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Gestor
  TIRINHA: CAMPOS DE "TERRÃO" em Mal. Hermes para PENEIRAS PERMANTES

Desde 02/2018 • 6 anos de CANAL
Goiänia/GO

Nilton Santos


Em 26/10/2018 às 17:09

Gestor

Desde 02/2018 • 6 anos de CANAL
Goiänia/GO

Nilton Santos


Em 26/10/2018 às 17:11
 

Antes que alguém me chame de maluco, posso mostrar provas documentais e fotografias que gastando apenas 12 mil reais e passando um "batom" na Vila Olímpica, eu fiz isso no abandonando CT do Goiânia E.C. e estou disposto a debater a matéria.


Gestor

Desde 02/2018 • 6 anos de CANAL
Goiänia/GO

Nilton Santos


Em 26/10/2018 às 17:13
 

CORREÇÃO: "PENEIRAS PERMANENTES"

elramo

Desde o início • 17+ anos de CANAL
Rio de Janeiro/RJ

Garrincha


Em 26/10/2018 às 17:33
 

Com simplicidade e sem luxo acredito que é possível. Ideia muito boa. Aliás, excelente... Como suporte ao novo CT pode ser algo muito interessante. Agora é fazer essa sugestão chegar aos caciques do clube...


elramo

Desde o início • 17+ anos de CANAL
Rio de Janeiro/RJ

Garrincha


Em 26/10/2018 às 17:38
 

Imagino que batendo o terreno, conseguindo uns dois ou três containers para servirem de vestiário e banheiros teremos o básico... O problema é que falta vontade política de fazer...

Tadeu20

Desde 01/2011 • 13 anos de CANAL
Rio de Janeiro/RJ

Garrincha


Em 26/10/2018 às 18:15
 

Como diz o el ramo. Que ibope interno terá fazer uma simples reforma em MalHermes? Praticamente zero. Falta amor ao clube. Porque de burros esses camaradas não têm nada.

elramo

Desde o início • 17+ anos de CANAL
Rio de Janeiro/RJ

Garrincha


Em 26/10/2018 às 18:23
 

Achei a sugestão tão interessante que vou tentar levar adiante, compartilhar com algumas pessoas, apesar de estar afastado do clube desde o início da gestão do nefasto... Creio até que você, Nicanor, poderia detalhar um pouco mais como foi feito aí em Goiânia...

Gestor

Desde 02/2018 • 6 anos de CANAL
Goiänia/GO

Nilton Santos


Em 26/10/2018 às 19:09
 

Pois o amigo “matou a charada”, logo de cara, EL RAMO. A ideia é justamente essa: As “peneiras permanentes” serem disputadas em campos de “terrão”, para dar suporte às categorias de base, que, como todos sabem, serão instaladas com todo o conforto no CT de Treinamento, assim que o Espaço Lonier estiver completamente reformado. Mas, e até lá? Sabendo-se que as reformas serão realizadas por etapas, penso que o Botafogo poderia transformar aquele patrimônio de Marechal Hermes, que, como todos sabem, se encontra totalmente abandonado, caindo em ruínas, para ali instalar um, digamos assim, “referencial de suporte”, ou local de jogos permanentes para garotos talentosos que buscam um lugar ao Sol.
E digo isso, amigo, porque ninguém aqui está querendo “inventar a roda”, mas apenas tentando debater as conclusões que chegamos para construir os “campos de terrões” num clube goiano, do qual sou colaborador (o mesmo clube que me colocou esse maldito nick de “gestor” e que ainda não consegui mudar aqui na página do CB).
Para que o amigo tenha uma pequena noção do estado em que se encontrava a Vila Olímpica do Goiânia, e para fazer uma pequena comparação com Marechal Hermes, pense nos estádios do Campo Grande (Ítalo Del Cima) e do São Cristóvão aí no Rio de Janeiro. O do clube goiano estava em situação, pelo menos, 100 vezes pior, embora a área total pertencente ao clube seja de 3 alqueiras e 500 metros. Mas totalmente em ruínas. O que fizemos? Nenhuma mágica: apenas “passamos um batom” nos prédios abandonados, comprando materiais usados em depósitos de demolições (telhas, luminárias, vasos sanitários, banheiras de hidromassagens, tubulações, fiação elétrica, móveis velhos etc.) e pintamos os muros e imóveis com material barato. Para fazer a tinta branca (o time goiano também é alvinegro) nós mesmos preparamos a tinta nos seguintes moldes:
1) TINTA BRANCA - Misturamos cal virgem com gesso e cola de marceneiro. A cal rende, mas quando chove escorre e para dar liga, misturamos com gesso; a cola branca de marcenaria serve para colagem, ou liga; não sai quando chove. Para cada 5 sacos de cal (ou 100 kg), misturamos 20 kg de gesso em pó e 1 galão de 3,5 ml de cola de marceneiro. Jogamos dentro de um tambor de 120 litros e misturamos tudo com uma espécie de batedeira ou liquidificador improvisada, ou seja, com numa furadeira elétrica, colocamos uma pequena hélice de metal soldada num pedaço de vergalhão e batemos tudo, por 20 minutos. O resultado é que pintamos 6.500 metros quadrados de muros na cor branco, ao custo de apenas 1.200,00 (um mil e duzentos reais). Se fôssemos gastar com tinta pva, da mais barata, fabricada em Goiânia, em indústrias de fundo de quintal, ao preço de R$ 34,90 cada caixa de 18 quilos, só de tinta branca, teríamos que despender de mais de 100 mil reais.

2) TINTA PRETA – Não sei qual é o preço de tinta pva cor preta, no Rio de Janeiro. Mas, aqui, em Goiás, a lata mais barata de tinta preta, pva, ou caixa de 18 kg, custa, em média, 100 reais. O que fizemos? NOVA INVENÇÃO MALUCA, mas que deu resultado excepcional: Ao invés de comprar a tinta pva, caríssima para a nossa realidade financeira, substituímos esse material por ZARCÃO PRETO, nos seguintes moldes: Para cada galão de 18 litros (ao preço de 50 reais a unidade), misturamos 30 litros de gasolina e pó XADREZ. Novamente batemos tudo no tal liquidificador, peneiramos, tal como fizemos com a tinta branca e pintamos com pistola e compressor a ar. Aí, apareceu um outro empecilho: a questão elétrica, já que, para pintar todo o ambiente, gastaríamos uns 4 mil reais somente de fiação para ligar o compressor, já que o ambiente era muito grande. Assim, ao invés de comprar um compressor elétrico, ALUGAMOS UM COMPRESSOR A GASOLINA, o colocamos num carrinho manual (desses que existem em Centros de Distribuição de Verduras ou em depósitos de supermercados para descarregar caminhões). O carrinho custou 220 reais. Com todo esse aparato maluco, “o batom ficou um brinco”. Chic no úrtimo, como dizia o caipira. A economia foi acima de 400 mil reais, só em tintas.

3) OS ESCUDOS NOS IMÓVEIS E NAS PAREDES: Para pintar os escudos nos muros e na sede do clube, aqui em Goiânia, os pintores de letreiros cobra, em média, 100 reais por cada unidade. Precisávamos colocar mais de 50 escudos em todo o ambiente. O que fizemos: Compramos uma placa de compensado de 3mm, ao preço de 80 reais e mandamos recordar a lazer o escudo do time. Por esse serviço, pagamos 25 reais. Em sistema de mutirões, os torcedores, aos sábados (2 finais de semana), pintou todo o CT internamente. Com pistolas e pincéis. Pregamos os moldes de compensados na parte branca das paredes e os torcedores pintaram os escudos a mão, pois não deu certo fazer com spray, já que o vento sujava a pintura já acabada.

4) COMO FIZEMOS OS 2 CAMPOS DE “TERRÃO” – Nada de engenharia. Nada de invenções mirabolantes. Alugamos 2 BobiCat (esses tratorzinhos que retiram entulhos e que servem como “pau pra toda obra”), ao preço de 1 mil e quinhentos reais, cada, para limpar o terreno e deixar tudo plano. O serviço foi feito em apenas 1 dia. Ficaram top. Mas tem que achar profissionais bons de serviço para fazer esse trabalho, caso contrário terá que contratar máquina caterpillar, que é cara e cobra por hora de serviços de terraplanagem.

