Garrincha nos deixou há exatos 37 anos. No mesmo dia, Gonçalo Ferreira da Silva escreveu um cordel em homenagem ao Mané. Segue resumo feito por Diego Melo.

“Choram hoje criaturas

Dos mais diferentes níveis, O homem das pernas tortas

E dos dribles impossíveis,

Mané Garrincha foi para O mundo dos invisíveis."

"Ágil, arisco, audaz, impetuoso e afoito

Somente ao amor fraterno

Dava carinhoso coito

E trouxe a primeira copa Pra nós em cinquenta e oito"

"No entanto se Garrincha

Não desejava morrer

A verdade é que não tinha

Nenhum prazer em viver

Buscando, através do vício,

Amenizar o seu sofrer."

"Vinte de janeiro, dia Do mártir Sebastião

O mundo esportivo soube

Com muita e justa emoção

Que Garrincha se mudou

Pra eterna habitação"

"Esse povo carinhoso

Que com seus dribles vibrou

Que também sentiu saudade

Quando ele os campos deixou

É o mesmo que na hora

De sua morte chorou."

"Quanto mais o tempo passa

 Mais o seu nome se expande

E será daqui pra frente

Sem ser preciso que eu mande

Reconhecido por todos:

São Garrincha de Pau Grande"

FIM 1983