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  Cobrança de faltas

Desde 12/2007 • 16 anos de CANAL
Blumenau/SC

Garrincha


Em 12/10/2023 às 13:15

Desde minha infância, eu pratiquei o chamado futebol de campo e o de salão, precursor do atual futsal.

As cobranças de faltas tinham uma dinâmica diferente entre uma e outra modalidade.

No futebol de salão e hoje no futsal, as mesmas eram e são treinadas exaustivamente com muitas variantes e essa postura se deu por conta da pouca distância entre a bola e a barreira, que exigia que a maioria esmagadora das cobranças fosse efetuada de forma indireta e conforme ensaiadas nos treinamentos e raríssimas vezes eram efetuadas com tiros diretos.

Já n futebol de campo, temos duas situações distintas, que são as cobranças diretas com a bola posicionada próxima a grande área e as chamadas de bolas paradas, que se referem aquelas com bolas posicionadas nas laterais, que utilizam de cruzamentos para o entorno da pequena área, buscando um companheiro para normalmente através de uma cabeçada, fazer uma finalização exitosa.

Para tal, há as possibilidades de cruzamentos endereçadas à primeira ou à segunda trave e a região central da área, naquilo que eu chamo de bola ou búlica, expressão cunhada no jogo de bola de gude, no sentido de você acertar a bola do adversário ou se falhar, acabar conseguindo na extensão da jogada, fazer sua bola cair num dos buracos do campo de jogo, que é chamado de búlica.

Isto posto, gostaria de registrar o fato que no futebol de campo, muitas cobranças de faltas, notadamente as frontais ao gol, deveriam ter execuções não diretas, mas dentro de dinâmicas pré-estabelecidas.

Não há momento no jogo que permita um time ter uma vantagem numérica tão acentuada como nessa situação, pois com o goleiro fixo, 5 homens na barreira e muitas vezes com um outro deitado depois da barreira, para evitar a cobrança rasteira, temos um total de 7 homens imobilizados e do lado do time que fará a cobrança, apenas o goleiro, um zagueiro na sobra para um possível contra-ataque e o batedor, ou seja, apenas 3 homens imobilizados e o planejamento do sequencial de cobrança com posicionamento adequado desses 7 homens contra os 4 do adversário, deveria ser explorado, mas não se vê isso e fico sem entender o desperdício de oportunidade.

Nos meus devaneios como técnico, exploraria essa situação, armando essa cobrança de falta com a máxima possibilidade de sucesso.

 

lscunha



LUIZ SERGIO CUNHA

Alvinegro21

Desde 07/2019 • 4 anos de CANAL
Rio de janeir/RJ

Garrincha


Em 13/10/2023 às 18:38
 

concordo

 

precisamos de mais jogadas ensaidas sim. 

 

 





Tuxo

Desde 03/2015 • 9 anos de CANAL
Belo Horizonte/MG

Garrincha


Em 19/10/2023 às 14:11
 

Eu nunca fui profissional, não passei nem perto disso, mas tenho minhas origens futebolisticas no futebol de salão. 

Lendo seu tópico, amigo Cunha, me veio a cabeça que talvez essa falência do futebol brasileiro (exagerando um pouquinho) venha do distanciamento da varzea e do futebol de salão. 

A criatividade e improviso da varzea  com a precisão e habilidade do futsal. 


De fato, faltam BOAS FALTAS. Sejam elas jogadas ensaiadas ou mesmo bons cobradores de falta direta.  Talvez essa tara pela tatica e ocupação de espaços, jogo posicional, pontas desequilibrantes e outras teses do futebol moderno estejam fazendo os profissionais da area esquecerem oq de fato funciona por aqui.


lscunha

Desde 12/2007 • 16 anos de CANAL
Blumenau/SC

Garrincha


Em 19/10/2023 às 17:34
 

Tuxo,

o futebol é um esporte e coletivo, onde a unidade de pensamento, que nos referimos como egrégora, a qual é um palavra que nem existe em nosso idioma, mas retrata o caráter da nossa alma e ela não é racional, porém pode até ser, pois resulta do tipo de fraternidade.

um time de futebol, quase nunca é 100% formads por amigs, nmas dentri do campo tem que ser, poi manda o coletivo.

cobranças de bolas paradas requerem uma postura coletiva com ações planejadas e treinadas, no sentido de explorarem a vantagem numérica que elas fornecem e no caso de se ter bons batedores em longa, média e curta distâncias, devem ser oportunamente utilizadas.

claro que a experiência de se formar jogadores com a técnica de controle que se aquire nos terrenos baldios ou na versatilidade de se movimentar e exercer funções defensivas e ofensivas das quadras é muito importante.

desde o tempo que antecedeu os Antunes em nosso futebol e posso retroceder quando eu era ala direita do Vila Isabel e o Rivelino, ala esquerda do Nacional de SP e nos defrontamos duas vezes, que os grandes jogadores de nosso país, passaram pelo futebol de salão e antes ainda nas peladas no terral. 

há uma diferença, que é o X para adaptação. que é o fato de no futsal se trabalhar muito a bola com a sola do tênis e no de campo se usa mais as laterais dos pés.

lscunha 

 





LUIZ SERGIO CUNHA

 
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