5) O RESULTADO: Onde existia matagal e ruínas, hoje, existem 2 campos de “terrão”, com o clube realizando diariamente partidas de futebol com a garotada, descobrindo talentos, com portões fechados, onde não entra nem mesmo pais dos garotos (muito menos “olheiros” e empresários). Nada de campos de gramas. Nem campos sintéticos. Temos 2 “olheiros” ou “treinadores” nos terrões, para ensinar apenas aos futuros garotos da base fundamentos básicos como o domínio de bola e o passe. Treinar em campos de terrões tem nos mostrado que ali não é lugar para qualquer um. Nos terrões é que se garimpa quem tem habilidade, pois joga-se em situações terríveis. Ou o garoto já nasce com habilidade ou “um abraço” e “muito obrigado”, pois para chegar às categorias de base, no CT com campos gramados, antes, os futuros craques têm que pedir pelo amor de Deus para a bola obedecer.

6) O SUPORTE: Não sei se o que estamos fazendo é a forma ideal para descobrir talentos, mas posso garantir que o resultado está se mostrando além das expectativas, pois os “terrões” já garimpou alguns jovens promissores e os encaminhou para os treinadores dos times sub-15 ao 18 do time goiano. E o local está se tornando como o grande diferencial do clube em relação dos times rivais da capital, já que recebe meninos de todos os bairros da capital e até de cidades do interior, de segunda a sábado, para “disputar jogos” no Goiânia. OBS.: As peneiras não são realizadas como se faz em todos os clubes que conhecemos, com meia hora de duração. Ao contrário, os garotos jogam uma partida de noventa minutos, diariamente. Os melhores são escolhidos para permanecerem no clube, nos terrões, por pelo menos 90 dias, jogando.

Voltarei ao assunto.


Gestor

Desde 02/2018 • 6 anos de CANAL
Goiänia/GO

Nilton Santos


Em 26/10/2018 às 19:38
 

Amigos, TADEU E EL RAMO: Vou tentar mostrar aqui que os amigos têm razão quando afirmam que "falta amor ao Botafogo", através de imagens sobre o que fizemos para transformar um ambiente que estava em pior situação do que a que se encontra em Marechal Hermes. 

Gestor

Desde 02/2018 • 6 anos de CANAL
Goiänia/GO

Nilton Santos


Em 26/10/2018 às 19:51
 

Amigo EL RAMO: Veja, na imagem abaixo, como fizemos, SEM DINHEIRO, vendendo camisas do time, em mesas de bares da noite goiana e através da nossa pagina no Facebook... COM MIGALHAS, retiramos dezenas de caçambas de entulhos, matos e lixo que as BobiCat limpavam. Os caminhões eu consegui na base do 0800 de uma empresa para quem advogo e paguei apenas 1.500 reais para o combustível  (800 reais em 2 finais de semana) e dei uma gorgeta para o motorista no valor de 700 reais... ORA, um time com a grandeza do Botafogo, que tem milhares de torcedores no Rio, empresários, e que joga fora 15 milhões na Ilha do Governador, não é possível que não saiba transformar Marechal Hermes com pouco dinheiro. SE DUVIDAREM, tenho apartamento no Rio de Janeiro e ME CHAMEM QUE EU VOU! Só para mostrar que é POSSÍVEL SIM, TRANSFORMAR MAL. HERMES, COM MENOS DE 50 MIL REAIS... O DESAFIO ESTÁ FEITO!

Gestor

Desde 02/2018 • 6 anos de CANAL
Goiänia/GO

Nilton Santos


Em 26/10/2018 às 20:06
 

TADEU e EL RAMO: Vejam como ficaram os MUROS DO CT do Goiânia, com a PINTURA MALUCA que INVENTAMOS, misturando CAL, GESSO e COLA DE MARCENEIRO BRANCA e com a mistura de ZARCÃO PRETO + GASOLINA E PÓ XADRES, com pintura a pistola em COMPRESSOR A GASOLINA... Em apenas 2 sábados fizemos tudo isso, em 6 mil e quinhentos metros de muros... NÃO É LÁ ESSAS COISAS, mas para um time menor do que um Campo Grande da vida ou do nível de um São Cristóvão, o resultado ficou acima do esperado... IMAGINO QUE O QUE FALTA AO BOTAFOGO É UM POUCO MAIS DE AMOR AO CLUBE, HONESTIDADE, CRIATIVIDADE E DEIXAR DE SER UM CLUBE VAIDOSO, METIDO A RICO, mas que não passa de POBRE DEMARRÉ DECI! ME CHAMEM QUE EU VOU para transformar Marechel Hermes com pouco dinheiro...

Mineirow@hotmail.com

Desde 09/2013 • 10 anos de CANAL
zona rural/MG

Garrincha


Em 26/10/2018 às 20:12
 

Parabéns, belo trabalho.
Gestor, faz uma proposta pelo Mateus Fernandes.




 

Mineiro

 

 

 

Gestor

Desde 02/2018 • 6 anos de CANAL
Goiänia/GO

Nilton Santos


Em 26/10/2018 às 20:20
 

Fala, querido amigo, MINEIRO. Não dou conta de pagar os salários dele, MF, não amigo. A folha salarial do Goiânia, este ano, com encargos trabalhistas e previdenciários foi de apenas 110 mil reais. Sofremos igual a sovaco de aleijado para pagar os atletas e tive que "tirar leite de pedras" para o time subir para a 1ª divisão. Tadinho de mim... minha esposa está uma arara comigo e me ameaçando todo dia: "Se continuar gastando, todo mês, tirando do bolso de 15 a 20 mil pra essa bosta de time pequeno, juro que não vou te dar mais gostoso na cama e vou embora para o Rio, viver com minha filha e neto!"... kkkkkk  DE QUALQUER MODO, SEGUE MAIS UMA IMAGEM DO RESULTADO FINAL DOS MUROS PINTADOS COM MINHA INVENÇÃO MALUCA... rsrs

banidor

Desde 04/2013 • 11 anos de CANAL
Recife/PE

Garrincha


Em 26/10/2018 às 21:05
 

Mto legal, Gestor! Parabéns!!!

Gestor

Desde 02/2018 • 6 anos de CANAL
Goiänia/GO

Nilton Santos


Em 26/10/2018 às 22:08
 

BANIDOR: Na verdade, não fizemos nada de extraordinário. Apenas mostramos que é possível sim recuperar um local totalmente abandonado, caindo aos pedações, em campos de terrão para garimpagem permanentes de futuros craques. Como o EL RAMO disse que vai compartilhar este tópico a quem possa interessar pelo assunto, vou mostrar, aqui como foi feito o aproveitamento de  águas de chuvas, comprando 20 caixas d´água usadas em depósitos de demolições. O custo total foi de pouco mais de 2 mil reais. A mão de obra não custou nada, pois foi feita por torcedores pedereiros, tudo na base do "achismo" ou "desse jeito dárá certo" - portanto por meros palpiteiros. Isso foi necessário porque o clube tinha água cortada, já que devia mais de 200 mil e até os medidores e encanações foram retirados do local pela Companhia de Água. Assim, para a lavagem de banheiros, sanitários, uniformes, descargas, limpeza de pisos etc., lavagem de uniformes, usa-se a água de chuva com o escoamento para velhas piscinas que estavam abandonadas no local. CLARO QUE NO CASO DO BOTAFOGO, um clube de faturamento de milhões, ficaria muito mais fácil. AQUI ESTOU MOSTRANDO UM PEQUENO EXEMPLO de como se deve administrar na pobreza fazendo uso da CRIATIVIDADE...

Gestor

Desde 02/2018 • 6 anos de CANAL
Goiänia/GO

Nilton Santos


Em 26/10/2018 às 22:42
 

EL RAMO: Como o amigo deve saber, mesmo para os campos de "Terrão", construídos para PENEIRAS PERMANENTES, é preciso lembrar que se o clube quiser ter sucesso, ou seja, manter os futuros craques no garimpo, por pelo menos 90 dias, disputando jogos e partidas diárias, o clube tem que fornecer alimentação aos meninos, pois muitos deles saem de casa com fome, são filhos de pessoas pobres e que vão treinar com barrigas vazias. No nosso caso, fornecemos 3 refeições diárias aos garotos do terrão. Alimentação simples, sem o cardápio balanceado do Botafogo. Assim, tivemos que, mais uma vez, usar a criatividade, da seguinte forma:

1) PREÇO COBRADO PARA OS GAROTOS NOVOS: O clube não cobra taxas para o primeiro teste no terrão. Quando um garoto chega querendo treinar na 1ª peneira, fazemos a ficha dele e mandamos chamar os seus pais ou responsáveis. O valor do "taxa" são pagos em ALIMENTOS NÃO PERECÍVEIS: ARROZ, FEIJÃO, ÓLEO, MACARRÃO, CAFÉ, FUBÁ. A partir da aprovação do garoto, passa o mesmo à etapa seguinte:

2) CUIDADOR DA HORTA COMUNITÁRIA: Compramos um TTRATORMOBIL (mini trator manual que qualquer criança manuseia) para o preparo de uma horta comunitária no terreno do clube. Os garotos que estão alojados no CT são responsáveis pela plantação das verduras e legumes (alface, cebolinha, abóboras, beterraba, mandiocas, batatas, chuchu etc.). A hora medindo 450 metros quadrados já começa a produzir e os alimentos são recolhidos pela cozinheira, diariamente...

