Toda montagem funciona como um quebra-cabeça e chega um momento que a procura pela peça chave é inevitável e aí a acuidade visual para através do olhar crítico descobrir a mesma num amontoado de peças, requer paciência.

A escolha de um técnico não é um ato individual, mas uma equação com vários parâmetros, entre eles, os observadores dos adversários, os analistas de esquematizações, o preparador físico, o treinador de bolas paradas e mais para frente o de outros especialistas, principalmente os treinadores por posições e para tal antigos jogadores têm muto a contribuir.

O futebol atual está refém da modelagem numérica dos sistemas táticos e penso que essa chave deve ser mudada para o da movimentação imposta pela situação do lance e não pela escalação inicial e assim o especialista não deve ser descartado, mas treinado desde a base para se multifuncional, pois não se pode perder tempo numa roubada de bola de ter que entregar a mesma a um meio campista, tendo um corredor aberto a sua frente.

Claro que não vai ser fácil, mas quem viu jogar um Luiz Pereira ou mesmo um Marinho Chagas ou teve a felicidade de ver a Laranja Mecânica em campo, sabe do que estou falando.

A movimentação do futebol do futuro tem que ser montada com base num sincronismo de ocupação de espaços.

Eu espero que o Botafogo na sua escolha, já leve essa tendência em consideração, que deve começar na base, pois lá não há obrigatoriedade de títulos e nem cobrança da arquibancada.

Vão me chamar de louco, talvez até de burro, mas não descartaria trazer de imediato para a base, um treinador de futsal, onde essa movimentação sincronizada já é uma realidade e sinto que a mesma pode ser expandida para o futebol de campo.

Voltando ao técnico do time principal, espero que seja alguém com equipe própria e ousado para introduzir novas sistemáticas de movimentação de forma que nossos ataques ocorram até uma situação de finalização no menor espaço de tempo possível.

Vejamos o que o futuro nos reserva.

lscunha