Foi o que eu falei... não tem como confiar em notinha de Twitter. Botafogo não é transparente em nada. Em balanço, em informações, em transparência financeira para com seus sócios. Botafogo fala uma coisa, no final é o oposto. "Não tem problema de salário", pra alguns dias depois vir a público dizer que "sim, temos um problema de fluxo de caixa".

E não... 800 mil não é nem uma parcela de 1 mês do depósito que deveria ser feito ao RCE. Pra se ter uma ideia, o menor valor de uma única parcela em 2022 foi de 612 mil reais, no trabalhista. Não existe a possibilidade desse valor ser referente a todo o tempo sem pagar, desde Novembro de 2022, que até agosto daria mais de 9 meses.

E outra mentira do Botafogo é que o Botafogo faz parte do RCE cível. No papel, não há homologação do acordo, até por isso o Botafogo não paga as parcelas, pois se assim fizesse parte do acordo, já estaria fora. O que acontece é que o mesmo não sendo homologado até hj, o Botafogo "destina" (entre aspas pq diz que tem destinado, mas na prática não tem pagado) 20% da receita pra pagar ess lista dd credores. São duas esferas separadas e dois RCEs distintos. Saíram notícias vinculadas a isso ano passado e até na gestão Jorge Braga e Durcésio. Isso foi abordado aqui várias vezes e pelo Vini tbm, que é advogado e tem conhecimento dessa causa.

Tanto é que eu acabei de postar notícia sobre os valores dos shows do Nilton Santos terem sido pehorados na justiça de SP por causa de uma dívida, se não me engano cível (me corrijam se eu estiver errado), referente ao patrocínio com a TAM, 23 anos atrás, lá em 2000. Se o Botafogo assim estivesse homologado no RCE cível, essa dívida não estaria indo pra penhora. Simples.

Tá aqui a notícia de Maio, falando sobre as dívidas não pagas desde Dezembro do Cível e de que, até aquele momento, não havia homologação quanto a inclusão do Botafogo no mesmo RCE.

https://ge.globo.com/blogs/blog-da-gabriela-moreira/post/2023/03/14/saf-do-botafogo-nao-paga-dividas-civeis-desde-dezembro.ghtml

SAF do Botafogo não paga dívidas cíveis desde dezembro

Os problemas financeiros enfrentados pela SAF do Botafogo não serão resolvidos apenas com o acordo que está em vias de acontecer com a comissão de credores trabalhistas. Esse é um dos entraves do clube. Há outras dívidas, cíveis, que não vêm sendo pagas, o que pode acarretar em inúmeros processos de penhora travando a operação do clube. Nesta ação, que visa instituir um Regime Centralizado de Execuções (RCE) cível, o Botafogo deve aproximadamente R$ 121 milhões (de acordo com cálculos do clube). Ela corre em paralelo ao processo trabalhista. E ao contrário deste, não há acordo sendo discutido no momento.

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E ainda tem outras notícias, de Julho, que esse passivo total do cível aumentou mais de 35% entre 2021 e 2023.

Com aumento na dívida cível do Botafogo, Conselho Deliberativo vota recuperação extrajudicial nesta segunda

O Regime Centralizado de Execuções (RCE) Cível é considerado ineficaz atualmente no Botafogo. A dívida relacionada ao passivo Cível do clube aumentou R$ 117.288.000,00 num prazo de 20 meses entre setembro de 2021 (R$ 329.595.000,00) e maio de 2023 (R$ 446.883.000,00), com 35,6% de crescimento. Diante dos fatos, a SAF Botafogo solicitou ao clube associativo a transformação do RCE em Recuperação Extrajudicial. Tal fato será votado nesta segunda-feira (10), às 19h, na reunião do Conselho Deliberativo, na sede de General Severiano.

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Pelo que eu entendi, o Botafogo faz parte do RCE Trabalhista e, apesar de ser distinto e diferente do RCE cível, os dois seguem as mesmas regras de pagamento, lista de cresores, atualização de dívida e deságio, por isso que acaba que acabam "caminhando juntos", mesmo sendo distintos. Pelo que entendi também, não havendo homologação do acordo cível até hj, significa basicamente/leigamente, que o Botafogo tem esse acordo cível mais extrajudicial do que judicialmente falando, por isso dos diversos não pagamentos e penhoras até hj.

E não, não está "diminuindo" como o próprio Capello afirmou há meses atrás:

Por que a dívida do Botafogo desandou? Entenda riscos das decisões da SAF e nova estratégia