O CONTADOR DE HISTÓRIAS

 

No filme “A VOLTA DO TODO PODEROSO”, o personagem que interpreta “Deus” (Morgan Freeman) disse: “Eu sou um bom contador de histórias!”.

 

Bem, eu sou filho de Deus e também gosto de contar histórias! E eu tenho muitas, mas a que mais gosto é a da Parábola do Jumentinho.

 

Sim, eu já contei muitas vezes, mas como tem sempre gente chegando vou contar mais uma vez. Nem ligo se estou sendo repetitivo!

 

A história começa quando eu terminei de escrever meu primeiro livro, PREDESTINAÇÃO CELESTIAL. Por instinto, encaminhei o manuscrito para 12 amigos para que eles dessem o feedback (antes que procedesse com a publicação), como por exemplo, erros de português, datas incorretas, essas coisas.

 

Depois de 1 mês começaram a chegar as resenhas, todas elogiando, dizendo que era um bom livro e etc. Mas foi a de uma grande amiga de Florianópolis que bateu fundo na minha alma... Ela disse mais ou menos o seguinte:

 

- Olha, Stemp, o livro é bom, está muito bem escrito, a história é interessante, mas eu não acredito que Deus vá falar com o homem por intermédio de um clube de futebol.

 

Ela tinha me dado um xeque. No popular, um nó cego, ou algo desse tipo. Eu tinha que responder à altura, afinal, a minha teoria diz que o Botafogo é uma Predestinação Celestial, isso não podia ficar “barato”! Eu tinha que dar uma resposta, foi então que eu escrevi A PARÁBOLA DO JUMENTINHO:

Alguns animais estavam num estábulo "conversando" e contando seus "causos".

O pombo se gabava de ser considerado o símbolo da paz, e todos os outros animais o admiravam por isso.

O galo contava, orgulhoso, que um ancestral seu cantara por 3 vezes, o que o próprio Jesus havia predito que faria e, com isso, participara ativamente dos acontecimentos nos evangelhos, e os outros animais também o admiravam por isso.

A ovelha e o lobo também falaram sobre sua simbologia.

Até o leão contava vantagem, pois fora escolhido para ilustrar o representante da tribo de Judá!

Quando só restou o jumentinho para falar, todos riram.

Este então aguardou pacientemente o fim das "gargalhadas" e bem disse:

- O maior homem que já existiu entrou em Jerusalém montado, não num alazão, mas num jumentinho, como eu...

E acrescentou:

- Foi uma forma de dizer a todos os humanos que, para ser um grande rei, não é preciso beleza nem poder, mas antes, humildade e sabedoria!

 

Pronto, minha “vingança” estava perfeita e eu devolvi a ela esta mensagem, um verdadeiro “xeque mate”!

 

Mas a verdade é que esta parábola personifica exatamente a representatividade do Botafogo neste cenário “pré destinado”.

 

O Botafogo não tem a fama do Barcelona, a torcida do tamanho do clube da beira da lagoa, não tem a fortuna do Real Madrid nem os títulos mundiais que o Santos conquistou.

 

Não tem porque a missão do Botafogo é a mesma do jumentinho... Enquanto o animal da história narrada nas Escrituras carregou “a palavra”, o Botafogo carrega “a mensagem”.

 

O Jumentinho teve o privilégio de fazer parte da história, mas para isso, precisava ser humilde, pois até mesmo Jesus, embora sendo o maior homem que já existiu, não era um general, nem um influente homem da sociedade, mas um simples carpinteiro!

 

É por isso que o Botafogo não é o maior disso nem o maior daquilo... Porque o que ele tem de “maior” não está dentro das quatro linhas, está na sua missão de dizer para nós que o futebol é somente uma desculpa para nos fazer compreender que Deus está de braços abertos à nossa espera. Como a estrela em seu escudo... De braços abertos à nossa espera!

 

Boa a minha história, não é? Eu gosto muito dela!

 

Eu acho que sou um bom contador de histórias!

 

Um colossal abraço do Stemp!