Estamos em plena campanha eleitoral.

E, por mais surpreendente que possa parecer, os candidatos que se opõem têm uma característica em comum: a responsabilidade direta ou indireta pela situação caótica do clube.

Tanto Ducersio quanto Walmer têm relações com atuais e ex-dirigentes que contribuíram para a realidade do Botafogo.

Aliás, não seria diferente a não ser que surgisse um nome totalmente estranho à rotina do clube.

Sim, porque essa situação caótica – de falta de recursos, infraestrutura e péssima gestão – é muito antiga.

Imagine que pra manter um time competitivo, o Botafogo precisou de um ex-bicheiro, diga-se, de muito boas memórias, apesar de ser um contraventor declarado.

Imagine que o Botafogo precisou vender a sua sede em General Severiano e teve seu estádio demolido, ficando apenas com a estrutura da sede social.

Quem se lembra do time que Bebeto formou na Série B e como estava a estrutura quando ele assumiu a presidência?

Em boa parte dessa trajetória, prevaleceu a imagem, o poder e o prestígio individual do comandante do que a estrutura do clube para remontar o clube.

Nesse percurso todo, os erros de gestão do Botafogo foram se somando, as dívidas também e acabamos chegando à situação atual.

Voltando ao início deste texto, que trata de eleições e SA, a diferença entre os que disputam o poder é que alguns devem apostar seu dinheiro na recuperação do clube.

E aí, companheiro, ganhar ou perder faz muita diferença.

Não está em jogo apenas a paixão, mas a razão, o conhecimento, a boa prática de como alcançar bons resultados.

Pode dar certo, pode não dar, mas, sem dúvida, a profissionalização de que tanto necessitamos passa por uma mudança radical. 

E, apesar de todo desgaste, só a SA resolve a situação do Botafogo. 

S A,

Macau