Pois é, "bons jogos" é coisa de torcedor emocionado como o colega ali em cima descreveu. Consigo lembrar de raríssimas atuações sólidas... Duas? Talvez três. Tudo bem, vamos assumir que era início de trabalho e que "várias" atuações sólidas talvez seja algo muito exigente... Mas evolução na parte coletiva e algum esboço de padrão de jogo, de organização, já teria que ser bem visível com alguns meses de trabalho. 

O time do Botafogo nesse br22 foi uma mistura de uma sorte que só pode ser chamada de sobrenatural, com gols de bola parada e jogadas individuais. Fraquíssimo, sem padrão nenhum, com uma tentativa risível de jogo reativo... Extremamente frágil, pobre e previsível. Na cagada conseguiu ganhar uns joguinhos e a fama do professor estava feita... Afinal, é um verdadeiro lorde nas coletivas, e tem aquele plus que lhe confere legitimidade: estrangeiro. Pronto, era só o que precisava pra imprensa repleta de comentaristas medíocres propagar um discurso de trabalho bem feito, e geral engolir sem questionar. Coisa de torcedor... Não só de torcedor, o ser humano quer acreditar naquilo que é conveniente e não aceitar fatos inconvenientes, mas com torcedor apaixonado isso é ainda mais forte.  

Sempre foi fraco, e assim como a SAF, seu trabalho levantou algumas red flags desde o início, que os mais empolgados com treinador português escolheram relevar. Foi um erro, simples assim. Pra assumir um projeto com essa ambição num clube como o Botafogo, não dá pra ser o Zé das Couves de Portugal. Tinha que ser, no mínimo, um sujeito cascudo e com muita capacidade de liderança. 

Certeza que o que tu tá chamando de "bons jogos" não resiste a uma análise fria e detalhista. No calor do momento tu achou algo que não condiz com a realidade... Nessa altura nem sei mais definir o que pode ser motivo pra demissão. Então só me resta torcer pra que tudo mude, e que essa reunião tenha sido um gatilho pra uma mudança radical.