3) REFORÇO DA ALIMENTAÇÃO: Tudo muito regrado, com até pães e bolachas contadas, pois o clube é pobre e nenhum garoto, por exemplo, pode comer mais de 1 banana durante o almoço, ou chupar mais de 2 laranjas por dia.. AS frutas, os pães, bolachas, leite e outros alimentos a gente adquire em finais de feira, na CEASA, Centro de Distribuição de Alimentos, ou consegue através de doações, pedindo em mercearias e supermercados da cidade, aos torcedores. Para transportar e abastecer a cozinha, compramos uma velha kombi de um feirante, por 1.200 reais. Estava caindo aos pedaços e ganhamos uma reforma na lataria enferruajada e podre. Depois de reparada a lataria, nem pintura fizemos, MANDAMOS COBRIR A LATARIA COM PLOTAGEM VAGABUNDA, nas cores do clube e ficou muito bonita. Gastamos somente o material e a colagem foi feita na base do O800 que uma cliente me concedeu, só para ver-se livre do meu choro...

4) VEJA NA IMAGEM a alimentação que fornecemos aos garotos do terrão, que serão os futuros garotos da base que passarão a treinar, se aprovados, nos campos de grama dos Sub1-15 ao Sub-18. 



Gestor

Desde 02/2018 • 6 anos de CANAL
Goiänia/GO

Nilton Santos


Em 26/10/2018 às 23:43
 

EL RAMO: Já que o amigo pediu para esclarecer como tudo foi feito no clube goiano, do qual sou torcedor (o Goiânia é o meu segundo time, pois o escolhi, sendo que o 1º é o BOTAFOGO, pois FUI ESCOLHIDO), vou continuar a mostrar alguns detalhes que foram imprescindíveis para a construção dos 2 campos de terra no local:

1) ENVOLVIMENTO DOS ATLETAS PROFISSIONAIS: Acredite, de nada adiantará alguém ter uma ideia (por mais simples que seja, como esta que fizemos em Goiás), se quem dirige o clube não aceitar sair da mesmice. A coisa mais difícil que existe numa instituição (qualquer que seja a instituição administrada por coletividade) é aquilo que conhecemos por "ciúmes de machos". No nosso caso também existem os "velhos broxas", aqueles velhos tradicionalistas, que levaram o time ao fundo do poço e que insistem em nada mudar, desde a concepção, os designers dos uniformes, até inovações que fujam da mesmice de buscar patrocínios, antecipações de receitas, campos gramados, escolinhas deficitárias, velhas piscinas, dominós, jogos de baralhos aos finais de semana etc. No nosso caso, para vencer essa resistência dos velhos broxas, fizemos o seguinte: a) Começamos a fazer sozinhos os campos de terra. Peguei os tratores, as MobiCats, paguei do meu bolso, juntei meia dúzia de gatos pingados e INVADIMOS O LOCAL NUM FINAL DE SEMANA. Quando os jogadores profissionais chegaram para treinar, na segunda-feira, encontram o ambiente TODO LIMPO, SEM MATAGAL, SEM LIXO E COM A TERRAPLANAGEM DOS 2 CAMPOS pronta, faltando apenas as traves e marcações. Aí, meu amiro. CAÍRAM DE COSTAS! Não teve jeito: se envolveram na campanha, tudo na base da improvisação, chamaram os manda-chuvas e BOTARAM O PÉ NA PAREDE. 

2) CAMPANHA EM RÁDIOS E FACEBOOK, WATSAPP - Conforme mostram as imagens abaixo, o atletas passaram a "comprar a briga", no bom sentido: Sempre que algum locutor ou radialista os entrevistavam, eles, os atletas profissionais aproveitavam o gancho e faziam campanha para vender as camisas do time, com rendas revertidas para a construção dos campos de terrão e das categorias de base. Um sucesso.

3) TRANSPARÊNCIA - Na verdade, a construção dos campos de terra e, agora, reformas dos alojamentos das categorias de base, que já treinam em campos gramados (grama barata, mas grama, nada de ESMERALDA - é verdade) só está sendo possível de se concretizar porque, como o clube não possui um DEPTO AMADOR, todo o dinheiro que entra para a manutenção dos campos de terra, reformas das instalações que estavam abandonadas e caindo aos pedações, NÓS NÃO REPASSAMOS UM CENTAVO PARA A ADMINISTRAÇÃO DO CLUBE; NÃO MISTURAMOS DINHEIRO DO TERRÃO E DA BASE COM O QUE ENTRA NO FUTEBOL PROFISSIONAL. Ao invés disso, abrimos uma CONTA-POUPANÇA, administrada por mim e mais outros 8 colegas torcedores, a cada centavo que entra, seja com vendas de produtos, camisas, canecas, flâmulas, PUBLICAMOS NA PÁGINA DA INTERNET COM A SEGUINTE CHAMADA: "PRESTANDO CONTAS AOS TORCEDORES DO GOIÂNIA: Entrada tal e saída tal, com doações, vendas ou aquisição de materiais (cimento, alimentos, tintas, tudo o mais). 

4) RESULTADO PRÁTICO - Conforme mostram as fotos 2 e 3 abaixo, diante da TRANSPARÊNCIA aliada ao ENVOLVIMENTO DOS ATLETAS PROFISSIONAIS, aquilo que era apenas um sonho (transformar um local em ruínas em campos de PENEIRAS PERMANENTES para dar SUPORTE À BASE) virou REALIDADE. Torcedores passaram a comprar nossas camisas para si e para seus filhos menores e as exibirem nos estádios; outros torcedores, como mostra a foto 3, mais abastados, empresários, passaram a nos chamar em suas empresas para FAZER DOAÇÕES VOLTADAS PARA A CONTINUIDADE DAS REFORMAS...

Voltarei a demonstrar mais FATOS E FOTOS sobre o assunto. Fico por aqui, mas com a convicção inabalável de que ÉPOSSÍVEL SIM, EXTRAIR DIVIDENDOS de um imóvel como aquele de Marechal Hermes, que, bem ou mal, já possui uma estrutura feita, faltando apenas um PEQUENO BATOM para ali ser transformado num CELEIRO DE CRAQUES. 



Gestor

Desde 02/2018 • 6 anos de CANAL
Goiänia/GO

Nilton Santos


Em 27/10/2018 às 03:31
 

EL RAMO, TADEU E BANIDOR:

Não vou, aqui, comparar a estrutura que o Botafogo possui abandonada em Marechal Hermes, com a situação caótica que o clube goiano tinha em seu terreno que, diga-se de passagem, era totalmente desnivelado (na verdade, o terreno é do tipo ladeira. Por isso, para construir os campos de “Terrão” o trabalho foi de difícil nivelamento. Mas repito, nada de engenharia, drenagens e outras viadagens do tipo foi realizado no local – até mesmo porque a intenção era apenas construir campos em que os “peneirados” pudessem encontrar certas dificuldades no quesito “domínio de bola” e “desenvolvimento em linha de passes”.

Assim, considerando o fato de que o terreno de Marechal Hermes já possui um nivelamento básico, penso que se o BOTAFOGO, de fato, pretender transformar aquele local que se encontra às traças, totalmente com o imóvel em ruínas, mas precisando apenas de um pequeno “batom” (pinturas nos muros e reparos nos prédios ali existentes), para transformar o local numa espécie de SUPORTE, ou primeiros passos para os garotos da periferia iniciar os seus primeiros passos no clube, antes de serem colocados à prova no futuro CT do Espaço Lonier, é suficiente realizar poucas obras ali, pois, conforme mostram as fotos abaixo, em comparação com o que fizemos no Goiânia, tudo será muito mais fácil, pois há em Mal. Hermes terreno amplo, já nivelado, um espaço muito maior, que comportaria, no mínimo, a construção de uns 4 campos de terra, em tamanhos oficiais.

Veja, a seguir, o que fizemos:

 

1) QUANTO AO NIVELAMENTO DO TERRENO – Partindo do princípio que ali não faríamos campos gramados, mas sim campos de “terrão”, não nos preocupamos com a realização de do nivelamento que se exige para a construção de campos de gramas. A preocupação foi apenas a de dotar o local com campos de terra batida (nem tão batida, na verdade), feitas com MobiCats, com tratoristas bons de serviço e pagando o serviço por “tarefa” ou “pequena empreitada”, já que, normalmente se cobra por hora. Mas, nesse caso, por hora, fica bem mais caro o preço.

