Com esses preços, não aceito nem de presente, pois dinheiro do brasileiro não é capim e nem cai do céu. Ou o clube cria uma marca própria para expandir a sua torcida, colocando no mercado produtos esportivos a preços acessíveis, dentro da realidade do povão, ou jamais será um clube com torcida em expansão.

Vou citar um exemplo: como proprietário de loja de materiais esportivos em Goiás, o preço de uma camisa da marca SUPER BOLLA (a indústria que fabrica os produtos do Goiás e do Goiânia, através de tercerização da marca própria pelos clubes) é de apenas 69,90 a unidade, com pedidos mínimo de 10 unidades. Acima disso, o preço vai caindo, de forma vertiginosa.

Pois bem, mesmo quando adquirmos acima de 10 unidades (hipótese em que o preço unitário nunca ultrapassa a casa dos 40 reais, pois quanto maior a produção, menor é o preço que nos vendem), colocamos a camisa no mercado ao preço de 100,00. Um lucro extraordinário!!!

Basta fazer as contas, para perceber o quanto um clube como o Botafogo auferiria de lucros, tendo em vista que não dá para comparar o tamanho da torcida do Glorioso com a de qualquer torcida de clube goiano.

Respeito a opinião de quem pensa o contrário, mas o que afirmo aqui é que pensar em criação de marca própria não é questão de mágica, mas sim de arimética. Quando a cabeça não pensa, o corpo padece. Ninguém ganha dinheiro gastando dinheiro. Fica-se rico economizando dinheiro. A filosofia do mercado esportivo está errada: Querem 100% de poucos consumidores, quando deveria pensar em querer poucos percentuais de milhares, quiçá milhões de consumidores.