Estou alguns dias sem postar nada na coluna, pois me dei um tempo para observação e reflexão.

Sempre digo que todos nós, independente do nível cultural, somos portadores de ideias e por isto escuto a todos.

Um treinador de futebol, assim como qualquer gestor, deve ser algo mais, ou seja, um vendedor de ideias.

Sei que para uma cultura e vitoriosa por sinal, que sempre se fundamentou no talento e não na disciplina tática, como é o caso do futebol brasileiro, implantar uma sistemática de ocupação de espaços a partir de um sincronismo coletivo, o que sempre defendi aqui e inclusive publiquei por partes um Manual de como acho que devemos praticar o futebol, fugindo da mesmice e de esquemas impostos sem os potenciais adequados, me deixou com as antenas  a concepção de jogo do nosso portuga.

Se vai dar certo, ainda é prematuro de se afirmar, mas criou em mim uma esperança, uma expectativa de algo novo, que se encaixar, vai nos trazer além de alegria, o prazer de um futebol jogado com inteligência e não por conta apenas do acaso.

A cada dia, a cada treinamento, dinâmicas vão sendo testadas e implantadas o que somado ao inegável talento dos jogadores sulamericanos, podem estabelecer uma conduta de jogo, que nos permitirá implantar o desejado Botafogo Way.

Temos os 3 próximos jogos com grande importância para vermos essa prática, notadamente o contra o nosso maior rival, que pratica um futebol de marcação sob pressão em conduta defensiva e vertical e agudo no ofensivo.

Esse jogo será a nossa prova de fogo e nos dirá exatamente se estamos no caminho certo e ouso dizer que se superarmos esses jogos, principalmente contra o Flamengo, seremos protagonistas habilitados a títulos nas competições que estaremos participando.

Volto na próxima segunda com a realidade dos resultados de dois desses três jogos e com um juízo de valor melhor aferido.

Que estejamos no nosso WAY.

lscunha