PERCEPÇÃO II

Quem se recorda daquela brincadeira que consiste em achar o camelo em meio a vários animais que formam uma figura humana? Quem se divertiu com isso? Foi difícil encontrar o camelo, não foi? No entanto, se você reparar bem, o camelo era a figura mais fácil de ser encontrada!

Era porque ele não estava disfarçado, estava bem na nossa cara, os outros animais estavam mimetizados, menos o camelo, então por que foi tão difícil encontrá-lo?

Porque de todos, quem mais se divertiu com a brincadeira foi o próprio autor que logo no início, sugeriu que seria um “desafio”, então automaticamente nosso cérebro entrou na brincadeira e começou a procurar o que era “difícil”, quando na verdade, ele, o camelo, era o mais fácil!

Então a gente passou bons momentos procurando onde ele não estava. Genial essa brincadeira!

O nome disso é “percepção”. Percepção vem de “perceber”, ou notar algo. E muitas vezes a grande sacada é justamente brincar com essa capacidade e deixar algo que é muito claro, difícil de se enxergar. Porque ainda tem essa, há uma diferença entre VER e ENXERGAR!

Um certo fotógrafo da natureza certa vez registrou uma larva de barata d´água canibalizando outro animal da sua espécie enquanto este, não se apercebendo de que ele próprio estava sendo devorado, ainda caçava pequenos peixes que estavam à sua volta! Uma cena um pouco perturbadora, mas que reflete bem o ciclo da natureza. E da falta de percepção.

É interessante que ao lermos as Escrituras Sagradas temos uma percepção da vida, mas ao confrontarmos com eventos recentes divulgados pela ciência, passamos a ter uma visão bem interessante do “conjunto da obra”, digamos assim!

No livro de Gênesis podemos acompanhar como Deus criou o mundo, mas note que o homem foi Sua última criação! Nós fomos Sua obra prima, porque primeiro ele preparou tudo, para só então criar o homem. E quando eu confronto com a descoberta do nome de Deus (Jeová) em nosso DNA, vejo como existe uma perfeição nisso, porque Ele assinou sua obra prima!

Todo artista assina sua obra quando a termina, e só quando a termina! Não parece sensato a você que Deus tenha deixado sua assinatura na sua última obra? Eu acho isso de uma singularidade absoluta, Deus fez o mundo, criou tudo o que era necessário e quando nos criou, deixou sua “assinatura” em nosso DNA!

Estava lá desde o início, mas a gente não pôde ver, até que a ciência desenvolveu a tecnologia necessária para poder “enxergar” o DNA, e para depois um grupo de cientistas ter a sacada de juntar a sequência de números e fazer uma associação com a Torá!

Isso teve um planejamento. Foi proposital. Tenho a certeza de que foi!

Ultimamente temos visto nas redes sociais outra brincadeira, que consiste na postagem de uma imagem com os dizeres (por exemplo): “Quando foi que você descobriu que o nariz do cachorro era na verdade a logomarca do Carrefour?”.

Mas seja numa brincadeira ou numa descoberta científica que a nossa percepção vai aumentando, de forma intensa e gradativa!

Então eu vou embarcar agora numa brincadeira igualmente divertida e ao mesmo tempo científica, fundindo as duas linhas de raciocínio anteriormente descritas para propor uma nova pergunta:

- Quando foi que você percebeu que o escudo do Botafogo era, na verdade, uma pessoa vestida de branco com os braços abertos oferecendo um acolhedor abraço?

Você nunca tinha pensado nisso, não é? Ninguém tinha pensado nisso... Ninguém!

Marcos Vitrúvio Polião fez a relação do homem com o pentagrama, Leonardo da Vinci eternizou no Homem Vitruviano esta associação, mas naquela época não havia o Botafogo de Futebol e Regatas!

Mas agora há!

E eu, Nilton Stemp, de forma insistente e perseverante trago a vocês esta magnífica percepção de que se Deus deixou no homem a sua assinatura, também deixou para nós esta sublime mensagem de que não estamos sós, incrustada na imagem de uma estrela nos aguardando de braços abertos!

O futebol é só uma desculpa. Uma boa desculpa para mantermos a nossa fé, apesar de vivermos em tempos tão difíceis de se crer na verdade, no bem e na fraternidade.

O futebol é uma boa desculpa, e o Botafogo um bom motivo para continuar a acreditar no impossível, apesar das tristezas que a vida proporciona. Eu olho para o escudo eleito o mais bonito do mundo e a minha percepção é diferente, é abstrata, é interdimensional... Quando eu visto a camisa do Botafogo me sinto diferente, iluminado, sob um facho de luz que minha estrela solitária me conduz.

Se alcançar esta percepção, saberá por que você não escolheu, mas foi escolhido!

Um acolhedor e colossal abraço do Stemp