11.1 – VERSATILIDADE

Jogadores versáteis, que sabem não atuar, mas cumprir várias missões específicas, são preciosidades no futebol.

Zagueiros e centroavantes são mais fixos em suas missões, embora seja imperativo, como colocamos acima, que zagueiros saibam atuar como centroavantes e estes como zagueiros nos casos de necessidade defensiva.

Há certas similaridades para treinamentos de determinadas posições e além dessa dos zagueiros com o centroavante, há a dos laterais com os atacantes de flancos e entre o volante e os meias e isso é fundamental para o exercício de algo mais aprimorado que a movimentação, que é a rotatividade.

Imagine que numa movimentação, o lateral troque de posição com um meia e nessa posição receba um passe, tendo a frente um vasto corredor livre. Seria burrice ele não se enveredar por esse terreno como meia fosse, enquanto aquele momentaneamente ocupe a posição e as responsabilidades de jogo do seu companheiro.

O futebol é muito dinâmico e se um dia chegarmos a praticá-lo com se fosse um moto-contínuo, a versatilidade será o seu combustível.

11.2 - CONSTÂNCIA

Acho negativamente incrível, treinadores que de acordo com o adversário, mantenham sua esquematização tática, a escalação e a  movimentação, pois isso não lhe assegura surpreender o adversário e muito pelo contrário pois seria como jogar uma partida de pôquer, canastra ou outro jogo qualquer, com o adversário sabendo quais são as suas cartas.

Haverá situações que a entrada no time inicial de algum componente não assíduo poderá ser mais difícil de assimilar e vir a prejudicar significativamente  o entrosamento da equipe, pois os novos companheiros por não estarem acostumados com os titulares, podem se sentirem e inseguros e perdidos, mas essa possibilidade deve ser reduzida e mesmo eliminada com a preparação técnica e psicológica a ser efetuada para o jogo e com o apoio e orientação em campo dos mais experientes.

Considero que riscos são inevitáveis, mas devem ser assumidos e se assim for necessário, sob um patamar pequeno de que venha a não funcionar

Isso é muito diferente de fazer substituições durante o desenrolar de uma partida, por motivos como cansaço, risco de segundo cartão amarelo, por dificuldade técnica ou mesmo indisposição física.

Quando se tem as categorias de base seguindo a mesma cartilha tática do time principal e uma incidência significativa desses meninos no banco relacionado para o jogo, algumas eventuais modificações da formação para início de jogo, com a participação de uma ou outra prata da casa ou até mesmo de alguém contratado por ser portador de características e potencialidades que estavam vazias no elenco, as mesmas se tornam mais seguras de serem realizadas e muitas vezes se pega um titular versátil para o colocar em outro posicionamento e se coloca no lugar do mesmo um reserva com suas mesmas características para executar a sua função.

Assim conforme estiver o placar do jogo, o mesmo pode oportunizar substituições planejadas nos últimos 20/15 minutos para se ver como os reservas reagem a essas oportunidades, além de lhes dar mais segurança para futuras entradas em jogos.

Uma equipe vencedora, não se faz apenas com bom material humano e aí vamos passar a um item que considero fundamental

11.3 RESILIÊNCIA

É a capacidade de o indivíduo lidar com problemas, adaptar-se a mudanças, superar obstáculos ou resistir à pressão de situações adversas - choque, estresse, algum tipo de evento traumático, entre outros.

Jogadores dotados dessa qualificação não tremem, pois adoram desafios e o único cuidado a se ter com aqueles que ainda estão em processo de amadurecimento, como é o caso dos que estão vindo da base é os orientar que essa qualidade é um plus as outras e deve ser usada com inteligência e que não permita que se a utilize de forma precipitada, pois em futebol a bola de segurança é a norma e o risco só deve ser corrido nos momentos em que seja imprescindível.