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  Rodrigo Capelo: A Lei do Mandante já mudou a liga

Desde 08/2011 • 11 anos de CANAL
rio de janeiro/RJ

Garrincha


Em 09/05/2022 às 10:46

 
 

Rodrigo Capelo: A Lei do Mandante já mudou a liga

Qualquer mudança para lá ou para cá faz com que clubes arrecadem dezenas de milhões de reais a mais ou a menos
 

Noutros tempos, se tivesse havido consenso entre Flamengo e os principais clubes de São Paulo, a criação da liga estaria decidida. Detentores das maiores torcidas e dos direitos de transmissão de maior valor comercial, esses se imporiam sobre os demais e ditariam as regras do jogo — especificamente: distribuição do dinheiro, calendário e tudo mais sobre Campeonato Brasileiro. Noutros tempos. Hoje, por causa da Lei do Mandante, o cenário é um tanto inédito.

Voltamos ao assunto por causa da aparição da Libra, acrônimo para Liga do Futebol Brasileiro. A unidade foi anunciada por Flamengo, Corinthians, Palmeiras, Red Bull Bragantino, Santos e São Paulo. Também já assinaram seu estatuto Cruzeiro e Ponte Preta. Esses clubes vêm sendo assessorados pelo advogado Flavio Zveiter e pela empresa que este fundou, a Codajas.

O que trava a adesão do restante das Séries A e B a essa liga, pelo
menos por enquanto, é a existência de outro grupo, o Forte Futebol. Com a participação de dez clubes considerados emergentes, além da simpatia de Atlético-MG, Botafogo, Fluminense e Internacional, esse bloco diverge da Libra em questões como a distribuição do dinheiro oriundo da transmissão. 
 

Qual era a influência exercida em negociações anteriores, seja no Clube dos 13 ou depois, por clubes como Athletico-PR, Ceará e Fortaleza? Por mais que o atleticano Mario Celso Petraglia falasse alto, sejamos sinceros e claros: quase nenhuma. E era assim porque nenhum desses tinha qualquer ingerência sobre os direitos de transmissão dos considerados grandes.

A Lei do Mandante mudou tudo. Antes, o Flamengo tinha poder sobre todas as suas 38 partidas do Brasileirão. Ao se aliar ao presidente Jair Bolsonaro para editar a Medida Provisória que daria início ao movimento pelo direito restrito ao mandante, o clube entregou 19 jogos para concorrentes. Athletico-PR, Ceará, Fortaleza e todos os componentes do Forte Futebol têm confrontos com Flamengo, Corinthians e demais integrantes da Libra para comercializar.

A Libra propôs dividir a verba de mídia da primeira divisão em 40-30-30, ou seja, 40% iguais para todos os clubes da Série A, 30% de acordo com colocação na tabela e 30% segundo “engajamento” — combinação de itens como público no estádio, pacotes de pay-per-view vendidos e tamanho de torcida. O Forte Futebol discorda e prefere dividir em 50-25-25.

Parecem até esquemas táticos, mas são fórmulas inspiradas no futebol europeu e estão entre os números mais importantes para o futuro do futebol brasileiro. Qualquer mudança para lá ou para cá faz com que clubes arrecadem dezenas de milhões de reais a mais ou a menos. É por isso que este assunto causa tanto bafafá nos bastidores. Há muito dinheiro em jogo. 

Alvinegro21

Desde 07/2019 • 3 anos de CANAL
Rio de janeir/RJ

Garrincha


Em 09/05/2022 às 11:24
 

Interessante essa visão do efeito colateral.

 

Será que os clubes sairão maiores do episódio?

 

A conferir 






vini-s

Desde 02/2016 • 7 anos de CANAL
Porto Alegre/RS

Garrincha


Em 09/05/2022 às 14:29
 

Não sei se eu concordo com essa leitura, não.

Tanto que antes, mesmo sem lei do mandante, uma porrada de clube foi pra TNT/Esporte Interativo, até alguns poderosos (Inter, Porco, Santos, BAhia, Fortaleza, etc). E  o CAP não assinou com o Premiere até hoje. 

