Entusiasta e provável investidor da Botafogo S/A, o presidente Durcesio Mello mudou o tom em relação ao projeto. Apesar de seguir otimista, o mandatário disse ao site “GE” que já está no plano B para o clube.
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– Eu tenho falado com o Gustavo Magalhães (líder do processo) regularmente, estou agilizando coisas na parte jurídica porque tinha cláusulas para proteger o Botafogo, então eu alterei isso no acordo de investimento. Agora ele vai finalizar porque você tem os dois acordos. A apresentação que é para os investidores e tem o dos 49%. Essa coisa está meio amarrada e agora é sair em campo para conseguir, para fazer a segunda rodada, a terceira rodada de negociações. Estou muito otimista, mas não estou só contando com a S/A, por isso que estou falando que estou indo atrás de dinheiro novo, independentemente de Série A, B, a gente vai precisar de dinheiro novo – afirmou Durcesio Mello, que falou mais sobre o assunto.
– Estou em algumas negociações avançadas, mas nada finalizado. Então só posso contar com o dinheiro depois. Porque eu não vou ficar contando mais com a S/A, pode ser até que a S/A saia antes do que eu espero, mas eu não vou mais contar. No ano passado, eu era muito otimista, mas eu não estava participando diretamente do processo. E acabei pagando um preço alto, porque todo mundo cobra isso até hoje de mim. Eu falei que ia sair em julho, em setembro, em outubro, e não saiu. E agora nós estamos no plano B, que é completamente diferente – garantiu.
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Já em projeto diferente do previsto por Laércio Paiva, o dirigente planeja obter capital estrangeiro para o Botafogo e nega que vá vender o clube.
– Agora está aberto para investidores estrangeiros, e o otimismo meu é porque o dinheiro que se fala para colocar numa S/A é muito pouco em relação ao mundo do futebol. Você falar hoje num fundo para investir alguma coisa em torno de 60 milhões de euros no Botafogo é muito barato. Apesar da dívida. Isso que me deixa muito otimista. Você vê aí clubes pequenos, não tem nem de perto a expressão que o Botafogo tem, e sendo vendidos na Europa por fortunas. Eu acho muito viável, porque é muito pouco dinheiro para esse mundo do futebol – acredita Durcesio.
– Não é vender, o Botafogo vai continuar existindo. Nesse contrato tem obrigações, eles têm que manter a marca, eles têm várias obrigações. Inclusive royalties que o Botafogo vai ficar, que é o detentor da marca. É um contrato de 30 anos, como já era no anterior. Tem cláusulas de rescisão, se não performarem o Botafogo pode pegar de volta antes dos 30 anos. Então tem metas para eles de pontuação. É um Campeonato Brasileiro, uma Liberadores, uma Copa do Brasil ou algumas finais. Tem um modelo que define isso, e são cláusulas que permitem a rescisão do contrato. Ou seja, para isso garante um contínuo investimento do fundo no Botafogo – completa.
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