“Inovar é preciso. O mundo gira e os processos evoluem. A era do streaming chegou com força, evidentemente a verba de patrocínio também está migrando para isso. Basta ver quanto a Netflix, Youtube, Prime, e outros streamings estão faturando hoje. Enfim não é hora para ficar se lamentando, mas sacudir a poeira e seguir em frente, se recriando, foda-se a MP, temos de esperar para ver. Aqueles que precipitadamente julgam, serão julgados lá na frente. Assim será com o Botafogo: Perde aqui, mas se recria e vai ganhar muito mais lá na frente.” (Fábio Santos)

Sábias palavras. Onde assino?

Quando iniciei este post polêmico, de cara, adverti aos que agora estão se descabelando, dando pitis de velhos e birras de adolescentes para o fato de que o streaming chegou para ficar e que quem enxergasse o Botafogo do século 19 (antes da Covid, portanto) teriam que aprender "no susto", pois, como dizem os versos da canção (Velha Roupa Colorida), que se aplica, perfeitamente ao Glorioso, "você não sente nem vê, mas eu não posso deixar de dizer meu amigo, que uma nova mudança em breve vai acontecer. E o que há algum tempo era jove e novo, hoje é antigo e precisamos todos rejuvenescer."

E digo mais: Ao contrário do que muitos pensam (e quando falo em "muitos" refiro-me aos atuais dirigentes dos clubes brasileiros - TODOS os clubes e não apenas o Botafogo - muito menos à torcida do botafogo, também), sou de opinião de que a melhor coisa que aconteceu para o futebol (principalmente para o futebol brasileiro), nesse início do século21, foi a pandemia decorrente da Covid19. Não quero com isso dizer que louvo as mortes, o sofrimento, a dor e tudo o mais causados por esse vírus maldito! Nada disso. 

Mas a verdade é que, não fosse a Covid-19, que obrigou autoridades a fechar estádios, os clubes brasileiros ainda continuariam a fazer de conta que tudo estava bem, que as suas finanças estavam saneadas, que nenhum clube estava devendo, ninguém estava quebrado, que, no final, sempre dariam um "jeitinho brasileiro" de antecipar receitas com cotas de TV, blá-blá-blá... e, portanto, tudo ficaria como d´antes, no Quartel de Abrantes, ou seja, tocando os times de futebol no velho método do "empurrômetro" (= empurrando os problemas com a barriga). 

Bem feito! "Agora que a Inês está morta", faço minhas as palavras do Fábio Santos, dirigindo-as a quem sempre DEScomandou o Botafogo, durante décadas: "Não é hora para ficar se lamentando, mas sacudir a poeira e seguir em frente, se recriando" - e rápido, velozmente, porque era pra ontem; hoje já está atrasado! 

Vai doer no bolso? Claro que vai. Doerá muito. Afinal, a velha lei do capitalismo selvagem não tem dó de quem administra clubes de futebol na flauta, na base do "deixe a vida me levar, vida leva eu...". Quem não aprende no amor (aos torcedores) aprende na dor.