Ontem, se tivéssemos perdido de 8, não seria por acaso, mas por merecimento.

Assim, aquele time que uma semana atrás até sonhava em liderança, hoje se contorce diante do pesadelo do rebaixamento.

Nesse ponto, é preciso um exame mais depurado do que está acontecendo.

Eu não tenho vivência e ninguém tem da amplitude e profundidade dos problemas, pois não sabemos o que rola nos treinamentos e dessa forma, ficamos restrito a analisar com base daquilo que estamos vendo durante as partidas e sob essa ótica, penso que a proposta de jogo adotada, requer o exercício de funções que nossos jogadores são incapacitados para as exercer.

Falta intensidade, confiança, inteligência e criatividade para um plano de jogo propositivo, que é o escolhido pelo nosso técnico.

Então estamos diante do clássico quadro de estarmos com um problema, pois o estado desejado está distante e diria bem distante, do quadro real. 

Há 3 soluções, que seriam abandonar o estado desejado e se conformar com  o real e aí a luta seria para não cair, a segunda de retroceder um tanto com estado desejado de modo que o estado real possa o alcançar e aí estaremos lutando por uma milagrosa vaga na sulamericana e a terceira que seria avançar com o estado real para o desejado e isso só seria possível com pelo menos mas 6 contratações pontuais na janela de julho.

Eu descarto a troca de técnico, por dois motivos: o primeiro porque acho que um trabalho de reconstrução demanda um tempo que o nosso calendário não concede e o segundo porque não creio que o Textor trocaria de técnico nesse momento.

Ontem, eu observei que nossa movimentação, por não ser sincronizada, não se reconfigura a cada lance, que é um novo momeno e dessa forma acaba deixando espaços para que o adversário se reposicione para os contra-ataques, aos quais somos muito vuneráveis.

Uma movimentação sincronizada exige que a cada lance, os jogadores se desloquem e ocupem novos espaços, para se infltrarem ou que no caso da perda da bola, o setor defensivo já se poste para anular a ação adversária.

Isso demanda tempo e uma leitura muito boa e nossos jogadores, na sua maioria se valem do talento intuitivo, mas não da inteligência esquemática de percepção adequada do jogo. 

Eu sou uma pessoa otimista, mas não sou burro e para mim está claro que diante do atual quadro e considerando o que precisa ser feito, se não cairmos e acredito que não, nos vejo na segunda possibilidade acima postada, eo sonho de dias melhores possa ser factível para 2023. 

lscunha