 

2) PRENSAGEM DO TERRENO – Quem vai construir um campo de grama precisa ter alguns cuidados e um deles é atentar para dotar o terreno de um nivelamento básico, para prevenir eventuais acidentes. No nosso caso, em razão de dificuldades financeiras, não contratamos rolos compressores para a prensagem do terreno de terra batida. Assim, como os tratoristas das MobiCats eram bons de serviço, aproveitamos as caçambas que retiraram os entulhos (primeiras raspagens, tocos dos de madeira, lixo, capim, matagal e terra, muita terra misturada que estavam nas caçambas carregadas e, antes de despejar o material em enterros, pedimos para os motoristas dos 2 caminhões passar seguidas vezes sobre o terreno para “bater a terra” já nivelada pelas MobiCats. Com isso (passagem da caçamba carregada de entulhos e terra por cima do terreno), foram “amassados” alguns espaços que a própria terra terra dos campos deixou pela ação das MobiCats. Pequenos relevos não são vistos a olho nu e os existentes logo se transformam em terra batida, com o pisotear dos garotos, em dias de jogos.

 

3) NÍVEL DE CONTORNO NAS LATERAIS DOS CAMPOS – Para a água de chuvas não empoçar e nem criar “piscinas”, foi observado mesmo sistema de “caída” que se usa em campos gramados, ou seja diminuição em 30 cm o nível do terreno ao redor das linhas que contornam os campos de terra, para, com isso, em casos de chuva, ajudar a drenagem e não deixar o local todo encharcado.

4) A IMPRESSÃO DO AMBIENTE – Depois de prontos os campos de terra, hoje, o clube segue recebendo peneiras para enviar novos atletas para as categorias de base e os garotos que ingressam nos times SUB-15 ao SUB-18, já chegam ao novo ambiente gramado mais confiante, embora necessitando aprender a pisar e a jogar corretamente em campos com piso diferente daquele em que pisou e se sujou de terra, mas saiu com um aprendizado maior.

5) FIM DAS SACANAGENS E APADRINHAMENTOS NA BASE – Antes de o clube construir os “Campos de Terra para Peneiras Permanentes”, os treinadores das categorias de base enfrentavam muitas dificuldades com a garotada iniciante, pois já sabiam que iriam ensinar futuros atletas a possuir domínio de bola, linha de passe, tempo de jogo, como matar uma bola no peito, medo de cair e se machucar, cabeceio etc. Nos terrões os garotos têm que ser, acima de tudo, valentes; não ter medo de cair, ralar, testar uma bola cheia de terra ou enlameada, por exemplo. Nos campos de terra, acreditem, prevalece o talento. Mas não ocorre a descoberta ou garimpagem de um dia para o outro, muito menos fazendo peneiras de meia hora, apenas para extorquir os pais de garotos pobres com pagamentos de taxas. Os que se sobressaem na garimpagem ou primeiro teste ficam, pelo menos, disputando jogos e treinando durante 90 dias. Só depois disso é que são selecionados para a base. Cria-se uma concorrência sadia, ou sonho de o garoto ver-se pisando na grama. Com isso também o clube passou a banir, de forma indireta, as conhecidas “sacanagens” ou “apadrinhamentos” de empresários e de treinadores para beneficiar esse ou aquele menino que sonha em ser um craque.

Falarei sobre outros assuntos,  a seguir.



Gestor

Desde 02/2018 • 6 anos de CANAL
Goiänia/GO

Nilton Santos


Em 27/10/2018 às 04:12
 

Na próxima publicação falarei o que fizemos para criar EMPATIA na garotada que joga nos CAMPOS DE TERRA PARA PENEIRAS PERMANENTES e que já estão no clube treinando e aprendendo há mais de 90 dias, antes de serem escolhidos para a base que joga em campos gramados. Mostrarei o que fizemos para que os garotos CRIEM AMOR E SE SINTAM COMO ATLETAS DO CLUBE, jogando, inclusive UNIFORMIZADOS. Detalharei como conseguimos PATROCÍNIOS PARA OS UNIFORMES, com pequenas e microempresas de propriedade de torcedores do clube, através da implantação de uma campanha intitulada ADOTE UM CRAQUE DO TERRÃO DA PENEIRA PERMANENTE DO GALO. Na imagem abaixo, confiram como ficaram os patrocínios nas camisas, sendo que cada atleta joga com a LOGOMARCA DE UMA EMPRESA QUE O ADOTA... Solução criativa e barata, já que cada empresário paga, durante o ano, duas parcelas de R$ 1.000,00 para ver sua marca estampada nas camisas do clube do seu coração. Voltarei ao a este tema, detalhando a formula do PATROCÍNO DO TERRÃO.

DiegoLaso

Desde 07/2009 • 14 anos de CANAL
Niterói/RJ

Garrincha


Em 27/10/2018 às 12:14
 

Parabens pela iniciativa, muito legal e bonito e mostra que com amor ao clube, criatividade, vontade e, é claro, inteligência, muito pode ser feito. No entanto, tais atributos não são encontrados em General Severiano.

IN_FIRE

Desde 05/2011 • 12 anos de CANAL
Hell de Janeiro/RJ

Garrincha


Em 27/10/2018 às 13:58
 

Sem dúvida alguma, um belo trabalho! Mostrando que dá pra fazer acontecer. É só querer.



BOTAFOGO, BOTAFOGO,

UNIÃO:

NO PASSADO, NO FUTURO,

A CADA GERAÇÃO

BUSCA A JUSTIÇA EM CADA JOGO,

BOTAFOGO, TERÁS DE ENSINAR

QUE PARA VERMOS, A TUA ESTRELA BRILHAR

SERÁ PRECISO, CONTRA TODOS LUTAR

A BATALHA, ÁRDUA SERÁ,

MAS COM O NOSSO APOIO

HÁS DE SEMPRE CONTAR

 

 

  E O SEU “G” DE GLORIOSO É O QUE ASSENTE

QUE DE TODOS OS OUTROS FAZ-SE PRESENTE:

DIGNIDADE, A FIBRA DA TUA LUZ

QUE A SUA CHAMA PULVERIZE OS URUBUS

Gestor

Desde 02/2018 • 6 anos de CANAL
Goiänia/GO

Nilton Santos


Em 27/10/2018 às 16:47
 


Quando a gente pensou em fazer alguma coisa para tentar tirar o clube do marasmo e as suas instalações físicas totalmente abandonadas, transformadas em “mocós” para usuários de drogas, jamais imaginamos que a ideia contaria com a simpatia da vizinhança. A intenção, verdade seja dita, era apenas a de aproveitar um espaço ocioso, subutilizado por más administrações há mais de 40 anos. A situação era (e ainda continua a ser) tão dramática e caótica que, no CT do clube não existia, sequer, água encanada porque, como remarquei anteriormente, todo o sistema de ligações foi retirado pela Companhia de Água e Saneamento do Estado, em razão de dívidas e de “gatos” que ali se fazia, constantemente. A mesma situação também existia em relação à energia elétrica. Mas, o fato é que até mesmo para as pinturas do ambiente tivemos que sair pedindo aos vizinhos para fornecer água para o preparo das tintas – no que fomos prontamente atendidos.

No caso de Marechal Hermes, em razão da grandeza do Botafogo, acredito que o local não se encontre em situação tão caótica e, por isso mesmo, se, de fato, houver um mínimo de boa vontade por parte da Diretoria do Glorioso, o clube poderia extrair bons frutos com a instalação de “CAMPOS DE TERRA PARA PENEIRAS PERMANENTES”, ali.

De qualquer modo, na medida em que a ideia foi “pegando forma”, ou seja, saindo do pensamento e partindo para a prática, ou do papel para a colocação de “mão na massa”, já que tudo ainda está sendo realizado empiricamente, sem grandes projetos (na verdade, sem projeto algum, mas apenas na base do “vamos lá, pessoal; vamos fazer, meter a mão na massa, com cara e coragem!”) outras situações foram surgindo, como por exemplo, a percepção de que era preciso dar um mínimo de dignidade aos garotos que ali apareciam para jogar, cada um vestindo calção e camisa diferentes. Achamos que o ambiente estava limpo, todo pintado, organizado, mas precisávamos encontrar um jeito de uniformizar a garotada, pois não estava legal ver meninos jogar com camisas do Goiás, do Flamengo, do Palmeiras, do Vila Nova em nosso terrão e nenhum deles vestindo camisas do clube. Assim, surgiu a ideia de buscarmos patrocínios para a uniformização dos garotos do TERRÃO DE PENEIRAS PERMANENTES, cujo mecanismo passo a mostrar, a seguir:

1) ADOÇÃO DO TERRÃO – Inicialmente achamos que o ideal seria buscarmos patrocínios para a manutenção de todas as instalações físicas do terrão. Logo de cara a ideia fracassou, pois percebemos que até mesmo o time profissional estava encontrando dificuldades em obter patrocínio máster perante as grandes empresas. As dificuldades eram de todo o tipo: desde alegações relacionadas à crise econômica que o País atravessa, o fato de que como o time profissional já estava há anos afastado da primeira divisão não valeria a pena investir numa marca quase desconhecida, até falta de credibilidade dos gestores que permaneciam à frente do clube há décadas. A ideia não prosperou, simplesmente.

