Por um instante, leio notícias sobre o cruzeiro e fico pensando se fossemos nós que tivéssemos caído pra série B.

Não, não é exercício de masoquista.

Estivemos bem perto disso a partir da sequência de derrotas iniciada no segundo turno.

Somem-se a resultados ruins, mau desempenho, salários atrasados e desfalques por contusão ou por cartão amarelo dos de sempre (Carli e Diego Souza, especialmente), treinador limitado e teremos um panorama anunciando o caos.

E se há algo em comum na realidade dos dois times, cruzeiro e Botafogo, é a enorme dívida, que outros clubes da primeira divisão também têm, mas em condições diferentes.

Fora isso, há um abismo entre as perspectivas do Botafogo e as do cruzeiro.

Diria mais: há um abismo entre as nossas perspectivas e a de vários clubes da primeira divisão que têm uma elevada dívida e gestão amadora.

Boa parte deles apenas adia a saída para clube empresa.

Deve estar esperando pra ver o que vai acontecer com o Botafogo pra tomar o mesmo rumo.

Há mais de um ano estamos pavimentando este caminho sem volta para a maioria dos clubes brasileiros, com e sem dívida elevada.

Para todos nós termos condições de disputar alguma competição brigando por título ou vaga na libertadores, este é o único caminho.

O outro, que ainda temos até hoje mas que está em fase de transição, representa o fim do clube.

Tal como chegou a dizer o ceo do cruzeiro, em recente entrevista, “talvez o melhor seja refundar o clube, começar do zero”, tal a dimensão das dívidas e as limitadas receitas que terão. Sem contar com a provável punição que a fifa vai impor.

De nossa parte, na atual fase de transição, ainda temos que acompanhar a gestão de um clube sem recursos.

Portanto, nada de adiantar a cobrança antes do acerto.

À torcida cabe participar do clube, cobrar resultados e aderir ao plano de sócio torcedor.

Neste particular, o time da colina está dando uma lição.

Mas o sol está logo ali, traduzido nas bandeiras da China, Estados Unidos, Inglaterra, México, Holanda, entre outras que indicam a origem de prováveis investidores no Botafogo SA.

Sem contar os investidores brasileiros, alvinegros ou não.  

Há muito jornalista ou divulgador alvinegro citando de leve essa combinação: 

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Quem viver verá.

SA,