Zézinho foi um amigo do curso primário, que comigo estudou por 5 anos na Escola Argentina, no Boulevard 28 deSetembro, na minha saudosa Vila Isabel.

Era um daqueles moradores a Favela do Esqueleto, do qual pedi contato nos 4 anos seguintes de ginásio, pois fui estudar interno numa Escola Militar em Paty do Alferes.

Quando voltei a estudar no Rio, no Colégio Metropolitano no Meyer, onde me formei no científico, voltamos a nos encontrar e ele já não era mais o Zezinho, mas o Fumacê, traficante e usuário de maconha, mas continuamos, em que pese frequentarmos ambientes diferentes, a nos tratar como amigos, nas poucas vezes em que nos encontramos.

Eu me perguntava o que aconteceu que o levou por esse caminho?

Muitas foram as hipóteses por mim formulada, mas nenhuma comprovada, pois a multiplicidade de ocorrência que ele deve ter vivenciado, o arrastaram para esse caminho e seria insensato de minha parte fazer juízo de valor, desconhecendo os mesmos.

Vendo, estupefato e triste, o que ocorreu com o Botafogo, também tento entender o que ocorreu para essa derrocada sem precedentes, mas a riqueza de hipóteses e boatos, me deixa impedido de emitir uma opinião.

Como todos vocês, estou muito triste e independente de fatos ocorridos que claramente nos prejudicaram, não encontro explicações para mudança tão abrupta do primeiro para o segundo turno.

Em que pese essa situação constrangedora que estamos, há pontos positivos, talvez tímidos, mas que me trazem algum alento, pois não fomos o costumaz participante, mas um protagonista.

Estamos magoados e feridos, mas aprendi na minha vida esportiva, principalmente com as derrotas e sei que a ferida é o local por onde nos entra a luz.

Minha expectativa é que esse fracasso seja debulhado e se encontre as causas do mesmo e que haja um replanejamento e uma reestruturação, para que sejamos mais que um protagonista.

Há muitas coisas erradas e que precisam ser sanadas e uma mentalidade vencedora a ser estabelecida.

Não faço parte da turma da pedrada e até a entendo, mas também não faço parte da turma do afago.

Hoje nos resta torcer para ganharmos do Inter e que fiquemos dentro do G4, para já entrarmos na fase final da Libertadores.

De qualquer forma, aguardamos por mudanças positivas.

lscunha