2) PATROCÍNIOS DOS UNIFORMES DOS GAROTOS DO TERRÃO POR PEQUENOS EMPRESÁRIOS TORCEDORES - Para ajudar os garotos do terrão menos favorecidos e para incutir-lhes um sentimento de empatia, de carinho, orgulho de jogar nas dependências do clube, a solução que encontramos foi a de buscar padrinhos que, pagando pouco, pudessem subsidiar a permanência deles junto ao Terrão, mas jogando uniformizados, para que se sentissem também, a partir das suas aprovações nas peneiras permanentes, “atletas do Goiânia”. Com essa ideia, buscamos pessoas jurídicas,  proprietários de PEQUENAS E MICROEMPRESAS, mas exclusivamente torcedores do Goiânia, para patrocinar os uniformes do Terrão. Bingo!!! Funcionou. Passo a esclarecer o sistema de patrocínio do terrão:

3) VALOR DO PATROCÍNIO OU “ADOÇÃO DOS FUTUROS CRAQUES” – Nenhum garoto que esteja cadastrado para jogar no terrão, ou aprovado para fazer parte da “peneira permanente” (que dura, no mínimo 90 dias de jogos) paga mensalidades e recebem, gratuitamente, uniformes iguais aos do time profissional, com apenas uma diferença: ao invés de os uniformes exibirem um único patrocinador máster nas camisas (como acontece com todos os times de futebol do País), há uma vasta gama de patrocinadores nas camisas do terrão. Explico: Conforme mostra na imagem abaixo, nenhuma camisa do terrão tem logomarca de patrocinador repetida; PARA CADA CAMISA TEM UMA ÚNICA EMPRESA PATROCINADORA. Assim, da camisa nº 1 à de nº 80 (são oitenta patrocinadores microempresários), cada uma delas tem uma LOGOMARCA EXCLUSIVA. Por exemplo, conforme a imagem abaixo: Na camisa nº 2, o patrocinador é a “Lojas 7”; na 8 “Auto Escola Albernaz”, na camisa 10 o patrocinador exclusivo do craque é a loja “Juarez Magazine” e assim por diante.

4) VALOR DO PATROCÍNIO  – Ao todo, são oitenta microempresas, todas elas de propriedades de torcedores do clube, que pagam apenas 2 parcelas de R$ 1.000,00 (um mil reais) para verem estampadas suas marcas nas camisas do clube para o qual torcem. Os contratos têm duração um ano. Portanto, paga-se 2 mil reais a título de patrocínio. É bem verdade que quando se olha de perto os garotos uniformizados, cada um exibindo uma patrocinadora diferente em sua camisa, dá-se a impressão de que existe uma miscelânea danada. Mas essa impressão logo passou, pois a mídia espontânea se encarregou de divulgar em jornais e microfones de rádios e TV a criatividade encontrada pelo clube para manter o terrão e expandir sua marca. Com isso, por via indireta, as pequenas empresas também passaram a nos procurar para fazer parte do sistema.

5) SISTEMA DE RODÍZIO NAS CAMISAS PATROCINADAS – Como são muitas as pequenas empresas que patrocinam os uniformes, a grande dificuldade que tivemos foi encontrar meios para que nenhum dos patrocinadores ficassem prejudicados na hipótese de uma empresa ver sua marca com garotos jogando partidas ou treinando várias vezes com a marca da concorrente, e a sua marca apenas 1 ou 2 vezes, durante o ano. A solução encontrada foi adequar um sistema de rodízio ao calendário. Assim, elaboramos um calendário para todo o ano, no qual ficou determinado aos treinadores e olheiros que nenhuma empresa patrocinadora deixará de ter a sua marca em pelo menos 2 jogos semanais. Com esse rodízio, cada patrocinador verá sua marca em 8 jogos e/ou treinos mensais, totalizando a exibição de suas empresas 96 partidas/treinos jogados no terrão, durante o ano.

6) RESULTADO DO CUSTO OPERACIONAL DO PATROCÍNIO INDIVIDUALIZADO – Para confeccionar os uniformes dos garotos do TERRÃO DE PENEIRAS PERMANENTES, com idade entre 15 a 18 anos, tamanhos M e G, buscamos apoio de uma indústria do ramo esportivo goiano. Com isso, mandamos confeccionar 2 jogos de camisas e calções para cada garoto do terrão, ao preço unitário do conjunto (calção + camisa) de R$ 30,00 (trinta reais). Logo: R$ 30,00 (preço de cada conjunto de uniformes) X 2 (duas unidades) X 80 (quantidade de patrocinadores individualizados) = R$ 4.800,00 (quatro mil e oitocentos reais) – VALOR TOTAL DOS UNIFORMES. Resultado prático, ou simples questão aritmética: Entrada de R$ 160.000,00 e saída do caixa, de R$ 4.800,00, a título de patrocínios de pequenas empresas para as peneiras; saldo positivo, portanto, de R$ 155.200,00. Não preciso explicar que, como a folha de pagamento do time profissional era na casa de R$ 110.000,00 reais, mensais, mas o departamento não conseguia fechar a folha salarial, em razão da crise financeira que acomete o Brasil, para não corrermos o risco de ver o time profissional naufragar na sua tentativa de subir para a primeira divisão (afastado há mais de 12 anos e há 40 anos sem ganhar o título de campeão estadual), fizemos aqui, a tão conhecida “pedalada” que mencionei noutro post e que, com certeza existe também no Botafogo. Só que as nossas “pedaladas” ocorreram às avessas, ou seja: ao invés de o departamento profissional repassar dinheiro para o amador, no nosso caso, foi o “amador” (que só existe de fato, já que o clube não possui tal departamento em sua estrutura e nem no Estatuto), foi o terrão que subsidiou, repassou dinheiro que tinha em caixa, angariado com patrocínios criativos, para o pagamento dos salários do time principal.

Reconheço que o texto ficou longo e peço desculpas. Mas isso se justifica porque o EL RAMO me pediu para explicitar como é que funciona o TERRÃO DE PENEIRAS PERMANENTE, na expectativa de levar o enfoque à diretoria do Botafogo.

No próximo post. tentarei mostrar outros fatos e fotos sobre o tema.



elramo

Desde o início • 17+ anos de CANAL
Rio de Janeiro/RJ

Garrincha


Em 27/10/2018 às 17:05
 

Caro Nicanor, estou usando seus post para ir montando um documento em word sobre todo o processo que está relatando. Assim que tiver completo, evidentemente depois que você terminar, eu te encaminho para seu aval. Daí eu entregarei a algumas pessoas que poderão repassar à direção do clube.

Gestor

Desde 02/2018 • 6 anos de CANAL
Goiänia/GO

Nilton Santos


Em 27/10/2018 às 17:19
 



Gestor

Desde 02/2018 • 6 anos de CANAL
Goiänia/GO

Nilton Santos


Em 27/10/2018 às 17:24
 

EL RAMO: Sinta-se à vontade para usar e abusar do material. Desde já, estás autorizado a fazer todas as correções gramaticais e naturais erros de digitação. No próximo posto mostrarei detalhes sobre o SISTEMA PORTA A PORTA DE CAPTAÇÃO DE PATROCÍNIOS junto aos pequenos empresários que torcem para o clube e algumas imagens dos materiais que fornecemos aos garotos do terrão, para uso nas instalações, tais como chinelas, lençois, toalhas de mesa, canecas, copos, chícaras etc, tudo no sentido de criar nas suas mentes um SENTIMENTO DE ORGULHO AO VESTIR NOSSAS CAMISAS.

 



banidor

Desde 04/2013 • 11 anos de CANAL
Recife/PE

Garrincha


Em 27/10/2018 às 21:04
 

Sensacional!!! 👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻
Como faço para comprar uma camisa?


Gestor

Desde 02/2018 • 6 anos de CANAL
Goiänia/GO

Nilton Santos


Em 27/10/2018 às 21:28
 

Basta o amigo deixar aqui o seu endereço, BANIDOR, que terei maior prazer em enviá-la de presente para você.

