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  E agora, Josés

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Blumenau/SC

Garrincha


Em 22/11/2021 às 15:59

E AGORA, JOSÉS?

 

Ontem eu fui dormir feliz e hoje acordei preocupado!

Será que foi algum desses pesadelos que a gente não se lembra nem do cenário dele, mas que nos deixa um latejo insistente e incomodativo.

Não é nem um caso do comum “não dói, mas chateia”!

Passei a manha meditando, ou melhor, me corroendo por dentro e aquela voz conselheira que sempre me livrou de coisas ruins e até da morte, a me martelar.

Me lembrei de Nhô Quincas, idoso ex-funcionário da fazenda de um tio em Santa Bárbara, no histórico Estado de Minas Gerais, do fundo da sabedoria me dizia: Garotinho da cidade, meu patrãozinho, em terra arrasada, é preciso rastelar, adubar, semear, irrigar e se o tempo não se tornar um flagelo ao crescimento das sementes, então colher, mas a safra boa sempre será uma esperança e não uma certeza!

Pois bem, eu acho que o Botafogo apenas rastelou, e agora é preciso adubar, fortalecendo suas estruturas, o que só será possível com cortes de grandes nacos apodrecidos, semear com boas sementes com a formação adequada da base e garimpagem de mudas colhidas em outras plantações e com evidente potencial, irrigar com aportes de capital de origem séria e sem xenofobismo e com a força da egrégora que é formada por gente de todos os rincões, que carregam no peito algo mais brilhante e pulsante que um coração comum, abrirem seus braços de boas vindas a essa esperança que voa mundo afora, em busca de um amor para se entregar.

E então eu e muitos outros Josés, voltemos a sonhar, pois já vivemos esse sonho em outras épocas e sabemos que ele é e sempre nos será recorrente.

Nesse momento, entretanto, nossa caminhada passa por uma aposta casada, pois sem o alicerce de uma SAF, é improvável que superemos os obstáculos da mesma.

Tenho esperança que o ano de 2022 seja positivamente emblemático para nós todos, apaixonados torcedores do Botafogo, essa estrela que nem com o amanhecer se desvanece e permanece em nossas retinas.

 

Durante toda a madrugada

Rolei na cama incomodado

Uma aventura não lembrada

Mesmo eu já estando acordado

 

Quem sabe se por algo obscuro

Sem qualquer vestígio ou pegada

Então me percebi tão inseguro

Pensando que não valia nada

 

Me encontrei com a realidade

Do muito que nós temos a fazer

É difícil encontrar a verdade

Pois ela é muito difícil de ver

 

E nessa nossa terra arrasada

Vamos adubar, semear e colher

E por meio de uma aposta casada

Na fartura poderemos escolher

 

Então no fim da madrugada

Veremos a estrela matutina

Estaremos de alma lavada

E com seu brilho na retina

 

Luiz Sergio Cunha

 



LUIZ SERGIO CUNHA

 
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