“O Botafogo precisa de um freio de arrumação rápido. Temos pessoas de influência para poder ajudar, diferente do mais do mesmo que está no clube desde sempre, sem nada trazer de positivo para o clube. É muito bonito falar de CEO, governança, compliance. É bonito no papel. Sabemos que as finanças, em tese, não serão um problema. Teremos muitos outros problemas. Quem entra nesse pleito, já entra sabendo. Estamos conscientes para ajudar.” (WALMER MACHADO)
COMENTÁRIO
Que “o Botafogo precisa de um freio de arrumação rápido”, não é novidade alguma. Estamos todos “carecas de saber”. A questão que se deve colocar é:
- E qual seria esse “freio de arrumação”?
Pois bem, a minha opinião todos conhecem: no caso, para frear, parar, de uma vez por todas, a “desarrumação” que existe no Botafogo só há um antídoto, vacina heroica, capaz de curar a patologia, doença crônica que acomete o clube há 50 anos (e que tem nome e sobrenome próprio – parasitismo), aplicar no paciente não doses homeopáticas, mas remédio amargo, antibióticos - ou “Racumin” mesmo, um raticida em pó que age por ingestão, ideal para aplicação nas tocas de roedores, com formulação hidrorrepelente.
Trocando em miúdos, esperar que, mais hoje, mais amanhã, apareça algum macho, que tenha 3 côcos e mije pra cima para, na qualidade Sócio Proprietário, pedir uma intervenção judicial no Botafogo. Sem isso, não há que ser falar em “arrumação”, pois os ratos continuarão a infestar General Severiano e daqui a quatro anos, estaremos aqui, neste fórum, a discutir e a debater sexo dos anjos, passando raiva, criando inimizades, ao passo que, no clube, os mesmos velhos broxas, a turma das saunas e das piscinas, estarão tomando whisky, rindo das nossas brigas, das nossas teses e opiniões não levadas a sério, a disputar, entre eles, sempre os mesmos, novas eleições.
Se é verdade que “o Botafogo se encontra em estado terminal”, muito mais razão para aplicar ao paciente remédio amargo – quiçá insulina, pois, ao menos, quem padece de neoplasia maligna, em fase terminal, morre sem sentir dor, mas lutando para sobreviver.
Concordo com o candidato menos ruim, quando o mesmo afirma que já passou da hora de o Botafogo servir-se de pessoas diferentes “do mais do mesmo que está no clube, desde sempre”. Incluiria, inclusive, ele, o próprio Walmer Machado, no extenso rol parasitário que assola a instituição. Mas, por falta de opções (culpa de quem vota e decide eleições – dos Sócios Proprietários, portanto), já que “não tem tu, vai com tu mesmo”.
Também concordo com o candidato no sentido de que “é muito bonito falar de CEO, governança, compliance. É bonito no papel”, pois já dizia a minha saudosa mãe (bença, dona Izauri), “papel aceita tudo; até limpar a bunda!” Do que o Botafogo mais precisa não é de promessas vazias, de discursos eleitoreiros para enganar trouxas que votam por falta de opções ou por serem omissos.
O Botafogo precisa é de gente disposta a trabalhar, meter a mão na massa, arregaçar as mangas, enfrentar obstáculos, não fugir de problemas; de gente que aja qual peões que matam vassouras de bruxas em plantações de cacau. Não se resolve crises fugindo de problemas. Tem que enfrenta-los, dia a dia, ação continuada; a cada dia realizando uma ação, forma contínua, eliminando, aos poucos as dificuldades, pois somente assim extrair-se-á dividendos das desgraças, dos erros passados.
O candidato afirma: “Temos pessoas de influência para poder ajudar”. Ótimo. Mas isso apenas não basta. Vai nos ouvir? Caso seja eleito, terá humildade para também colocar o maior patrimônio que o clube possui – no caso, a sua torcida – no rol das “pessoas que podem ajudar”? Ou será mais um dos que fazem rosto aos torcedores; dos que sentem ojeriza, por mera vaidade, a qualquer proposta de ajuda acenada pela torcida?
Ora, aqui mesmo, neste fórum, quantas propostas, quantas ideias, vias alternativas já foram apresentadas, debatidas, digladiadas, sugeridas ao clube? Ene propostas. Nenhuma mereceu, sequer, chamamento para discussão no clube! Quem, em são juízo, poderá, afinal, dizer que, por exemplo, os projetos que o Mestre Cunha tem apresentado não seriam viáveis para a revelação de talentos? Quem ousaria negar que o Kosh não apresentou uma série de artigos com vias alternativas de custeio, que poderiam senão sanar, ao menos minimizar as depauperadas finanças do Botafogo? Então as ajudas e soluções ofertadas por um Emílio, ou por um Vini-s, não valem nada? Não merecem créditos? Por quais motivos? Apenas porque não fazem parte da mesma “Turma da Rodinha” de General Severiano?
Citei, aqui, dois ou três foristas de inegáveis valores, apenas para ilustrar o quão (sem exceção alguma) todos os candidatos que concorrem às eleições do Botafogo são desprezíveis, nojentos, gente abjeta que faz parte de um mesmo balaio de gatos, quando o assunto diz respeito a dedicar um mínimo de atenção ao torcedor.
A que ponto chegamos, apesar de tudo isso, por falta de opções, ele ainda é o menos ruim.