Tadeu20

Desde 01/2011 • 13 anos de CANAL
Rio de Janeiro/RJ

Garrincha


Em 27/10/2018 às 22:29
 

Sério Nicanor, dá gosto de ler esse tópico. São detalhes assim feitos que poderiam mudar todo o panorama do Botafogo. Mas, infelizmente, falta mesmo boa vontade e amor ao clube dos sujeitos que lá representam a instituição.

Mal Hermes tem potencial para trazer garotos da zona norte, oeste, inclusive da baixada. Novos jogadores poderiam surgir pro uso do clube e arrecadar dinheiro. É um passo simples, sem loucura financeira, viável, que pode permitir o clube arrecadar. Mas parece que engessam o clube de propósito.


Tadeu20

Desde 01/2011 • 13 anos de CANAL
Rio de Janeiro/RJ

Garrincha


Em 27/10/2018 às 22:43
 

Falta de sorte ou ruindade do Saulo?

Lateral esquerda conhece a palavra "marcação"?


Gestor

Desde 02/2018 • 6 anos de CANAL
Goiänia/GO

Nilton Santos


Em 28/10/2018 às 07:33
 

Claro que sou suspeito para dizer isso (até mesmo pela exposição deste tópico), mas concordo contigo, TADEU: "Mal Hermes tem potencial para trazer garotos da zona norte, oeste, inclusive da baixada. Novos jogadores poderiam surgir pro uso do clube e arrecadar dinheiro. É um passo simples, sem loucura financeira, viável, que pode permitir o clube arrecadar. Mas parece que engessam o clube de propósito."
  


Gestor

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Goiänia/GO

Nilton Santos


Em 28/10/2018 às 07:36
 



Gestor

Desde 02/2018 • 6 anos de CANAL
Goiänia/GO

Nilton Santos


Em 28/10/2018 às 14:11
 

Amigos, TADEU e EL RAMO,

Antes de passar a expor sobre como, partindo do nada, realizar as pequenas reformas nas abandonadas instalações da Vila Olímpica (CT do Goiânia) e de mostrar algumas imagens e explicações sobre os PATROCÍNIOS que conseguimos para tirar do papel a ideia de construir campos de terra no local, necessário se faz confessar que tudo somente foi possível por uma simples atitude que tomamos (sem qualquer planejamento, diga-se de passagem): DAR O EXEMPLO. Ou seja: O objetivo só foi alcançado porque tivemos a humildade de esquecer que sou advogado, que leciono e universidades ou que presto assessoria parlamentar no Congresso Nacional; achamos que somente DANDO EXEMPLO conseguiríamos angariar simpatia dos torcedores, da imprensa esportiva, de empresários e até dos atletas vinculados ao clube

Foi dando o exemplo, metendo a mão na massa, arregaçando mangas de camisas, carregando tijolos, pedras, cimentos, tintas, correndo atrás de quem se predispusesse a nos ajudar, mas que, por este ou aquele motivo, dizia que "não poderia participar, pessoalmente, dos mutirões ou encontros em finais de semana para realizar as obras", que, sem que tivéssemos planejado previamente, percebi que os torcedores, de um modo em geral, reclamam muito dos dirigentes esportivos que se distanciam do maior patrimônio do clube (a torcida). os TORCEDORES NÃO GOSTAM DE DIRETORES "NUTELLA", mas confiam em qualquer dirigente de clube de futebol que, sem firulas, frescuras, METEM A MÃO NA MASSA!

Assim, amigos TADEU e EL RAMO, por experiência própria, se me fosse dado a oportunidade de aconselhar quem está à frente da gestão botafoguense, diria que engana-se quem pensa que o torcedor gosta de DIREIGENTE NUTELLA; dirigentes de clubes de futebol que se distanciam da torcida, enfurnados e gabinetes de ar condicionado, posando para fotografias ou flashes de câmeras de TV, todo engomadinho, com ternos impecáveis, exibindo botons nas lapelas de ternos Armani, sem uma única caspa caindo sobre os seus ombros, podem até enganar aos papagaios de piratas e aos maus profissionais da imprensa que recebem "jabás", mas JAMAIS conseguirá a simpatia e a colaboração dos torcedores, quando chamados a colaborar com o clube nos momentos difíceis que a instituição atravessar.

Passo a exibir algumas imagens que, de certo modo, traduzem o que acabo de dizer... 



Gestor

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Nilton Santos


Em 28/10/2018 às 14:27
 

Cont...

Ainda sou do tempo em que, no mundo jurídico, todo bom causídico seguia o aforisma, ou ditado popular, segundo o qual "QUEM FALA SEM NADA PROVAR, DEVE SER TIDO COMO SE NADA FALASSE". Ainda sigo esse lema, amigos EL RAMO e TADEU. Bem por isso, prosseguirei mostrando, aqui, mais algumas imagens, na tentativa de, sem quaisquer explicações de naturezas técnicas (não manjo nada de engenharia e nem de ciências exatas), para que os amigos percebam o porquê de a ideia de construir campos de terra no clube goiano ter prosperado ou, pelo menos, ainda estar em pleno curso.

Nas tirinha abaixo, algumas fotografias do ambiente em que se encontrava o CT do clube goiano, com imóveis caindo em ruínas, marcações e primeiros serviços de terraplanagem onde construiríamos os campos de terra, separação com pneus usados dos campos de terra do atual campo de grama das categorias de base, alojamento e restaurante do clube já todo pintado através de mutirões em finais de semana e, finalmente, PROJETO DA FACHADA EXTERNA do CT do Clube, sendo que, atualmente, já construímos o ESCUDÃO do Goiânia naquele local e já estamos semeando a grama no partão de acesso ao clube. Os muros, com a galeria de craques (inspirada no Muro do Botafogo), feita por grafiteiros goianos já estão prontos, com 38 imagens de ex atletas. A intenção será (e conseguiremos fazer isso, podem acreditar) também construir uma SECRETARIA naquele local, tal como aparece na última foto projetada.

Voltarei a assunto... 

 



Gestor

Desde 02/2018 • 6 anos de CANAL
Goiänia/GO

Nilton Santos


Em 28/10/2018 às 14:52
 

Conforme mencionei anteriormente, por menor ou maior que seja um projeto criado por dirigentes de clubes de futebol, os mesmos só conseguirão o apoio necessário para o planejamento sair do papel e virar realidade se (e somente SE) houver ENVOLVIMENTO por parte da comunidade em geral e, principalmente, dos torcedores. Sem isso, sem chances!

Foi partindo dessa premissa que "as coisas começaram a acontecer", ou seja, que, aos poucos, vendo seriedade, transparência, mostrando fatos, fotos, "abrindo o jogo", exibindo números, mostrando contas de entradas e saídas, que o terrão superou todas as expectativas iniciais, já que aquilo que era apenas um sonho quixotesco, passou a ser comentado, falado, em toda a comunidade e seguiu num crescente de pessoas que se ofereciam para colaborar com o projeto.

O ENVOLVIMENTO dos torcedores, simpatizantes e da comunidade em geral só aconteceu porque jamais deixamos de agradecer, publicamente, todas as doações em dinheiro, em materiais e até de alimentações e doações de marmitex para o pessoal que realizava os serviços no local, aos finais de semana.

A imagem abaixo serve de prova acerca do que acabamos de afirmar: Ali aparecem empresários nos doando alimentação para os trabalhadores voluntários, tintas, massa corrida, pincéis, rolos para pintura dos imóveis (restaurante e alojamentos), máquina para aparar gramas e retirada de matos, pistola para pintura de muros chapiscados com cimento e até torcedores do clube rival que também "entrou no clima" de "vamos ajudar o Goiânia a se reerguer", os quais, em todos os mutirões, estiveram presentes.

E se os amigos me perguntarem se esses fatos foram difíceis de acontecer, acreditem: Essa foi, com certeza, a etapa MAIS FÁCIL para a concretização da proposta. ENVOLVER A COMUNIDADE EM GERAL é fácil; difícil foi convencer os dirigentes do clube acerca das nossas boas intenções - principalmente porque, como é público e sabença notória na cidade, o Nicanor é o mais ferrenho crítico e opositor xiíta da atual Diretoria. Não sou membro da diretoria do clube, a qual já se encontra no poder há mais de 22 anos. Mas, entre ser oposição e tentar fazer alguma coisa para tentar reerguer o clube que é o 2º que escolhi para torcer, prefiro a segunda hipótese.  



