É hora de revisar meu Manual e analisar as sugestões que foram muito aquém do que eu esperava, mas algumas me parecem muito boas e com capacidade de absorção dentro da ideia que possuo de desenvolver uma escola de futebol profissional.

Vai demorar um pouco e nesse espaço de tempo, vou me ater a comentar o momento do Botafogo.

Fora das 4 linhas, temos a perspectiva de o clube se transformar numa S.A, que é uma tendência mundial e que pode dar certo ou não e tenho como imagem aqueles pedaços de bambu que colocamos junto as plantinhas quando começam a crescer, para que seu tronco seja vertical e reto. 

Infelizmente também temos correntes opositoras de dirigentes se digladeando entre si e, com mais tristeza ainda, vejo nossa torcida fragmentada e resistivas entre elas, o que podemos observar no nosso Canal com brigas e ofensas entre seus membros, o que levou muita gente a se afastar.

Devemos entender que assim como nas derrotas e não nas vitórias, é com o contraditório que recebemos fundamentações que modificam para melhor as nossas verdades, que são sempre relativas e não absolutas.

Feito isto, vamos ao momento de nosso time.

O momento é bom, mas não o acho tranquilo, pois ainda não enxergo um padrão básico de jogo, assim como duas ou três variantes para conservar ou modificar o placar.

É bom dependermos de nós mesmos, mas como assisto futebol pela televisão, que me parece ter para quem vai aos jogos a mesma limitação de uma luneta de um marinheiro no gavião, procurando o sinal de terra à vista, minha visão passa por esse estreitamento, pois só a plena atitude nos dá a visão da inteligência de movimentação dos nossos jogadores e encaixe de um sicronismo adequado para se defenderm, criarem e agredirem os adversários.

Nosso time é mediano em potencial técnico e muito vunerável as tentativas econômicas das equipes mais robustas financeiramente e isso só vai mudar com a injeção de recursos da S.A, a unificação de dirigentes e torcedores, em torno de um planejamento para fugirmos da mesmice e criarmos algo que nos dê uma personalidade e um caráter, que já tivemos e deixamos escorrer entre os dedos.

Não tenho dirigente e nem facção de torcida prediletos e aprendo um pouco com cada um e assim é a vida, na qual creio que exista um plan para cada um, mas o que fazer acontecer, para o bem o para o mal, é por conta de nosso livre arbìtrio. 

Hoje torcemos pelo Botafogo sob a asa do temor da derrota e sou de uma geração que assistia sob a asa da certeza da vitória e o que não sabíamos era de quanto íamos ganhar.

Eu quero resgatar e ter esse Botafogo de volta e isso só é possível com união e pacificação e o denominador comum é um planejamento viável, dentro desse novo cenário que se avizinha.

Para isto nos é necessário, humildade, união e determinação.

Luiz Sergio Cunha