o erro, que insiste ainda permanecer com as portas abertas, quando todos sabem que não tem jeito que dê jeito nesse Botafogo de Futebol e Regatas.

Se os Moreira Salles tivessem feito isso, com certeza, não estaríamos aqui a sonhar com uma S/A que não virá, nem tampouco com a certeza de que se a solução para salvar o Botafogo for uma recuperação judicial, a sina de um clube que, ao que tudo indica, já nasceu amaldiçoado, será apenas mera medida protelatória, pois, cedo ou tarde, o seu destino será o mesmo fechamento de portas.



mirandafac

Desde 08/2011 • 12 anos de CANAL
rio de janeiro/RJ

Garrincha


Em 24/10/2020 às 09:37
 

https://globoesporte.globo.com/futebol/times/botafogo/noticia/e-se-a-sa-nao-sair-entenda-a-lei-e-os-precedentes-que-podem-ajudar-o-botafogo-na-recuperacao-judicial.ghtml

mirandafac

Desde 08/2011 • 12 anos de CANAL
rio de janeiro/RJ

Garrincha


Em 24/10/2020 às 09:38
 

mirandafac disse:
https://globoesporte.globo.com/futebol/times/botafogo/noticia/e-se-a-sa-nao-sair-entenda-a-lei-e-os-precedentes-que-podem-ajudar-o-botafogo-na-recuperacao-judicial.ghtml

https://globoesporte.globo.com/futebol/times/botafogo/noticia/e-se-a-sa-nao-sair-entenda-a-lei-e-os-precedentes-que-podem-ajudar-o-botafogo-na-recuperacao-judicial.ghtml


Nicanor Passos

Desde 09/2020 • 3 anos de CANAL
Goiânia/GO

Garrincha


Em 24/10/2020 às 09:54
 

mirandafac disse:
mirandafac disse:
https://globoesporte.globo.com/futebol/times/botafogo/noticia/e-se-a-sa-nao-sair-entenda-a-lei-e-os-precedentes-que-podem-ajudar-o-botafogo-na-recuperacao-judicial.ghtml

https://globoesporte.globo.com/futebol/times/botafogo/noticia/e-se-a-sa-nao-sair-entenda-a-lei-e-os-precedentes-que-podem-ajudar-o-botafogo-na-recuperacao-judicial.ghtml


"Botafoguenses ilustres estão decididos a seguir por aí."

Parei por aqui. Existem, em General Severiano? É de rir-se. Passo.  



 
Páginas:

Fórum CANALBOTAFOGO - O Seu portal do Botafogo de Futebol e Regatas