Gestor

Desde 02/2018 • 6 anos de CANAL
Goiänia/GO

Nilton Santos


Em 28/10/2018 às 16:09
 

EL RAMO,

Conforme prometi, passo a explicar como conseguimos levantar fundos para a realização dos CAMPOS DE TERRA DE PENEIRAS PERMANENTES, isto é, como, vivendo o atual cenário de crise financeira que o País atravessa, tivemos a felicidade de “enxergar o óbvio” (refiro-me ao fato de que seria inócuo tentar patrocínios de grandes empresas para financiar obras para a prática de “futebol de várzea”, como o é o esporte jogado em “terrões”). Passo a descrever todo o processo de captação de dinheiro para a transformação do local:

1) ABORDAGENS DE TORCEDORES NOS ESTÁDIOS – Depois que “invadimos” (expressão aqui utilizada no bom sentido) o local abandonado e ali começamos todo o serviço de limpeza, retirada de matagal, roçagem, serviços de retirada de entulhos com caçambas e preparação do terreno com BobCatis contratadas para tal fim, já na segunda semana, ao retornarmos para iniciar os serviços de pinturas com não mais que “meia dúzia de gatos pingados”, percebemos a necessidade de ampliar o número de participantes nos mutirões. Mas, como fazê-lo, se a torcida era envelhecida e se encontrava, por razões óbvias, descrentes, desanimadas com as gestões que dominavam o time de futebol há décadas? A solução encontrada foi a de, num primeiro momento, confeccionar panfletos para serem distribuídos nos dias de jogos, mostrando o “ANTES” e o “DEPOIS” no CT do Goiânia. Dito e feito, mandamos imprimir 3 mil panfletos, com as fotografias em cores e as explicações sobre o que pretendíamos fazer. O segundo passo: Chegávamos mais cedo aos estádios e colocávamos todos os panfletos nos assentos das cadeiras... De longe, começamos a perceber que a torcida estava lendo o material. Na segunda semana repetimos o processo de mostrar novos panfletos. Mas, agora, usando uma nova estratégia: Contratamos 3 “moças de famílias” (garotas de programas, mesmo), bonitas para fazer terceira abordagem aos torcedores – o que restou feito da seguinte maneira: Ao invés de sairmos perguntando aos torcedores o que eles achavam sobre o projeto, uniformizamos a garotas e, durante o jogo, as mesmas passaram a distribuir, GRÁTIS, chaveiros e adesivos do clube para o público nas arquibancadas. Nos envelopes dos brindes (saquinhos plásticos que envolviam os 2 mil chaveiros, o nº do telefone de contato para eventuais interessados ligarem perguntando do que se tratava. Mais uma vez, BINGO!

2) USO DE MÍDIAS SOCIAIS – Ante o sucesso em que se transformou a abordagem de torcedores nos estádios (fato que nos levou a contratar 2 telefonistas para atender ao público), logo nasceu a ideia de expandir as mensagens via redes sociais. Assim, criamos um Grupo no Facebook e, logo nos primeiros 30 dias, obtivemos 81 mil likes, 350 mil visualizações e mais de 100 mil comentários, segundo os levantamentos repassados pelo próprio face. Ato contínuo, criamos conta no Twitter e, após no WasApp. No meu escritório cedi uma sala e montei um pequeno estúdio para filmagens artesanais, via celulares. Como em Goiás, “sertanejos universitários” vende mais do que água no Piauí (e jovens com caras de Luan Santana, com cortes de “cabelos tridimensionais” dão ibope pra carvalho entre a juventude feminina, tivemos a sorte de no meu escritório ter um estudante Direito que vivia cantando músicas sertanejas, tipo bonitão mesmo, com aquelas calças atochadas que as meninas tanto apreciam em Goiás, e fizemos diversos vídeos sobre o projeto TERRÃO, mas, agora, também fazendo publicidade para vendas das camisas que financiariam as obras. Outro BINGO! Puro empirismo. Nada de profissionalismo e até fazíamos questão de não corrigir os seus erros de português, propositalmente, porque a intenção era fazer com que o “Povão”, a massa, os torcedores se identificasse com a ideia. Não deu outra. Vendemos mais camisas do clube do que o fornecedor oficial do time que estava disputando a divisão de acesso. A coisa começou a andar, a passos largos...

3) DOAÇÕES DE MATERIAIS E VISITAS PORTA A PORTA – Com apenas 2 meses da criação de todo esse aparato em mídias sociais, somente o grupo criado no Facebook já tinha ultrapassado a cada de 2.500 membros – o que era um espanto, já que, afastado da primeira divisão há mais de 12 anos e com o último título conquistado há 44 anos, a torcida, naturalmente, ou tinha morrido, ou envelhecido. Pois bem, o fato é que, de uma hora para outra, tivemos que “nos virar nos trinta”, como diz o bordão do apresentador televisivo. Assim, elaboramos um CADASTRO dos membros do grupo, passamos a contactá-los, seja por telefones, quando os mesmos ligavam pedindo informações, seja em mensagens nos grupos da rede de internet. Uns queriam participar, doando materiais. Buscávamos as doações de porte em porta. Outros pediam camisas. Entregávamos o material em domicílio. Já para aqueles que não se manifestavam, adotamos a estratégia a seguir expostas:

4) VISITAS AOS PEQUENOS EMPRESÁRIOS PARA PATROCINAR O CLUBE – Como já tínhamos um cadastro pronto, passamos à fase de visitação de torcedores (especialmente pequenos empresários) para oferecer o, digamos assim, “plano de vendas” da sua marca, nas camisas dos garotos do terrão, com os valores e parcelas já explicados anteriormente.

5) ABORDAGENS PORTA A PORTA E FECHAMENTO DE PATROCÍNIOS – As visitas aos futuros patrocinadores eram (e continuar a ser) desenvolvidas com várias nuanças: Em primeiro lugar, jamais chegávamos batendo na porta e anunciando uma venda. Ao contrário, já sabendo os nomes dos futuros clientes e sabendo que os mesmos eram torcedores do Goiânia, sempre que os visitávamos tomávamos o cuidado de nos apresentar vestindo camisas do time e, nas abordagens, já os tratávamos pelo seu nome, mais ou menos assim: “E aí, Chico? Foi no jogo? Acha que dá pra nosso time subir este ano?” A conversa já começava a fluir: “Chico, trouxe um negócio aqui pra você, não sei se vai gostar...” – um adesivo, um chaveiro, geralmente. Conversa vai, conversa vem, falávamos das dificuldades que o time estava tendo, por falta de patrocínios... Então, rememorando a crise, perguntava, criticando a diretoria: “Esses caras são burros. Ficam querendo patrocínio de Unimed, Caixa... Não tá vendo que essas empresas não vão patrocinar nosso time, que nem no Campeonato da Primeira Divisão está? Tem que procurar são pequenas empresas, que precisam crescer, expor suas marcas nas camisas do time, pagando pouco...” BINGO! Geralmente, a resposta era: “Mil reais? Até eu, doutor, que sou pequeno pagaria pra ver o nome da minha empresa na camisa do Galo”.

Preciso explicar mais alguma coisa, amigos TADEU e EL RAMO? Cheguem às suas próprias conclusões. Mas, de uma coisa tenho absoluta certeza: São por essas e outras que continuo a afirmar, em voz alta e em bom tom: “O BOTAFOGO RECLAMA DE BARRIGA CHEIA” – falta gestores criativos no nosso querido Glorioso.

Voltarei ao assunto. Grande abraço.



Gestor

Desde 02/2018 • 6 anos de CANAL
Goiänia/GO

Nilton Santos


Em 29/10/2018 às 10:19
 

EL RAMO: No próximo post falarei sobre a "ONDA POSITIVA" que se criou no seio da imprensa e dos torcedores, a partir dos campos de Terrões para Peneiras Permanentes.

elramo

Desde o início • 17+ anos de CANAL
Rio de Janeiro/RJ

Garrincha


Em 29/10/2018 às 13:52
 

Caro Nicanor, você poderia me passar seu e-mail? Espero ainda nesta semana já ter seu material pronto para divulgar no clube e gostaria que você olhasse antes. Saudações botafoguenses...

elramo

Desde o início • 17+ anos de CANAL
Rio de Janeiro/RJ

Garrincha


Em 29/10/2018 às 13:53
 

Caro Nicanor, você poderia me passar seu e-mail? Espero ainda nesta semana já ter seu material pronto para divulgar no clube e gostaria que você olhasse antes. Saudações botafoguenses...

Gestor

Desde 02/2018 • 6 anos de CANAL
Goiänia/GO

Nilton Santos


Em 29/10/2018 às 14:04
 

EL RAMO: nicanorsena@gmail.com

elramo

Desde o início • 17+ anos de CANAL
Rio de Janeiro/RJ

Garrincha


Em 29/10/2018 às 14:40
 

Valeu. Abs

Glorioso7

Desde 12/2016 • 7 anos de CANAL
São Paulo/SP

Garrincha


Em 02/11/2018 às 12:25
 

Gente, desculpe, li por cima e achei fantástico mas tenho só uma duvida: porque terrão? Pq não um society ou gramado mesmo? Manutenção?

