Nicanor,

Como você mesmo citou, para ver se a bola entrou ou não, já existia tecnologia para tal e, embora dita cara na época, era muito mais barata do que toda a parafernália envolvida no VAR. Porém, o VAR não foi criado apenas para isso. Foi criado para tentar minimizar erros de arbitragem. A questão é o que exatamente é um erro de arbitragem. Criaram um protocolo em que sequer se deram ao trabalho de ler o manual dos equiamentos adquiridos. Criaram um protocolo em que o árbitro do VAR tem o poder de interpretar e questionar a interpretação do árbitro de campo. Criaram um protocolo em que um bandeira prefere errar deixando a jogada seguir para ver o que vai acontecer, do que marcar o óbvio, mesmo que em algumas vezes jogador se contunda por causa disso. Esse é o maior problema. Os erros do VAR acabam sendo maiores ou iguais ao da arbitragem em campo. Fora a pretensa objetividade de lances em que a bola bate na mão. Em um mesmo campeonato, a regra de interpretação muda. São muitos absurdos. Um lance em que o VAR leva mais de 1 minuto para decidir, beira o ridículo, não só pelo tempo gasto, como também pela indecisão sobre a jogada, o que por si só não deveria mudar nenhuma decisão. Mas não é só isso. Falam tanto da escassez de gols de falta e dizem que é falta de treino. Pode até ser, mas é quase impossível fazer gol de falta com a barreira depois de 5 minutos, ficar próxima à bola, como é comum. O jogador que retarda o jogo, segura a bola, faz cera se contorcendo e gritando no campo é sempre premiado, enquanto que o jogador que reclama e quer pressa, tenta tirar a bola da mão do jogador que está retardando a jogada ou empurra aquele que fica na frente impedindo que a falta seja batida, esse é punido com cartão. Depois, ficam repetindo aquela história de que jogador não colabora. Não colabora porque o árbitro é frouxo, deixa rolar e até premia aquele que atrasa o jogo, ao punir aquele que quer pressa. Não colabora porque aqueles "espertos" acabam sempre se dando bem.