lscunha
|
![]() |
![]() Desde 12/2007 • 17 anos de CANAL Blumenau/SC
Garrincha
Em 19/01/2025 às 16:29 |
Nos anos 70, surgiu uma nova filosofia nas diversas indústrias do mundo, voltada para o aperfeiçoamento, quer de qualidade e/ou segurança, que ficou conhecida por reengenharia. Nessa década fiz minha primeira viagem ao Japão, onde trabalhei por 3 semanas na cidade de Hitachi, que fica 45 minutos de trem de Tóquio, efetuando ensaios de recepção em transformadores para 500Kv. Num dia de folga, me convidaram para visitar a linha de montagem de fabricação de carrinhos que são utilizados para transporte em campos de golfe, pois nesse dia estavam comemorando alguns desenvolvimentos exitosos e trago aqui um deles para ilustrar o citado conceito de reengenharia, Haviam conseguido desenvolver uma nova liga para fabricação das dobradiças de abrir e fechar as portas dos carrinhos em questão, que agora teriam como vida útil de operação, não mais de 3000 operações, mas sim de 5000 e me disseram que na semana seguinte, iria começar o estudo de nova liga para se chegar a 7500 operações. Essa era a mentalidade industrial adotada pelas fábricas no Japão, que os levou a liderança do mercado industrial em diversos setores. Essa mentalidade se espalhou pelo mundo e vemos incrustada na mente de muitas pessoas, principalmente na Europa e nos Estados Unidos e me levou a fazer uma analogia com a filosofia do Textor em relação ao Botafogo, do qual é dono majoritário e esmagador. Como assim, Cunha? Penso que vamos ter que nos acostumar com essa prática. Todo ano ou provavelmente em cada janela, vamos trocar nossas dobradiças, em decorrência de fadigas que podem ser por idade, declínio de performance, falta de entrega ou lucro elevado, mas sempre buscando ligas com melhor rendimento para as funções que desempenham. Pode ser que suas substituições ocorram em hiatos de tempo mais ou menos longos e aí entra o Scout com suas análises e recomendações. Isto está muito fácil de se observar e tomemos a escolha de nosso próximo técnico, pois quem paga estabelece como quer o trabalho desenvolvido e não o técnico que deve impor sua filosofia de jogo, pois se assim for, jamais haverá o Botafogo Way. Quem paneja alcança e quem não planeja pode até fortuitamente ter um momento de brilho, mas jamais uma rotina e o nosso caminho não é o do caso, mas sim o da permanência.
lscunha LUIZ SERGIO CUNHA |