Gestor

Desde 02/2018 • 6 anos de CANAL
Goiänia/GO

Nilton Santos


Em 03/11/2018 às 18:47
 

GLORIOSO 7: Sua dúvida existe justamente por que o amigo "leu por cima". Se ler com atenção, tudo que falamos, vai entender por que é mais vantajoso aproveitar Mal Hermes fazendo no local campos de terrão, do que gastar milhões para ali construir campos de grama sintética. rsrs

Gestor

Desde 02/2018 • 6 anos de CANAL
Goiänia/GO

Nilton Santos


Em 03/11/2018 às 23:53
 

EL RAMO: Segue abaixo, mais algumas imagens sobre como ocorreu o ENVOLVIMENTO dos torcedores para reformar o espaço que estava totalmente abandonado no Goiânia, tal como se encontra, atualmente, Marechal Hermes. Conforme lhe falei, anteriormente, na medida em que os torcedores (do clube e até de clubes rivais) foram percebendo a seriedade da proposta e, principalmente, diante da TRANSPARÊNCIA, já que a cada doação, a gente seguia PRESTANDO CONTAS, mostrando o que estava sendo feito e para onde estava sendo direcionado o dinheiro, os torcedores passaram a contribuir com o projeto. Confira na imagem abaixo que o clube não tinha,sequer, lençóis para forrar as camas dos atletas que permaneciam nos alojamentos do CT.

O QUE FIZEMOS: Como os lençóis são caros, rolos de tecidos e mandamos SILKAR, fazer em Silk os escudos do time. Com apenas 200 reais deu para a gente fazer 80 lençois com os da imagem abaixo. Vendo a nossa pobreza, a empresária, dona da pequena empresa resolveu cobrar apenas a tela para imprimir o material, que ficou em apenas 42 reais. Simples assim. A isso a gente chama de ENVOLVIMENTO DOS TORCEDORES NUMA PROPOSTA SÉRIA. 



Gestor

Desde 02/2018 • 6 anos de CANAL
Goiänia/GO

Nilton Santos


Em 04/11/2018 às 00:02
 

EL RAMO: Veja, na imagem abaixo, como ficaram os lençóis que mandamos fazer, tirando leite de pedras, ou seja, comprando 2 rolos de tecidos, ao preço de 200 reais e pagando apenas 42 reais, para imprimir os escudos do Goiânia. Isso só foi possível porque os TORCEDORES SE ENVOLVERAM no projeto de reformas de um local que estava caindo aos pedaços, assim como se encontra Marechal Hermes. Por isso digo: FALTA BOA VONTADE E GESTÃO SÉRIA, TRANSPARENTE NO BOTAFOGO. Ora, se um time pequeno como o Goiânia que pode ser comparado a um Bangu, ou Campo Grande, ou São Cristóvão conseguiu, com uma torcida conhecida como "Meia Dúzia de Gatos Pingados" e que a imprensa vive alardeando que "a Torcida do Galo cabe dentro de uma Kombi", os rivais dizem que "O Goiânia não tem torcedores, mas sim TESTEMUNHAS", não é possível acreditar que o Botafogo, com uma torcida imensa não consiga fazer algo semelhante em Mal. Hermes, para abrigar novos talentos, num campo de terra, que sirva para preparar os futuros craques no novo CT, antes de treinar em gramados!

Gestor

Desde 02/2018 • 6 anos de CANAL
Goiänia/GO

Nilton Santos


Em 04/11/2018 às 00:48
 

EL RAMO: Ainda sobre o ENVOLVIMENTO DOS TORCEDORES nas reformas das instalações do Goiânia, segue abaixo, uma imagem da pintura feita com zarcão preta, limpeza do local e como ficou a pintura das paredes brancas nos alojamentos da garotada... O cara chato com camiseta branca sou eu, o Nicanor e quem está varrendo as folhagens que entupiam o sistema de escoamento, retirando folhas secas do local por onde a água escoa para dentro das caixas de água compradas em materiais de demolições é um jogador do terrão...

Gestor

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Goiänia/GO

Nilton Santos


Em 04/11/2018 às 00:54
 

ELRamo: Nas imagens abaixo, o amigo poderá observar que, a partir do momento em que o terrão se transformou em realidade,ou seja, que ficaram prontos os dois campos para receber os meninos antes de serem transferidos para jogar na grama, os garotos do sub-15 ao 18 que já estavam alojados no clube começaram a ficar com ciúmes, porque o terrão estava limpo, organizado e eles treinando em campo gramado, mas sem limpeza alguma. ATé os atletas profissionais começaram a brincar dizendo: "Vamos mudar para o terrão, por que lá é mais limpo e organizado". rsrsrs

Assim, TODOS SE ENVOLVERAM PARA HIGIENIZAR TAMBÉM O ESPAÇO GRAMADO. Veja nas imagens abaixo, o que fizemos no campo gramado e torcedor do Vila Nova comprando nossas camisas para "reerguer o Goiânia." 



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Nilton Santos


Em 04/11/2018 às 01:26
 

ELRamo,

Conforme lhe falei, o espaço da Vila Olímpica, que pertence ao Goiânia é amplo e superior a 3 alqueires. Ali, inicialmente, foi feita uma HORTA COMUNITÁRIA para também servir de reforço ou de suplementação alimentar para os garotos da terra e das categorias de base.

Ocorre que, como o clube é paupérrimo e até os atletas profissionais precisam desses alimentos, estamos INICIANDO UMA CAMPANHA SOCIAL para ampliar a horta e também para COLOCARMOS CASEIROS CUIDANDO DE TODO O CT. O clube não consegue pagar mão de obra para cuidar da horta, limpeza de todas as instalações, vestiários, alojamentos, guardas noturnos, molhagem de gramados etc.

O QUE ESTAMOS FAZENDO? Iniciamos uma campanha para reformarmos uma casa que falta telhados, portas, janelas, pias etc. para REBEBER UMA FAMÍLIA DE VENEZUELANOS que ali residirão, gratuitamente, em troca dos serviços que prestar. A intenção é que a família passe a vender as hortaliças aos finais de semana nas feiras da capital ou até mesmo numa pequena loja de VERDURÃO que também, se necessário, faremos no clube. 



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Nilton Santos


Em 04/11/2018 às 01:32
 

EL RAMO: Como remarquei anteriormente, EIS O TRATORMÓVIL, aquele pequeno tratorzinho manual que comprei, gastanto apenas 3 mil reais para os garotos da terra e das categorias de base cuidarem da HORTA DE alimentos. Agora esse pequeno trator será indispensável para os serviços ampliados pela futura FAMÍLIA DE VENEZUELANOS que estamos tentando trazer, junto ao Ministério da Justiça, para ali cuidar e morar, e também sobreviver, vendendo os alimentos que colher, em feiras livres e no VERDURÃO DO GOIÂNIA. Com esta medida de cunho SOCIAL também estamos ganhando SIMPATIA NA MÍDIA ESPONTÂNEA, já que o assunto está sendo comentado por toda a imprensa goiana.

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Nilton Santos


Em 04/11/2018 às 01:37
 

EL RAMO: A partir do terrão, NOVOS TORCEDORES, principalmente o público jovem, moças e adolescentes, que residem nas imediações da periferia, onde se situa o CT do clube, passaram a vestir nossa camisa e postar suas imagens em redes sociais. Tudo isso é extremamante salutar e vantajoso para o clube. Uma coisa vai puxando a outra: De um local abandonado, surge uma espécie de SENTIMENTO COMUNITÁRIO E por via indireta, um NOVO PÚBLICO COMEÇA A SURGIR PARA TORCER PELO TIME PROFISSIONAL.

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Nilton Santos


Em 04/11/2018 às 01:43
 

No próximo post falarei como uma simples, até banal ideia de se criar um campo de TERRA PARA PENEIRAS PERMANENTES, saindo da mesmice de campos gramados ou sintéticos, serviu para o clube ser convidado para fazer uma EXPOSIÇÃO DE CAMISAS ANTIGAS dentro de um Shoppin Center e com o sucesso da iniciativa, porque o futuro Governador do Estado pretende levar essa EXPOSIÇÃO (agora ampliada sobre toda a HISTÓRIA DO GOIÂNIA) para dentro do PALÁCIO DAS ESMERALDAS, sede do governo estadual, em 2019.

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Nilton Santos


Em 05/11/2018 às 15:18
 

 

 



 
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