O futebol do passado é cheio de histórias inusitadas.

Comparado à realidade atual, era uma ambiente muito amador, cheio de improvisação.

O ano é 1962, estamos no Chile, na copa do mundo.

A maior estrela do Brasil era Garrincha, o “anjo das pernas tortas”.

Nessa copa, Pelé se contudiu e Garrincha foi o destaque da seleção brasileira e da competição também.

Na partida da semifinal, ele destruía o adversário, justamente os donos da casa, o Chile.

Fim da partida: Brasil 4x2, com dois gols dele.

Ocorre que momentos antes do fim do jogo, Garricha foi expulso, após dar um chute no adversário que tanto lhe batia.

O bandeira viu a agressão e caguetou pro juiz.

Resultado, Garricha estaria fora da final contra a então Tchecoslováquia, o único adversário a quem o Brasil não tinha vencido.

Jogar contra esse rival sem Pelé e Garricha seria complicado.

Naquela época não havia cartão amarelo nem vermelho.

Bastavam a palavra e aquele gesto do juiz, indicando o caminho pra fora de campo.

Mas a expulsão tinha que ser ratificada por uma comissão disciplinar, um dia após a partida.

Ocorre que o bandeira que iria falar nessa reunião era um uruguaio e apitava o campeonato paulista todo ano.

Ele era a única testemunha que poderia validar a expulsão do Mané.

Mexe daqui e dalí, a delegação brasileira conseguiu "convencer" o bandeira com um jabá, colocá-lo no avião do Brasil e ele faltou à reunião.

O fato foi tão importante, embora pouco divulgado, que há outras três versões para a anulação dessa expulsão.

Resultado, sem provas, a expulsão foi anulada, Garricha jogou a final, foi eleito o craque da competição e o Brasil foi campeão, digo, bicampeão mundial.

Essa história muito legal está documentada no site abaixo de um torcedor do santa cruz.

https://youtu.be/Gn9JwLIbhMc

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