Começo essa postagem sem uma posição sobre a demissão do Renato Paiva, pois não conheço a causa.

Por outro lado, via nas suas entrevistas um bom conhecimento sobre gestão de um elenco, um modelo de jogo definido, mas uma certa insegurança que não sei se por causa da capacidade de assimilação de ideia de jogo por parte dos jogadores ou se por deficiências pontuais que não foram preenchidas pelas contratações efetuadas.

Espero que os enígmas que envolveram a sua demissão emerjam de forma que encontremos respostas as nossas interrogações momentâneas.

Minha percepção é que o famoso Botafogo Way não se fundamenta num modelo de jogo específico, mas sim na formação de um caráter resiliente em busca de vitórias e para isso, qualidade técnica, preparação física e atitude determinada tanto ofensivamente como defensivamente deve ser qualidade pétrea de nossos jogadores, pois só talento não é suficiente, pois se assim fosse, era só sair contratando acrobatas de sinal que ganham seus trocados nos cruzamentos movimentados das ruas desse nosso Brasil.

Não pode ter nenhuma fruta podre nesse balaio que é o nosso elenco, pois a mesma contamina de preguiça e acomodação e corroi as demais frutas.

Assim, voltamos ao início desse ano, no qual a minha visão não foi de falta planejamento e sim de caírmos num cata-cata de técnico, sem considerar que o principal atributo desse técnico não se completaria com o conhecimento teórico, mas com uma personalidade altamente competitiva em busca da vitória, mesmo que tenha pela frente equipes muito potencializadas.

O problema é encontrar alguém que além de tecnicamente capacitado seja racionalmente ambicioso e até mesmo atrevido em se impor ao adversário, seja ele quem for. 

Não pode fazer parte do nosso elenco e corpo técnico quem não tiver atitude vencedora e mesmo cada jogo sendo um jogo diferente e as estratégias para o mesmo assim como as esquematizações táticas, a atitude mental vencedora tem que ser durante todos jogos uma luz permanente e não um pisca-pisca aleatório.

O Botafogo Way não é um padrão ou um norma estabelecida, mas muito mais que isso.

O Botafogo Way tem que ser um estado mental permanente. 

lscunha