Desde ontem à noite que penso no que está acontecendo ao Botafogo.

Independente a semântica utilizada, um time de futebol tem sua parte defensiva, a construtora e a ofensiva e para poder entender melhor, considerei cada uma delas, bem como o modelo de jogo, o qual foi mudado se um sistema funcional, onde temos especialistas nas diversas situações e a posicional, escolhida mais ainda não totalnente implantada, a qual face a movimentação para ocupação dos espaços concedidos pelos adversários, necessita de jogadores multifuncionais.

Nosso problema não está na parte defensiva, pois nas ocorridas derrotas, todas foram pelo placar mínimo.

No setor construtor começam os nossos problemas, pois a parte criativa peca por falta de dinâmica, pois além do fato de Gregore e Marlon Freitas não estarem bem, também ainda não assimilaram como fazer a mesma, o que somado a principal deficiência, que é a falta de alguém que tenha a percepção e sensibilidade do modelo de jogo que o Almada trazia para a equipe, o que o Santi Rodrigues, não sei se por problemas físicos, de adaptação ou até mesmo por incapacidade técnica consegue entregar e a situação fica mais complexa, quando as alternativas são Matheus Martins e Patrick de Paula, assim como o uruguaio, desprovidos de velocidade e vontade de marcar da forma e intensidade que é necessária

Por outro lado, também não temos no elenco que possa ser trabalhado para tal.

É muito evidente que essa deficiência compromete demais o setor ofensivo, que não é abastecido.

Na minha visão, o modelo posicional requer uma rapidez de movimentação e raciocínio para a troca de passes com rapidez, como se fosse um “bobinho sincronizado” que jogadores habituados ao sistema funcional têm grande dificuldade em executar.

Não sei se isto foi previsto, mas deveria ter sido e eu optaria por manter o modelo de jogo do Arthur Jorge e aos poucos ir lapidando o mesmo para estabelecer o modelo posicional.

A mim, me parece que estamos sem liderança, pois há uma diferença entre ela e gerência,

Gerência se fundamenta em conhecimento e planejamento,

Já liderança é uma profunda interferência na vida das pessoas com as quais estamos trabalhando.

A primeira é conhecimento.

 A segunda é caráter

A primeira é compromisso.

A segunda é envolvimento.

Eu acho ambas fundamentais, mas sinto que está tendo mais ênfase para a gerência.

lscunha