Movimentação e seus desdobramentos

Um amigo me perguntou hoje, se a estratégia de jogo está restrita a esquematização tática e achei interessante essa sua pergunta e lhe expliquei que o futebol é um jogo de criação e ocupação de espaços e como tal, se faz necessária uma movimentação de acordo com o cenário do momento, ou seja, de acordo com a trajetória da bola e o posicionamento em campo dos companheiros e adversários a cada momento e aí duas variáveis devem ser consideradas; o sincronismo dessa movimentação e a velocidade com a qual deve ser executada.

Eu sempre fiquei fascinado e procurando entender como numa revoada ou em um cardume, grupos de pássaros e peixes formado por centenas e milhares de componentes, mudam abruptamente de direção e não ocorre um único esbarrão de seus componentes!

Que comando fantástico será esse, quem o exerce e de que forma?

Quem tiver essa resposta, ficará milionária e para nós, humanos de plantão, só conseguimos algo nesse sentido com muito treinamento e cito a nossa gloriosa Banda dos Fuzileiros Navais.

Penso, entretanto que algo possa ser estabelecido sob o mote “se sair eu entro”, ou seja, se alguém desocupar um espaço, companheiro ou adversário, o mais próximo do meu time desse espaço, se deslocará e ocupará o mesmo, deixando outro espaço para ser ocupado por outro companheiro e assim sucessivamente, com o propósito de estabelecer um posicionamento defensivamente ou ofensivamente estratégico quanto a atacar e defender de acordo com uma premissa e sugiro que seja feita pelo jogador mais próximo para ocupar cada espaço que surja.

A velocidade deve ser tratada não em relação a um ou outro jogador, mas a movimentação coletiva, embora casos de sprint de alguém devam ser estimulados.

Para melhor entendimento, diria que um time deva ter durante o jogo momentos em que imprima velocidades diversas, conforme o adversário oportunize chances de ataque ou exija recomposição defensiva.

Como ilustração eu faço uma comparação com o andamento de 3 músicas conhecidas, ou sejam: Luar do Sertão, para os casos de prospecção de por onde atacar, Tico-Tico no fubá, quando achatou a defesa do adversário contra sua meta e procura um espaço se abrir para infiltração e o Barbeiro de Sevilha nos lances de contra-ataques.

lscunha