Nesses tempos em que o Canal Botafogo está se transformando num ambiente misógino (onde passa à larga a importância e o  significado das palavras “empatia” e “sinergia”), com o seu passamento, o vocábulo “alumiação” talvez sirva para retratar a imagem do Guido que me vem à mente.

Apesar da distância que nos separava, somente agora percebo que não era apenas o Botafogo o motivo pelo qual eu o admirava, mas, sim, o fato de que ele possuía algo que sempre me fascinou, e que transcende à compreensão humana: O nascer do Sol no horizonte, o bailado cintilante das faíscas que voam de fogueiras, a luminescência colorida dos fogos de artifícios que sobem e espocam anunciando um novo tempo, o brilho das estrelas no céu, o fogo (não à toa torço por um time de futebol cujo nome manda botar fogo em tudo)...

Ao menos aqui, neste espaço, Guido sintetizava atuava como o oposto de trevas; ele alumiava. Muito mais do que o simples verbo alumiar, transitivo direto, intransitivo e pronominal, Ronaldo era, simplesmente, luz.

Se é verdade que Deus disse “haja luz; e houve luz”, se, para quem crê, é verdadeiro afirmar que “Deus viu que era boa a luz; e fez Ele separação entre a luz e as trevas”, estou convencido de que tava na cara que o Criador de todas as coisas não poderia deixar de ter em sua boa Companhia um brilho por Ele mesmo mandado à Terra, para viver e gostar de viver no meio de um caos chamado Botafogo de Futebol e Regatas.

Que haja luz; que haja Ronaldo Power!