 

Pensa só, mesmo sem lei do mandante, esses 6 não teriam poder de barganha nenhum, pra negociar 2 ou 3 jogos por rodada (podendo ser ZERO, se não tivesse jogo ENTRE os signatários). Com lei do mandante, esses 6 podem garantir até 6 jogos por rodada (qdo todos jogarem em casa). É matemático - com lei de mandante,  esse consórcio aí pode negociar um pacote de 114 jogos. Nâo é pouca coisa não. Sem lei do mandante o número seria até menor (no máximo 3j por rodada, sendo que diversas rodadas não ia ter nenhum). 

 

O que mudou é que tem muito clube saindo da merda, de uma dependência imediata da TV, e tendo mais culhão de exigir grana melhor ao invés de ceder a FLa/Cor.

O Gremio já fazia isso, justamente pq tinha mais grana e não tinha que topar qq migalha. Palmeiras qdo enriqueceu tbm (chegou a ficar 2 ou 3 rodadas fora do Premiere). Agora é natural que Botafogo/Galo/Vasco e Cruzeiro, p ex, menos dependentes da TV possam bater o pé, já que o desespero é menor. O mesm vale pra Fortaleza, América e Ceará, que tbm tão muito melhor que há 6, 7 anos.

 

Além de não ter dirigente capacho como Mauricio Assumpção e outros pares ajuda, né. Mesmo quem embarcou nessa de boa-fé há 10 anos viu que não precisa mais se curvar aos carros chefes mercado.

 

Outro ponto - a mudança da grana mais forte, da TV aberta, foi mudada lá em 2017, valendo 40-30-30 pro cpto de 18. E nem se falava em lei do mandante, mas os demais clubes (fora de Mulambada e SP) viram que 15 são mais fortes que 5.  

 





 

Segue o jogo

vini-s

Desde 02/2016 • 7 anos de CANAL
Porto Alegre/RS

Garrincha


Em 09/05/2022 às 14:33
 

A Lei do Mandante mudou tudo. Antes, o Flamengo tinha poder sobre todas as suas 38 partidas do Brasileirão.

 

...

 

Isso aqui, p ex, tá errado. Se o Flamengo formar um consórcio só os 5 paulistas, ele vai ter controle sobre 10 partidas só, mesmo sem lei do mandante. Tanto que jogos contra o CAP ficam no limbo há 4 anos. Contra Palmeiras, Santos, Inter, só passa na TNT, não no Sportv. E por aí vai.

Flamengo só tem  controle sobre suas 38 partidas se os 19 adversários dessas 38 partidas forem assinantes do mesmo acordo. 

Por isso que eu falo que entra muito mais a questão de não se dobrar como fizeram lá atrás com o MA puxando o tiro no pé. 





 

Segue o jogo

FOGÃO V.R.

Desde 01/2012 • 11 anos de CANAL
Volta Redonda/RJ

Garrincha


Em 09/05/2022 às 15:11
 

Acho o 50-25-25 mais justo.Quanto mais clubes fortes melhor para o campeonato.

Pena que não tenha mais mata-mata,muito mais emocionante,taí os jogos da Champions pra comprovar. 



vini-s

Desde 02/2016 • 7 anos de CANAL
Porto Alegre/RS

Garrincha


Em 09/05/2022 às 15:53
 

FOGÃO V.R. disse:

Acho o 50-25-25 mais justo.Quanto mais clubes fortes melhor para o campeonato.

Pena que não tenha mais mata-mata,muito mais emocionante,taí os jogos da Champions pra comprovar. 



Quanto a mata-mata, isso é uma discussão mais técnica, mas que no fim tá muito correlata à grana de TV.

 

Todos os clubes preferem ter grantido 38j pagos, do que só, sei lá, 30, e ficaram 2 meses sem calendário e sem renda, caso não classifiquem. Obviamente é muito mais emocionante, mas tem todo esse aspecto aí (fora que, com o tanto de vaga na Libertadores, nem dá pra dizer que falta disputa do 3o ao 10o lugar).

 

 

E na real o equivalente da Champions é a Libertadores, que tbm é mata-mata. Todos os participantes da Champions jogam cptos por pontos corridos em seus nacionais, tal qual aqui.  





 

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