Parece claro que o futebol brasileiro é um caso de insucesso do ponto de vista da gestão.

Não por acaso, diversos clubes estão falidos e a SAF surge como a única opção de sobrevivência.

Um ponto crucial nessa situação é a enorme distância que existe nas receitas dos times.

É a dificuldade na divisão dos recursos por parte de quem comanda os eventos esportivos.

Os clubes que estão ganhando muito acima dos demais não aceitam reduzir essa vantagem.

Isso ocorre na organização dos campeonatos nacionais com a formação de dois blocos.

E ocorre, tbm, no campeonato do Rio de Janeiro.

Convém reforçar: só com boa distribuição, maior competitividade e boa gestão nosso futebol brasileiro vai pra frente.

Não adianta comemorar a boa venda de jogadores de destaque.

Não adianta termos boa matéria-prima se não conseguimos mantê-la e se a não desenvolvemos.

A história da gestão do campeonato Carioca é o modelo de fracasso.

Das gambiarras do Caixa d,água aos arranjos pra favorecer o time da cruz  de malta e o time do capeta.

Estamos há poucas semanas de uma nova competição e, aparentemente, tudo travou de novo.

A causa? Distribuição desigual pra favorecer o lixo.

Encaro esse momento como o de uma transição.

Não há volta quando o processo de profissionalização entra em campo.

Não há favor em dar valores iguais a times da série A, mesmo que com torcidas de tamanhos diferentes.

O campeonato estará fadado, de novo, ao fracasso, caso não se distribuam igualitariamente os recursos do patrocinador.

Ou, Botafogo e vasco – fluminense ? - irão boicotar  de alguma forma a competição, seja no não comparecimento de seus principais jogadores ou mesmo da torcida.

E essa discussão no campeonato Carioca é apenas o ensaio do que está em jogo nas competições nacionais.

S A,